Arya é uma menina adorável, que anima todos ao seu redor. Com apenas um sorriso no rosto tem o poder de fazer tudo melhorar, com uma inocência inexplicável no olhar e com seu carisma. Mesmo com suas limitações por causa do infantilismo desenvolvido...
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Respirei fundo ao sentir os músculos do meu corpo doerem, minha cabeça latejava de uma dor insuportável por causa de um pequeno corte profundo na lateral da minha testa. Provavelmente irá causar uma cicatriz, mas sinceramente, já não me importava com as marcas que irão ficar no meu corpo.
Olhei ao meu redor observando alguns dos nossos soldados descansando sentados nas cadeiras do pequeno bar que encontramos no caminho de volta para casa. Infelizmente, perdemos alguns seguranças, mas em uma pequena quantidade que não causaria desvantagens futuramente. Uma das nossas obrigações é confortar as família dos seguranças que perderem sua vida tentando nos proteger.
--- Aceita? -Max apareceu no meu campo de visão com dois copos de whisky e sentou ao meu lado com certa dificuldade, pois ele acabou machucando o tornozelo. Ele me ofereceu um copo com a bebida alcoólica, e aceitei de bom agrado. Levei o copo até a boca saboreando o líquido, que desceu queimando minha garganta mas sem me incomodar. Joguei a cabeça para trás sentindo o efeito apaziguante que o álcool me trouxe, me fazendo deixar de lado as dores musculares que se espalhava pelo meu corpo.
--- Notícias sobre James? -Perguntei preocupado. Aquele filhote de urubu, que infelizmente tenho que chamar de irmão, acabou desmaiando de tanta dor e pelo sangue perdido por causa dos ferimentos. Ainda não conseguimos voltar para nossa cidade para levar James até o médico responsável pela máfia. Entramos nesse bar meio abandonado para esperar o avião particular chegar.
--- Como sempre, ele recusou o medicamento e fez alguns curativos em si mesmo. -Max falou enquanto abria alguns botões de sua camisa social.
James com toda certeza, é o médico mais imprudente com ele mesmo. É até difícil acreditar que ele realmente era um profissional excepcional com seus pacientes.
--- Os novos brinquedos já estão na sala de tortura? -Perguntei com tom de ironia me referindo a Thomas, Samanta e Augusto. Preferimos mandar eles de carro para um galpão de tortura que fica no meio de uma floresta longe da cidade, onde ninguém encontraria e as chances deles fugirem ou alguém tentar ajudá-los, são nulas. Mandamos alguns soldados que estavam com energia o suficiente e preparados se algo acontecesse Honestamente, se eles tentassem fugir seriam apenas uma perda de tempo. Axel e Thomas tem muitos inimigos por todo mundo, principalmente agora que denunciamos sua linha de tráfico de mulheres e estupros para todos os líderes da máfia. Muitas pessoas pagariam milhões, apenas para ter a cabeça de um deles em uma bandeja de ouro brilhante.
--- Sim, chegaram há poucos minutos atrás. -Respondeu brevemente enquanto levava o copo de bebida até a boca. - Vou para outro destino, encontro vocês daqui a dois dias. -Falou enquanto se levantava da cadeira ao meu lado e colocava o copo sobre o balcão velho daquele bar.
Apenas concordei com a cabeça, sem querer me intrometer em seus assuntos pessoais. Por mais sejamos amigos há muitos anos, nunca procurei saber profundamente a vida pessoal de Max, sabia apenas da existência de alguns parentes próximos e seu namorado Nick. Ele acenou com a mão em um ato de despedida e saiu do local pela porta dos fundos.
Os seguranças dos Faulkner ainda estavam por aqui para uma segurança a mais, porém eles já voltaram para seu país e levaram Thomas. Prometeram enviar uma confirmação de que ele morreu da piora forma.
Olhei para o outro lado do balcão vendo James e Mateus conservando aleatoriamente enquanto bebiam uma clássica cerveja. Todos nós tínhamos alguns machucados, até porque, qual luta não deixa suas marcas, mas todos superficiais e não irá causar um dano maior futuramente.
--- Já está se afundando na bebida? -Perguntei para James enquanto me aproximava do mesmo.
--- Qual dia que não me afundo em álcool? -Falou com um pouco de ironia, mas no fundo daquelas palavras afiadas, existia verdades.
--- Quando Ary estava com você. -Mateus respondeu provocando James, mas de certa forma acabou me ferindo junto. Falar de Ary nesse momento de vulnerabilidade, não é um assunto agradável. Mas de certa forma, ele não estava totalmente errado! James passa dia e noite bebendo, em uma tentativa falha de preencher o vazio que ficou nele e diminuir aquela dor que insiste em conseguir todos nós.
--- Você não perde nenhuma oportunidade de me estressar. -James resmungou irritado, enquanto se acomodava na cadeira de uma forma desajeitada.
--- Estressar? Estou apenas colocando os fatos na mesa. -Respondeu Mateus com um leve sorriso no rosto enquanto levava a bebida alcoólica até os lábios.
Suspirei fundo ao sentir uma leve queimação no peito. Lembrar que Ary estava tão longe por nossa culpa me magoava, mesmo que ela tão distantes esteja mais protegida desses vermes.
Aquela conversa foi interrompida por Jack que se aproximava com uma garrafa de água e chaves do carro que ele estava dirigindo. Com toda certeza ele era o menos machucado, com apenas alguns arranhões pelo braço. Observei sua expressão cansada quando se aproximou entregando sua água para James e arrancou a bebida alcoólica da sua mão.
--- Seja um pouco menos imprudente consigo mesmo. Toma água, invés de encher o cu de álcool. -Jack avisou enquanto colocava o copo em cima do balcão, mas apenas recebeu um olhar cansativo do irmão.
--- Eu não tenho paz com vocês, và a fottere. -James xingou irritado, mas não deixou de beber a água e um analgésico que Jack trouxe para ele. Observei uma expressão de dor passar pelo seu rosto quando esticou sua perna na tentativa de relaxar os músculos tensos, ele tentou disfarçar sua dor mas parecia quase impossível.
--- Acho melhor continuamos nosso caminho, temos que fazer uma breve visita para nossos convidados. -Mudei de assunto rapidamente quando um dos seguranças entrou no estabelecimento ajudando os outros homens a entrar nos carros.
--- Ótimo, estava aguardando ansiosamente por esse momento. -Em um passo de mágica, um sorriso melancólico e diabólico aparaceu em seu rosto me fazendo negar com a cabeça ao ver sua expressão.
James tem muito ódio acumulado, e quando ele colocar aquele sentimentos para fora irá sobrar apenas sangue. O antigo James estava de volta, e sinceramente, os machucados nem deviam está causando incomodo por causa de tanta adrenalina.
Sinceramente, tenho um pouco de pena dos nossos convidados especiais.
--- Parece que realmente voltamos a nossas origens. -Jack murmurou enquanto caminhamos em direção a saída do estabelecimento.
Voltamos.
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• • • Esse capítulo ficou uma verdadeira merda, mas meu intuito era explicar o motivo do meu sumiço. Estou com um bloqueio criativo enorme, peço desculpas por não está conseguindo entregar um capítulo de qualidade.
