Prólogo

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A música agitada cessou com o instrumental ainda tocada ao fundo pelos membros da banda que agradeciam pelo carinho que lhes fora concedido e também pela oportunidade de participar de uma turnê tão grandiosa para um artista que se mostrou não some...

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A música agitada cessou com o instrumental ainda tocada ao fundo pelos membros da banda que agradeciam pelo carinho que lhes fora concedido e também pela oportunidade de participar de uma turnê tão grandiosa para um artista que se mostrou não somente talentoso como, também, esforçado. A cada frase carregada de euforia contagiante e um vigor poderoso que renovava a energia de todos ali presentes, mesmo que o vocalista em si estivesse um pouco sem fôlego por mal ter tomado um tempo para descansar após o término de sua apresentação. Apesar de estar gostando bastante do show de entrada, me incomodava um pouco estar em multidões e uma tão numerosa. Patty, por outro lado, se misturava bem nesse ambiente mais intenso, ela sequer se importavam com o tanto de pessoas que colidiram conosco em meio as danças e pulos.

Após se despedirem, um jogo de luzes começou, indo de um lado para o outro enquanto um trono pomposo emergia de algum mecanismo sob o palco. Os gritos de emoção ecoaram pelo lugar e o público ergueu a lanterna em forma de minis microfones em um tom de prata e balançavam conforme a música que se propagava lentamente, como se estabelecesse um clima antes do evento principal. Patty cantarolou o instrumental e, então, mágica e ordenadamente, os holofotes se pararam o frenesi e pararam sobre uma figura masculina no trono. Sua face oculta dificultava um pouco sua identificação, porém, pelos pôsteres ficavam mais que óbvio quem era o cantor.

O show anterior serviu como um esquenta para o público que clamava pela chegada da estrela e agora, finalmente, ele estava ali para esbanjar seu charme e encantar os fãs com sua voz única. Ele se levantou e se deslocou até a frente com a iluminação o seguindo.

- Valeu mesmo a pena vir hoje! - Patty gritou em meio ao tumulto.

O cantor, trajando suas melhores roupas e com um penteado que misturava os tons pratas com preto, soltou a voz e o espetáculo se deu início oficialmente. No meio da sua elaborada coreografia e a música que reproduzia, os olhos dele vagaram pela multidão e se encontraram com os meus. Em outras circunstâncias nunca seria pretensiosa de imaginar que um artista prestaria atenção em mim dentre inúmeras pessoas reunidas para vê-lo. Mas estava muito consciente de que era pra mim que ele mirava com uma expressão sutilmente surpreso. Tudo ao redor parecia que tinha congelado no tempo e os únicos que estavam livres desse estranho fenômeno seria eu e ele.

Sua voz ficou ligeiramente distorcida e um frio estranho e assustador percorreu minha espinha, anunciando um mal agouro vindouro.

A Canção do Pássaro de Asas PrateadasOnde histórias criam vida. Descubra agora