~Capítulo:4🍼

10.1K 611 38
                                    

---Parece que o Matheus encontrou uma baby

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

---Parece que o Matheus encontrou uma baby. -Meu irmão anunciou quando saímos da elevador.

---Ele nem fala nada! Depois vamos visitar ele. Não quero ele enchendo o saco dizendo que não ligamos para a máfia. -James respondeu enquanto pegava algumas sacolas da minha mão.

Acabamos de voltar do mercado, estavam faltando alguns produtos em casa e tivemos que sair para repor a dispensa.

---Exatamente... -Quando entramos no corredor ouvimos um choro de bebê.

---Tão ouvindo isso? -John perguntou e sem esperar nossa resposta foi seguindo aquele choro. Meu peito começou a apertar, não estava entendendo o motivo.

Avistamos uma porta aberta e o choro vinha de lá dentro. Nós aproximamos calmamente e vimos uma pequena menina encolhida chorando bastante, ela segurava uma manta contra seu rosto, sua respiração estava descontrolada e tinha alguns cacos de vidros ao seu redor.

---Querida... -Anunciei. Ela levantou seu rosto assustado e nos encarou. - O que aconteceu?

Tentei me aproximar mas ela recuou. James tinham os olhos marejados, John estava preocupado, e eu não estava muito diferente. Seus joelhos estavam cortados, seus soluços eram altos e seu desespero era evidente.

---Não vamos te machucar. Só queremos ajudar! -John se aproximou devagar e a pequena aceitou sua aproximação com medo.

Com muito cuidado meu irmão conseguiu levantar a mesma, mas seu corpo parecia não ter forças e está bem cansado. Antes que ela caia, peguei em meu colo sem demora.

-Vai ficar tudo bem...-Falei baixinho enquanto balançava calmante seu corpo delicado. Ela me olhou com os olhos vermelhos e inchados, parecia está tentando olhar minha alma com aquele olhar tão profundo.

--Vamos levar para nosso apertamento, apenas para cuidar de você, tudo bem? -James perguntou carinhoso e ela ainda meio apreciava, balançou sua cabeça concordando.

Pegamos a sacolas que estavam no chão e formos para nosso apartamento. Em meu colo a pequena se agarrou no meu pescoço e parecia não querer sair, sentia seus lágrimas molharem minha camisa social, mas não me importava. No momento, só pensava em acalma-lá.

--Anjo...olhe para mim. -Pedi e com esforço ela obedeceu. Enxuguei suas lágrimas e sentei no sofá. Apenas fiquei olhando em seus olhos como se não tivesse outro lugar para olhar. Tentei ao máximo possível passar confiança e calma.

John levou as escolas para cozinha e voltou sentando ao nosso lado. James correu para o banheiro indo atrás do kit de primeiros socorros.

-D-diculpa...eu não quelia atapalhar. -Seus lábios rosados formaram um biquinho choroso. Sua voz doce, mesmo fraquinha, era algo que eu desejava ouvir todos os dias.

 Sua voz doce, mesmo fraquinha, era algo que eu desejava ouvir todos os dias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu coração doía ao ouvir seus soluços de sofrimento. Ela estava no mesmo ambiente que eu, mas sua mente parecia perdida e confusa.

Frágil e tão indefesa. Parecia uma boneca de porcelana, uma princesa dos contos de fadas. Com aqueles cabelos loiros e olhos azuis, uma beleza surreal.

Entrei na sala com meu kit em minhas mãos. Ela me observou e fez um cara do choro quando viu o que estava na minha mão. Estava angustiado, porque meu anjo chora tanto?

--Eu vou precisar limpar seus joelhos! Prometo que não irar doer muito, mas preciso que colabore. Tudo bem? -Me abaixei na sua frente e pude ver de perto seu rosto. Mesmo com lágrimas e vermelho, sua beleza continuava!

--V-vai me machuca? -Perguntou bem baixinho. O medo era evidente em sua fala, suas pernas não paravam de balançar, mesmo estando sentada no colo de Jack.

---Talvez arde um pouquinho, mas vai passar. -Análisei seu machucado. Pouco sangue escória, e não tinha nada de muito grave. - Os cacos de vidros estão todos superficiais, não vai precisar de pontos, mas vou ter que esterilizar o local.

Expliquei calmamente e abrir meu kit pegando um pouquinho de álcool e limpando minhas mãos para não passar bactérias e piorar a situação.

-Entendi nadinha. -Demos risada da sua fala e peguei a gase e uma pequena pinça para tirar os cacos de vidros sem machucar.

-Como é seu nome anjo? -Jack perguntou ao ver sua agonia com o sangue que tinha em sua perna. -Fique calma e fale conosco.

-M-me chamo Arya Jones. -Falou limpando suas lágrimas e respirando fundo.

Tirei todos e limpei o local, passei um anti-séptico o redor do machado e coloquei um curativo. Fiz a mesma coisa com o outro joelho enquanto meus irmãos conversamos assuntos bobos distraindo a mesma para não focar no que eu estava fazendo.

--Pronto. Está doendo ou incomodado? -Perguntei tentando ser o mais carinhoso possível. Não quero cometer uma besteira e fazer-lá chorar ainda mais.

--Naum...obligada. -Respondeu tímida. Suas bochechas estavam muito vermelhas e só alimentava sua fofura.

Fiquei aliviado ao ver que não estava escondendo seu lado infantil e que estava confortável conosco.

--Acho que está na hora de conversamos, já que você está mais calma. -John falou e Arya nos olhou confusa.

--Porque estava chorando querida e como se machucou? -Sua boca abriu completamente surpresa.

--Pode ficar tranquila, só queremos ajudar. -Segurei suas mãos como um ato de carinho.

---A-ah...é uma história longa, mas vou contar. Antes, prometem que não vão me julgar? E eu vou embora se estiver incomodando. -Falou nervosa. Sua voz estava trêmula e falhando.

---Jamais! Vamos só ouvir, tudo bem? -Jack falou e ela respirou fundo antes de começar a falar.

---E-eu tava arrumando umas coisinhas no meu quarto, quando minha mãe entrou no meu apartamento muito brava e gritando bastante. Ela disse que um dos namorados dela descobriu que ela tinha uma filha infantilista, vulgo eu, e achou uma aberração. O homi disse que não queria ter filhos com minha mãe se fosse para nascer como eu. Ela me xingou de aberração, fez questão de lembrar que meu progenitor me abandonou pelo meu jeito de ser e no final acabou jogando um vaso de flores que ficava na mesinha. Doeu bastante, porque ela jogou na minhas pernas e me fez ficar ajoelhada enquanto me batia. -Suas lágrimas começam a descer novamente e mostrou seus braços roxos que estavam cobertos pelo seu moletom rosa. - Eu pedi pla palar, mas ela não palou! -Abraçou seu próprio corpo como se aquilo fosse sua proteção. Eu e meus irmãos já estavamos sérios, quem podia fazer tamanha crueldade com a própria filha? - Quando eu desenvolvi infantilismo, ela me levou para vários médicos, psicólogos e psiquiatra, segundo ela eu não era uma adolescente normal e deveria me tratar. Os médicos sempre deixaram claro que eu sou normal, apenas com uma condição psicológica e as vezes poderia entrar no litte space! Uma vez fiquei internada em uma clinica horrível, eles me batiam e me deixavam sem comida e água.Quando fiz 15 anos, eu comecei a tomar um remédio que estimulava prolactina, hormônio responsável pela produção do leite! E quando eu comecei a produzir leite, foi quando tudo piorou. Meu progenitor ficou com tanto nojo de mim que foi embora e isso me machucou bastante. Ele é era legal comigo e deixava eu dormir com minha bubu. - Um sorriso apareceu em meios as lágrimas.

--Você é tão maravilhosa.... -John sussurrou acariciando seus cabelos.

 -John sussurrou acariciando seus cabelos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




Honey🦋

♥︎- 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐏𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐚 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚♡︎ (Pausada) Onde histórias criam vida. Descubra agora