"Quem é você?"

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Cinco dias se passaram com sofrimento e descobertas, o trio de ouro e os Sonserinos, junto ao professor de poções, foram para o hospital trouxa onde Draco estava internado em coma.

Harry, ao receber a notícia, sentiu seu mundo girar em volta de si. Ele perguntou se podia visitar e as enfermeiras permitiram. Ao ver seu amor deitado em uma cama imóvel, com diversos aparelhos em volta, foi como se uma parte faltasse em seu coração, sem o sorriso do loiro.

– Agora eu sei o que você sentiu quando me viu aqui por um ano. – Harry sussurrou, acariciando com uma mão os cabelos loiros longos até o ombro, enquanto a outra segurava a mão pálida e gelada do seu amor.

Um bip era ouvido sem parar, saindo do monitor cardíaco. O moreno não saía muito daquele hospital, ia para o seu curso e, quando acabava, buscava seu filho e voltava para aquele grande prédio branco. 

– O papai vai acordar quando? – Teddy perguntou, enquanto estava no colo do moreno.

– Eu não sei... ele está como uma princesa trouxa, chamada Bela Adormecida. E está esperando um príncipe o acordar. – Hermione, que estava ao lado de sua namorada, o respondeu. 

Snape riu baixo, sabendo onde isso iria acabar. Teddy olhou confuso para a cacheada – E como ela acordou? –

– O príncipe lhe deu um beijo, e ela acordou, e viveram felizes para sempre. – 

O garoto parou olhando para o rosto calmo, era como se ele realmente estivesse enfeitiçado, olhou para o seu outro pai, parecendo ter tido uma ideia.

– Papai, Harry! – Teddy exclamou, deixando os outros confusos, menos Snape, que estava sentado afastado do grupo – Você pode beijar o papai Draco? Assim, ele vai acordar, igual à princesa na história! –

– Meu amor, isso é apenas um conto de fadas trouxa, não é verdadeiro. – O garoto pareceu ficar triste. 

– Eu só queria ver o papai bem, estou com saudades dele... – 

– Eu também estou, meu monstrinho. – Harry o chamou, e no mesmo instante, lágrimas nos olhos do azulado surgiram, ele reconheceu o apelido.

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Draco estava calmo, aproveitando seus pais como nunca antes, seu progenitor estava calmo e sorria sem se preocupar se alguém notou, a mestiça fazia leves carinhos nos cabelos longos do loiro mais novo.

– Mãe, será que Lupin está satisfeito? – Draco perguntou, os deixando confusos.

– O que quer dizer, meu amor? – A mestiça questionou. 

– Sobre eu estar cuidando de Teddy, junto com Harry, será que ele está satisfeito? Ou está bravo? –

– Todos nós estamos orgulhosos de você, Draco, e Lupin não poderia escolher ninguém melhor para que cuidasse daquela criança. – Lucius falava, enquanto se posicionava melhor. 

– O senhor também?

– Eu sempre senti Draco, mesmo que nunca tivesse dito isso, ou tenha falado o contrário... Não teve um dia que não estivesse orgulhoso de você, desculpe por não ter dito isso, enquanto estava vivo. – Sua voz era fria como sempre, mas seus olhos mostravam que era verdade cada palavra.

Draco se levantou do colo de sua mãe e inesperadamente abraçou seu pai como não fazia desde criança. Todos os anos que se prendeu para fazer isso, ele estava finalmente se libertando, queria voltar a ser criança, onde sua mãe cantava para ele dormir, mas agora estão todos grandes e estressados.

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