cap 14

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Nota da autora

Oi gays, volteeeei!

Depois de algumas ameaças, consegui voltar. Já peço desculpa pelo sumiço, mas não tem sido fácil arrumar tempo pra escrever, ainda mais com bloqueio. Já estou providenciando o próximo capítulo, mas não garanto que sairá rápido, fim de trimestre vocês já sabem né.

Já peço desculpa também se tiver algum erro de escrita.
E lembrando, não passa de uma fanfic.

E o mais importante de tudo, MINAS VAI COMER O C* DO PRAIA AMANHÃ 🤍💙.


—*—*—*—

Carol Gattaz

Já tinha alguns dias que Rosa e eu tínhamos conversado, quando estávamos com as meninas agiamos como se nada tivesse acontecido e que éramos amigas novamente, daquelas que ficam enchendo o saco uma da outra o tempo todo, mas quando estávamos sozinhas ficávamos grudadas o tempo todo, mas estava um clima meio tenso entre nós. Não fizemos sexo de novo, o que eu lamento, estávamos focadas demais na competição, nós queríamos ser parte das 12 de Tóquio. Eu já não estava com tanta esperança, tinha sido cortada de duas olimpíadas, me sentia totalmente insegura com a minha performance, mas estava dando o meu melhor. Sei que estava no auge de minha carreira e estava jogando bem melhor e minha forma de olhar as coisas havia amadurecido, mas as outras meninas também estavam excelentes, mais novas e cheias de energia.

Já estávamos quase na final, nós só precisávamos derrotar a Sérvia e íamos pra final. Os nervos de todas estavam à flor da pele, todas morrendo de ansiedade pro resultado do jogo, as veteranas de seleção tentavam nos distrair cantando alto e desafinado, fazendo gracinha, nos fazendo rir a todo momento, o que de certo modo funcionou, ainda mais com a ajuda de Gabi. Foi um jogo "fácil" e muito importante, agora estamos na final, apesar de toda seriedade da competição estávamos no divertindo muito, já tínhamos sido chamadas a atenção por estar fazendo muita bagunça, fazer o que né, é sempre bom se distrair um pouco em uma competição e ajuda muito na união e confiança do grupo.

Já estava na noite anterior à final, estava vendo uma série e respondendo alguns e-mails e, de canto de olho, reparei que rosamaria estava muito inquieta, estava de fone e a todo momento me olhava. Isso era comum, porque ela sempre foi agitada, mas ela estava parecendo desconfortável, será que minha presença é tão ruim assim?

–Ei, Rosa- ela virou no mesmo instante com uma cara assustada.
–Oi, fiz algo?- senti que ela estava temerosa, tratei então de acalmá-la.
–Relaxa, não é nada de mais. Só queria saber se você tá bem, ce não tá parando quieta- ela pareceu parar por um segundo e ficou totalmente vermelha, e eu fiquei mais confusa ainda.
–Como eu falo isso- sussurrou, mas eu pude escutar– Eu.. eu pensei que a gente seria diferente, mas nós nem conversamos direito mais. Isso tá me consumindo por dentro, não vou mentir. - falou tudo em um fôlego só.
–Me desculpa, eu não sabia que você se sentia assim. Eu fui muito estúpida, deveria ter conversado com você antes de qualquer coisa.
Olha, eu quero tentar com você, de verdade, mas tenho medo de te magoar, ce sabe como eu sou.- ela balançou a cabeça e deu um risinho- Não quero perder tua amizade, ela é importante demais pra mim.- abaixei a cabeça, não conseguia lhe encarar.
–Olha pra mim, Carol- levantei a cabeça, ela veio se sentar ao meu lado e pegou minha mão, me tranquilizei com aquele ato.– Eu gosto de você, quero tentar com você, sei muito bem que você tem suas inseguranças, mas eu também tenho os minhas, e se formos tentar, nós vamos trabalhar isso juntas com muita conversa, pode ser assim?
–Acho que assim dá certo. Me desculpa por não ter tentado entender seu lado, me preocupei demais comigo e não levei em consideração suas inseguranças.- ela concordou e me deu um abraço, ficamos abraçadas por um bom tempo. Ela tinha um cheiro tão bom que eu não resisti e deu uma fundada forte, o que fez ela soltar uma risadinha. Ficamos nesse clima de casalsinho até adormecer, dormimos agarradinhas, me sentia tão segura naquele abraço como não sentia a tanto tempo.

Infelizmente não ganhamos a final, mas pelo menos ficamos no pódio. Só nós sabíamos o quanto lutamos por aquela medalha de ouro, mas infelizmente não foi dessa vez, e isso abalou muito a equipe, mesmo ganhando prata não estávamos satisfeitas, tínhamos certeza que poderíamos ter feito melhor, mas a ansiedade do grupo foi mais alta.
Como ficariamos mais um dia, eu e algumas amigas decidimos ir na praia que tinha ali perto com algumas meninas de outras seleções. Passamos o dia todo conversando, jogando altinha e zoando umas às outras.

Ao cair da noite, apenas a fogueira – na qual despejamos todos os nossos neurônios que estavam funcionando para acender – inundava o silêncio confortável com estalos repentinos. Algumas das garotas cochilavam, tomadas pelo cansaço dos treinos e jogos, outras apenas observavam as ondas amenas do mar alto. Rosamaria me encarava, ou talvez eu a encarasse. A questão é que eu não consegui desgrudar os olhos dela por um momento, não quando ela estava tão bonita que fazia a Lua parecer brinquedo, e, tudo bem, Rosamaria Montibeller era sempre linda.

–Por que tá me encarando?- Rosa solta uma risadinha e cora.
–Estou admirando sua beleza à luz da Lua, não posso?- perguntei inocente e me virei para ficar de frente pra ela.
–Pode, com uma condição.– fiz em sinal positivo incentivando-a a continuar– só se eu também puder te admirar.- em segundos senti meu rosto esquentar, há muito tempo alguém não me fazia sentir como Rosa fazia, eu me sentia viva, me sentia como uma adolescente saindo com a crush, o que não era totalmente mentira, eu só não era mais uma adolescente.
–Vai só ficar admirando? Podia dar uns beijinhos também- tentei fazer minha melhor cara de cachorrinho pidão, o que deu certo já que ela veio sentar do meu lado. Ficamos desse jeito até bem tarde, trocando carinhos e muito beijos até todas irmos para os quartos.

Nosso voo seria na tarde do outro dia, então ainda tinhamos bastante tempo pra dormir. Eu tomei meu banho e fiz minha rotina noturna como de costume, fiquei vendo uma série qualquer enquanto esperava a madame terminar o banho dela. Estava tão distraída que só percebi sua presença quando seu perfume invadiu minhas narinas me deixando inebriada, é um cheiro doce com um leve toque floral, mas não é enjoativo, essa mulher com certeza seria a minha perdição. Despertei de um transe com ela estalando os dedos à minha frente.

–Ei, terra chamando Caroline Gattaz- ela falava rindo.
–Oi, nem te vi sair do banho- senti minhas bochechas esquentarem, abri os braços para ela se deitar comigo, o que prontamente foi feito, ela se aninhou em meu peito e eu comecei um cafuné.
–Percebi, estava roda concentrada olhando pra parede- ela soltou uma gargalhada tão gostosa que não me aguentei e ri junto.– No que tanto pensava?
–Na verdade nem eu sei, sabe aquele momento que você encara um ponto qualquer e sua mente esvazia?- ela afirmou simples e eu continuei– Acho que foi isso, não me lembro de pensar em nada.
–Resumindo, tava viajando na maionese.
–Exatamente.- caímos na gargalhada mais uma vez.

Ficamos assistindo um filme que passava na televisão, eu não prestava tanta atenção, estava mais preocupada em encaixar na minha cabeça o que aconteceria quando fossemos embora. Cada uma seguiria para um lado do Brasil e depois ela iria pra outro continente e só íamos nos ver novamente se ambas fossem convocadas pra Tóquio.

–Ei, o que tanto pensa aí? Nem me escutou- deperto do transe com Rosa me chamando.
–É pra falar mesmo?- eu sei que tudo deveria ser resolvido conversando, mas eu tinha minhas inseguranças.
–Ei, sou eu Carol. Pode confiar em mim.
–Eu... eu tava pensando o que vai acontecer com a gente, quando a gente voltar pras nossas rotinas.
–Carol, nós já conversamos sobre isso. Eu quero tentar de verdade, a distância e a correria não me importam. A única coisa que eu peço é o sigilo, pelo menos por agora, não me sinto pronta ainda.- Rosa falou olhando no fundo dos meus olhos, senti que ela poderia ler minha alma se quisesse.
–Você realmente não se importa com a distância?- ela fez que não com a cabeça e eu me senti aliviada.
–Se o que tivermos for verdadeiro, a distância  só vai ser mais um detalhe.
–Obrigada por isso.

Depois da conversa dormimos, eu estava mais aliviada. Sei que não seria fácil, mas eu lutaria por ela, e a protegeria de tudo, Rosa é preciosa demais pra sofrer, dá vontade de guardar ela em um potinho pra sempre e nunca mais deixar o mundo, ou as pessoas, machucá-la.

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⏰ Última atualização: May 04, 2022 ⏰

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