Ao fim de um confronto, a jovem História Reis necessita reestabelecer o reino a qualquer custo, precisando encontrar os inimigos infiltrados do reino vizinho.
Mas um dos grandes problemas, o qual não estava preparada, era se apaixonar por uma inimi...
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As orbes se assemelhavam a safiras azuis, desmostrando empolgação mesmo com a sombra de uma das árvores enraixadas ali tentando ofusca-la. Historia encantava-se pela cultura diferente e abundante que aquelas terras possuíam, suas comidas, danças típicas, e até mesmo a maneira que se portavam era única, claro que a Rainha adorava seu povo, mas não pode deixar de experimentar o novo, agradeceu a Erwin por nunca ter revelado antes o rosto dos irmão a sociedade, claro que, aqueles que participaram de sua celebração se recordavam, mas a aquele reino em específico não obteve acesso nenhum a eles, e moças com olhos azuis e cabelos claros eram comuns ali.
— Senhorita Christa. — A sardenta a tirou de sua concentração em uma das ciganas cantarolando ali, obviamente a soldada preferia agir formalmente mesmo usando o nome falso dado a Reiss. — Devemos seguir.
— Está bem Ymir.
Elas disseram uma a outra, continuando o caminho anterior, durante o trajeto no pequeno meio de transporte em que se encontravam, obtiveram um longo diálogo, de início a Reiss contava sobre a infiltração dos seus em terras inimigas, assunto que atentamente era escutado pela de sardas. Após alguns minutos a conversa se transformou em algo mais descontraído, e até íntimo, é claro, se tratando de assuntos da rainha, qualquer coisa dita pela mesma parecia íntimo, já que pebleus não possuíam acesso algum a realeza.
— Armin odiava andar de cavalo quando éramos menores, acho que ele nunca vai pegar gosto pelo animal. — Ela sorria enquanto contava animadamente sobre o irmão e a infância de ambos. Contudo sua fala morreu assim que as primeiros gotas de chuva começam a cair. — Estamos longe de Evergaden ainda? — A mais alta concordou, fazendo com que o animal que carregava a carroça parasse logo, assim que puxou as cordas, ele fez um barulho alto em surpresa e levantou-se um pouco, mas logo as patas dianteiras bateram no chão novamente e o mesmo se acalmou.
— Vamos parar aqui, acho que é uma caverna...— Ela ditou, e a rainha a seguiu, de maneira desconfiada.
— Vamos dormir aqui? — A loira ditava, enquanto trazia o animal para o local pouco espaçoso, mas que poderia escondê-los das águas, que agora caíam em pingos grossos, acompanhados pela ventania forte.
— Tem madeira e cinzas aqui Alteza. — Ymir se abaixou, tocando as cinzas no chão. — Estão frias, é provável que seja comum que outros passem a noite por aqui, nos fundos da carroça a alguns mantimentos e tecidos grossos, podemos usá-los para dormir por cima e nos cobrir, a chuva está muito forte, as trovoadas e raios podem assustar o cavalo, sem tocar no assunto de que Evergaden não está muito perto, contado que eu feche a passagem daqui, você poderá dormir em segurança. — Levantou-se após sua fala, encarando a nobre.
— E quanto a você?
— Meu dever é protegê-la Majestade, apenas durma. — Ela ditou, e Historia concordou ainda insegura.
Mas o plano da Reiss estava indo bem, e ela não se referia ao de se infiltrar em terras inimigas.
A soldada tentou fazer um fogueira inutilmamente algumas vezes, no entanto com muita peleja conseguiu acender uma, que manteve um clima mais caloroso na noite fria. Ymir encarou a nobre quando ela se levantou de onde estava e foi até o animal, passando por ele e fuçando as coisas ali, a loiro pegou um mãos uma carta de folhas amareladas e aproximou-se da fogueira novamente, sentando-se enquanto encarava a mesma.
— Hoje pela manhã eu recebi isso de Evergaden...— A morena franziu o cenho em resposta, curiosa com tal fato. — Amanhã Ymir, irei ler ela com você.
Ela destruibuiu a si mais um de seus sorrisos gentis, com o rosto angelical iluminado pela luz emitida pela fogueira que obtinham reflexo nas orbes azuis, os fios dourados levados pelo vendo...Linda, Historia Reiss era linda.
— Estarei ao seu dispor para ouví-la. — Disse em resposta, retribuindo o sorriso genuíno direcionado a si.
Não ouve muita conversa após isso, a Reiss guardou a carta por entre o corset que utiliza, Ymir não conseguiria a ler a menos que o tirasse, e isso acordaria a mulher, que dormia de maneira calma e profunda, e obviamente não faria isso, ela encarou o rosto sereno da outra mais uma vez naquela noite, não possuía acesso às íris belas e azuladas. Contudo, por pura curiosidade, sua mão foi até os fios amarelados, curiosa em saber se eram tão macios quanto aparentavam, ela tocou eles, pouco abaixo do ombro, sentindo a quantidade em abundância dos fios por entre seus dedos.
Não tardou ali, deixando a outra e se afastando um pouco, seus olhos castanhos encararam a noite chuvosa, sentindo-se um pouco solitária sem a presença da nobre acordada, já que a mesma era empolgada e durante todo o dia dizia sobre algo. Era um pouco estranho para si todo aquele silêncio. Ymir suspirou e voltou a encarar a paisagem turbulenta.
***
Dois dias antes
— Nanaba...— Sasha chamou sua superior, Ymir passou as informações que havia adquirido naqueles dias em Reiss para ela, que obviamente deveria repassar, mas embora Sasha não fosse um dos soldados mais inteligentes, ela havia notado algo crucial. — Evergaden irá mandar uma carta a rainha?
— Sim. — A mulher respondeu de imediato, encarando a Blouse. — Parece um pouco nervosa Sasha...O que você tem? — Perguntou, e a mais nova se sentou próxima a ela.
— A senhora mandou o Jean por que? Digo, todos aqui sabem que Ymir esteve de acordo com a oferta pois queria que ele é Connie não fossem incluídos na missão. — Foi sincera ao dizer, e Nanaba a encarou mais uma vez.
— Ymir é egoísta, salvando a si mesma e a aqueles dois idiotas, para ela o resto tanto faz, se eu escolhesse um dos dois ela se sentiria pressionada a fazer tudo certo, porque vida de um deles estaria em perigo. — Ela sentou-se em uma das cadeiras ali, suspirando. — Se a rainha desse uma boa continha para ela, facilmente seríamos entregues, mas com Jean em risco também ela não faria isso. — A Blouse ouvia tudo atentamente, ainda desconfiada com os acontecimentos em geral, contudo, com sua curiosidade alimentada, ela deixaria as perguntas para depois.
— Espero que eles fiquem. — Foi a última coisa que Sasha disse antes de sair dali.
