" Você não tinha dito, que nem ao menos tinha reparado?"

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Draco havia deixado Brendo em sua casa, após um dia cansativo na universidade, logo foi em direção à mansão Black, querendo caminhar um pouco e pensar.

Ele nunca aparatava sozinho, pois, da última vez que havia feito aquilo, teve uma pequena surpresa. E também caminhar o relaxava um pouco, mesmo com o corpo cansado. 

Quanto mais se aproximava da casa de Harry, mais pensava em Teddy e em como o garotinho poderia morar ali. Infelizmente, não morava ali por sua causa e seu passado.

Ele podia simplesmente dar meia volta, chamar Brendo e viverem no mundo trouxa fingindo que nada havia mudado, na verdade, seu amigo estava se acostumando com o mundo bruxo. 

Mesmo não sendo um ser mágico, Brendo sabia bastante sobre eles e até mesmo como se defender de alguns, então seria injusto o levar para longe.

Não é mesmo?

Respirou fundo antes de abrir a porta da mansão, reparou nos detalhes familiares da sala onde estava, sentiu um cheiro delicioso vindo da cozinha e não pôde se segurar. 

– Harry, cheguei. – Disse alto, enquanto ia em direção à cozinha.

–Estou indo! –O moreno lhe respondeu, logo em seguida aparecendo no seu campo de visão com um largo sorriso. –Seja bem-vindo. –  

Draco riu antes de responder – Obrigado. Mas por que está me olhando assim? Como se fosse me comer a qualquer instante. –Completou e pode observar Harry sorrir latino.

–Seria perfeito, mas temos visita. – Ele respondeu, dando-lhe um beijo – Depois resolvemos isso. –Terminou, segurando um pouco forte a cintura do outro, que imediatamente abraçou seu pescoço como se fosse automático.

Lhe deu mais um beijo, antes de o levar para a cozinha, onde estava terminando tudo, e só faltava colocar sobre o balcão.

– Pode colocar tudo no balcão? Eu já volto – Harry pediu logo saindo do cômodo, fazendo com que Draco estranhasse seu comportamento.

Afinal, eles não tinham visita? Então, onde ela estava? 

Harry correu para cima, enquanto o loiro terminava de botar as coisas na mesa, e foi em direção ao quarto de Teddy, vendo o mesmo brincar com os brinquedos tanto mágicos quanto trouxas que tinha ali.

– Teddy, ele chegou. Vamos? – Harry estendeu a mão para ele, e não precisou explicar quem havia chegado, pois o garotinho logo entendeu que era seu pai.

Correu, aceitando a mão do mais velho, e sorriu animado enquanto iam em direção às escadas. Ele estava limpo e com maravilhosas e aconchegantes roupas. 

Cada degrau que descia, o azulado ficava ainda mais ansioso, ele sentia saudades de seu pai, mesmo que tenha o visto há poucos dias, pelo que se lembrava. 

Mas agora ele sabia que não voltaria para os aurores maus, assim que a aurora surgisse no céu. Poderia ficar com seu pai mesmo depois que o céu ficasse estrelado.

Aguentaria a chuva impiedosa, com seu vento rude, nos braços de seu pai, a neve poderia cair, mas ele ainda estaria ali aquecido, morando com eles. 

A flor poderia desabrochar, mas estaria na mansão para assistir. O garotinho, mesmo tendo quase três anos, sabia o que significava segurança perto de alguém.

Como se sentir confortável nos braços de quem o ama, e não se importava nem um pouco de defender seus pais, pois Draco lhe disse uma vez, para não julgar os amiguinhos pelo que aparentam ser.

Mesmo que não gostasse de um coleguinha, deveria respeitá-lo e deixá-lo em seu canto, e se alguém estivesse mexendo com ele, era para o defender, pois era errado magoar o amigo.

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