Prólogo

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Fala pissual!! Olha, eu tive um surto comigo mesma e me vi escrevendo uma história pedresa nada a ver com a realidade, mas que irá retratar um pouco do que conhecemos desse casal tão amado por todos nós.
Espero que este romance agrade vcs!! Prometo trazer, PELO MENOS, um capítulo por semana, estou muito atarefada com
a escola e cursinhos, mas escrever é minha paixão e quero compartilhar com vcs.

Agradeço às minhas gatinhas que sempre me apoiam e, dessa vez, até elas ficaram no suspense!!

Aproveitem e BOA LEITURA!!

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1899. Em plena Era Vitoriana, a Itália era, até então, governada por Sua Majestade, o Rei Humberto I. Em sua corte, os mais variados tipos de nobres a compunha: dos mais responsáveis aos mais devassos, dos mais sociáveis aos mais discretos.

Um exemplo disso era a Família Bragança, com cada herdeiro carregando uma diferente personalidade e um distinto semblante: Maria, a mais velha, um perfeito modelo de mulher recatada, já casada e mãe de dois filhos varons. Era calma e serena; Januária, a quarta na linha de sucessão ao título, era noiva do Conde de Áquila e moça extrovertida, por vezes chamada de louca pelo jeito espirituoso como enxergava a vida; João Carlos, o mais jovem, aventureiro e conquistador, com seus proveitosos 19 anos, sonhava em viver de bebedeiras e das mais badaladas farras do continente. Por fim, Pedro, o mais velho dos homens, tão tímido que era impossível ouvir sua voz mais de três vezes durante o dia; a ele fascinava astronomia e isso trazia para o rapaz a condecoração de melhor aluno da Universidade de Parma.

Pedro era o primeiro prestes a herdar o título de Duque de Calábria, há anos dentro da hierarquia Bragança. Por isso, a atual preocupação de seus progenitores, Pedro de Bragança e Leopoldina de Luxemburgo, era arranjar um matrimônio adequado para o jovem, que com suas 20 primaveras completas, deveria ter ao lado uma moça nobre em toda a extensão da palavra, que o auxiliaria dentro da corte e, obviamente, desse-lhe uma sucessão. Herdeiros.

Parma possuía as mais poderosas famílias de toda corte italiana, que viviam em grandiosos castelos e ocupavam cargos importantes na administração da nação. Assim como os Bragança, havia também os fidalgos da parentela Bourbon, dinastia espanhola dos Duques de Zaragoza, há poucos anos instaurados no país. Maria Isabel de Bourbon e Francisco de Infanta. Deles, três lindas meninas foram geradas: Maria Isabella, a caçula altruísta de madeixas loiras e plenos 17 anos; Maria Carolina, a irmã eixo da tríade, com orbes azuis abaixo das sobrancelhas que faiscavam e clamavam por um verdadeiro amor; e a mais velha, Teresa Cristina, dona dos cabelos mais belos de toda a Itália, negros como ébano e a pele alva como a neve das geadas belgas, e de uma inteligência dadivada. Aos 22 anos, era a futura Duquesa de Zaragoza, mas para o titulo ser herdado, a jovem deveria casar-se, o mais breve possível.

Os Bourbon viviam na Quinta de Castella, a caminho da residência do rei, e por este motivo, a casa dos espanhóis fora sempre bela e bem cuidada. Contudo, o que mais chamava atenção era o grande jardim de camélias japônicas que possuíam nas terras ao leste, podendo ser visualizadas por quem passasse pela estrada. As flores foram cultivadas por D. Amélia de Castella, a primeira Duquesa de Zaragoza a chegar em território italiano que com seu marido Afonso de Castella, o Duque, trouxeram o sangue da corte espanhola. Aquele era o lugar preferido de Teresa, usado por ela para seus estudos de história e arqueologia. Os rígidos duques acreditavam na preparação feminina apenas designada ao encontro de um bom marido, logo, assim como suas sorellas, a jovem foi brevemente alfabetizada conforme as necessidades da época, apesar das moças já terem permissão para cursar em algumas universidades. Porém, ela não se contentou e passou a realizar pesquisas no Museu Nacional de Parma, às escondidas, durante os domingos, quando era fechado de visitações.

Camélias de Amélia - PEDRESAOnde histórias criam vida. Descubra agora