Agir como um nobre

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— Como eu pude ser tão idiota!? — Ymir esbravejou, suas mãos empurraram as coisas sobre a pequena mesa, se amaldiçoando por ter sido tão imprudente

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— Como eu pude ser tão idiota!? — Ymir esbravejou, suas mãos empurraram as coisas sobre a pequena mesa, se amaldiçoando por ter sido tão imprudente. — Jean! Me diga sobre seu andamento com o príncipe. — Ela exigiu.

Ambos se encontravam em um celeiro antigo que havia em uma parte mais isolada da cidade, sequer poderiam se ver, a mulher de sardas achava melhor que não trocassem muitas palavras, na verdade, sequer cogitar encontros entre ambos, mas ainda poderiam ser ver no castelo anteriormente, agora, nem isso, já estavam desconfiando de si, se o amigo fosse descoberto seria pior ainda.

— Estávamos mantendo alguns diálogos nas últimas semanas, mas ele é bem fechado para relações com qualquer outra pessoa, me tornar um possível amigo do príncipe é quase improvável. — Relatou, encostado na parede empoeirada.

— Mas é bom que se tornem, deveríamos conseguir que confiassem em nós durante um mês, porém, vamos precisar de mais tempo para isso, espero que Nanaba considere, e aguarde mais um tempo.

Não poderiam ser descobertos, isso levaria a um conflito pior do que esperavam, ou ao menos foi o que lhe contaram. Errar qualquer coisa que fosse daquela traição contra o reino inimigo era como pedir por suas mortes.

— Vai ter que considerar, não é como se houvessem soldados mais qualificados para isso além de nós. — Ela a lembrou, sendo verdadeiro em suas palavras, ambos eram os melhores em combate, Ymir se destava em inteligência e Jean era um bom líder.

— Jean...Fique de olho no príncipe, se ele descobrir algo sobre o plano, não hesite em tirá-lo do caminho. Somos nós ou eles. — Seu timbre explicou de maneira fria, ser morta não era algo que permitiria acontecer.

— E quanto a rainha?

Por alguns instantes a imagem da mulher loira se fez presente em sua mente, tão próxima quanto o rosto dela ao seu, no quarto da mesma. Suspirou, encarando o homem alto a sua frente.

— Você sabe o quanto ela é relevante para Evergaden. Vou a levar com vida, custe o que custar. — Respondeu ainda receosa, embora sua voz demonstrasse segurança.

— Vai mesmo levá-la ao nosso reino? E se falarem com você? E ela descobrir?

— É a maneira mais rápida que ela começasse a confiar em mim, se eu recuar agora ela ligará os pontos. — Ymir riu soprado antes de continuar. — Cresci isolada dos outros, nenhum deles deve me conhecer. Amanhã vou partir com ela, rumo a Evergaden, bom ao menos eu descobri sobre os infiltrados dos Reiss, irei poder relatar a Nanaba.

— Boa sorte...— Foi a única frase dita pele Kirstein antes do silêncio invadir o espaço.

***

Os fios loiros da jovem caíam sobre seus ombros, soltos, alçando sua cintura delicada, que desta vez não estava apertada de maneira exagerada como costumava, seu vestido, diferente de tudo que já experimentou em sua vida, tão simples, sem todos aqueles forros para que parecesse cheio e chamasse atenção, era apenas um alaranjado opaco, com mangas longas e folgadas.

Ela sorriu ao olhar seu próprio reflexo, seus fios dourados sem penteados complexos pareciam a deixar mais livre, estava empolgada para finalmente viver um dia como uma camponesa, um dia como uma jovem normal, e não como alguém que deveria consertar os erros que os mais velhos deixaram para si.

Pelas portas do fundo, com um enorme capuz preto, a mulher deixou seu enorme castelo sorrateiramente, num suspiro aliviado ela encarou a charrete pouco chamativa, geralmente utilizada por famílias que possuía uma condição financeira equilibrada.

— Ymir!? — Ela chamou baixinho ao se aproximar dali, a mulher segurava a cordas que iriam guiar o cavalo, ela direcionou seu olhar até a nobre, os lábios da rainha se encurvaram em um sorriso. — Você sabe guiar o cavalo?

— Nunca conduzi um cavalo Majestade, dessa maneira, mas deve ser o mesmo que cavalgar. — Deu de ombros, aguardando que a outra entrasse no interior da charrete, contudo se assustou, quando a jovem loira, levantou um pouco seu vestido, relevando suas botas, que fizeram um barulho alto quando ela se sentou ao lado da plebeia. — Alteza!?

— Eu posso conduzir então.

— Mas a senhora pode se machucar ao fazer isso. Não posso permitir que-

— Eu aprendi a guiar a charrete quando mais nova.

Respondeu a nobre, de maneira simples, pegando as cordas das mãos da soldada. Ymir ficou impressionada com o que lhe foi dito, nobres aprendiam a montar o cavalo apenas para impressionar uns aos outros, os donos de impérios costumam se exibir, mas o trabalho de cocheiro era algo exclusivo de plebeus, não era um trabalho de pessoas que possuíam "sangue real", pois era visto quase como uma humilhação, afinal, não era digno carregar o outros como um empregado.

Isso despertou curiosidade na dona das sardas.

— Quem a ensinou Alteza?

— O rei Mike... — Ela se corrigiu rapidamente, talvez por conta de como todos se dirigiam ao seu pai, acabou o chamando assim também. — O meu pai. Ele era um grande amigo do Rei Erwin, ele prometeu que me ensinaria, mas acabou morrendo antes disso, por isso quando Erwin estava encarregado do reino temporariamente, me ensinou a conduzir. — As palavras pareciam magoar a loira, era notável pelo seu semblante triste.

— Sinto muito pelo rei. — Disse, fitando o rosto melancólico da Reiss, que tratou de mudá-lo, destribuindo a si novamente um sorriso gentil.

— Já faz muito tempo...

— No entanto ainda dói, sinto muito por ter a feito tocar em um assunto delicado. — Historia apenas aceitou a frase, não queria deixar prolongar aquele diálogo triste.

— Eu não fui a única pessoa que fui afetada com o confroto entre ambos os reinos, todos os cidadãos sofreram, e é por tal fato, que quero mudar isso. — Ela abaixou o capuz, as orbes azuis agora eram convictas de algo, Ymir sentiu firmeza nas palavras das rainha.

Quando ela bateu as cordas sobre o animal, não com muita brutalidade, ele iniciou a corrida, os fios loiros da rainha eram guiados pelo vento e ela parecia empolgada com aquilo.

Ymir não evitou de olhar por alguns segundos, repensando rapidamente sobre a Nobre.

Foi ensinada desde a infância que os Reiss eram pessoas cruéis, os causadores do conflito, aqueles que agiam de maneira solo e poucos impérios eram seus aliados, contudo, Historia era gentil com seu povo, e seu irmão parecia seguir o mesmo caminho, além de que agora, soube um pouco sobre o que a nobre desejava realizar.

Trazer paz era o que ela pretendia. Então...Por que deveria entregá-la? A pergunta se passou pela mente da morena.


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Oie! Mais um capítulo, com uma revisão bem mediana, então, desculpem pelos erros de escrita.

Finalmente essa fanfic vai começar pra valer, tô enrolado mas agora o romance vem.

Espero que tenham gostado.

Bebam bastante água e até o próximo

💞 beijos

Royal Love {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora