De quando nasceu uma amizade

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NA: E chegamos com mais um capítulo, Brassiiillll!!! Espero que gostem!!

Talvez eu esteja sendo rápida demais, porém, o tempo que tenho é mínimo. O importante é shippar pedresa até no meio da Europa!!

Boa Leitura, meus amores!! Deixem seus comentários e favorizem pra ajudar a tia.

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Há momentos da vida que são passageiros, que ficam guardados no fundo das memórias e que, somente quando se tem saudade, nós resgatamos. Mas aí é que está o problema: e se tivermos saudade todos os dias?

Passaram-se 3 dias desde que tudo aconteceu. Pedro, incansáveis vezes, tentou criar coragem para ir falar com a linda Teresa que habitava seus pensamentos; ele sabia que não estava apaixonado, jamais se apaixonara antes, não seria agora que este sentimento viria à tona, muito menos de uma maneira tão rápida, contudo, os olhos dela estavam cravados na sua mente como um calvário. Talvez o melhor a se fazer, por hora, era sair e respirar o ar frio do inverno italiano.

Era um belo sábado nublado, no qual a luz do sol se fazia presente, mesmo que escondida por trás das densas nuvens escuras; ele encilhou Totilas e trotou para fora dos grandes portões do Castello de Calábria. Era um dos poucos momentos em que o rapaz se sentia bem consigo, não tendo vergonha de contar para seu amigo de quatro patas o que tanto o angustiava.

- Não entendo por que sou assim, meu companheiro... Sei da minha capacidade de posicionamento, tenho minhas próprias convicções. Dentro das reuniões políticas com mio papa, falo tudo que penso; lógico, o essencial! Mas... em bailes, festas da corte e, principalmente, - curvou-se até a orelha do cavalo - com moças, travo tal qual uma árvore. [...] Ahh, na universidade também... Os rapazes gostam de caçoar da minha pessoa por causa disso.

- Pois não deveriam!! – aquela voz poderia ser reconhecida por ele em trinta anos, mesmo só a escutando uma única vez. – Bom dia, Senhore Pedro.

Ele se virou para mirar a dona da doce voz que vos falava e visualizou Teresa, montando seu garanhão colorado e trajando uma roupa de montaria tão azul que se assemelhava a preto, além de seus cabelos soltos tal qual uma cascata de águas negras.

- Senho...rita Teresa – sua fala saiu tão trêmula quanto suas mãos. – Que prazer revê-la.

- il piacere é reciproco. – ela pareou Valegro com o cavalo do jovem – Como tem sido o trabalho em Calábria? Tenho certeza que compareceu ao baile?

- ... sim, senhorita.

- Me chame de Teresa, por favor.

- Então... terá que me chamar de Pedro!!

- Vá bene... Pedro!! Você não respondeu minha pergunta. – ela o olhava com tanta ingenuidade e ternura, como se o conhecesse há séculos.

- Bom, estive no baile, assim como você, suponho?!

- Então aquela mansão é realmente grande, porque sequer vi seu vulto como da última vez. – Notou as bochechas do rapaz corarem. Ela demorou um pouco até criar coragem para indaga-lo novamente. – Posso fazer uma outra pergunta? – ele assentiu e ela tratou de prosseguir – Você é mesmo um criado da família Bragança?

- Eu? Bom, para falar a verdade... Não! Eu sou... – ele hesitou em falar quem era, não por desconfiar de Teresa, mas porque não gostava de ser reconhecido como o futuro duque. – Sou um primo da família, Pedro de... Alcântara, Barão [...] – tentou pensar ligeiramente - de Pavia!! E a senhorita? O que é dos Bourbon?

Camélias de Amélia - PEDRESAOnde histórias criam vida. Descubra agora