Capítulo 05

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Tudo que ela conseguiu associar foi a dor

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Tudo que ela conseguiu associar foi a dor.

Dor intensa e incessante. Ela não sabia onde começava e onde terminava, o que ela sabia era que tudo doía e ela não conseguia criar um raciocínio lógico quando seu cérebro inútil só lhe apontava que ela estava ferida.

Algo que ela meio que já percebera.

Mas então houve um estalo seguido por uma dor absurda, pior do que as que já estava sentindo, na sua perna esquerda.

Não, não, de novo não.

Ela se obrigou a abrir os olhos e se afastar da fonte que lhe provocara a dor.

Tudo que ela conseguiu no processo foi cair do que ela, tarde demais, percebeu ser uma cama e recuar até bater a cabeça em uma provável parede, o que no fim das contas só fez doer mais, contudo ela não tiraria os olhos da figura a sua frente.

Ela era uma feérica com aparência velha, o que já dizia a Kathe que ela devia ter idade pra caralho ou é sua aparência eterna mesmo.

- Calma Katherine, eu sou estou tentando te ajudar... - Ela disse se aproximando com calma, como se estivesse conversando com um coelho assustado.

Ela involuntariamente se encolheu ainda mais.

Tá bom, talvez ela realmente mereça ser comparada a um animal acuado.

- Como sabe meu nome? - Kathe perguntou por fim, ela não lembra dessa feérica como uma das curandeiras de Koschei.

Aliás, essa não era sua cela, onde ela estava?

A feérica pareceu hesitar um pouco antes de dizer:

- Você me disse antes de desmaiar... Não se lembra do que aconteceu?

- Eu... Eu estava na sala de experimentos e... E eu não sei, algo... PERAÍ, AÍ, O QUE VC TÁ FAZENDO? NÃO ME TOQUE!!

Kathe pensara tanto pra responder que nem percebera a aproximação da feérica e somente quando ela tocou na sua perna ferida e dor retornou como uma flecha, que ela percebeu que havia sido uma distração.

Como ela foi tão burra.

- Calma!! Estou te ajudando, por favor, me deixe curar sua perna, prometo que não lhe tocarei mais.

Ela parou de se agitar e permitiu que a feérica fizesse seu trabalho, em parte porque não estava adiantando de nada e só estava piorando, e ela também sabia que os seus poderes de cura poderiam restaurar ossos, mas ela estava fraca demais, o que resultaria em longos de dor se precisasse se curar sozinha.

Quando a luz azul cintilante parou de sair da mão da feérica, ela fez como prometido e se afastou, dando um pequeno sorriso ao guardar suas coisas e ir em direção a porta.

- Sabe, você é gentil... Sinto muito por ele ter te aprisionado.

Era verdade. Kathe estava acostumada a lidar com indivíduos que tinham no mínimo 1% de Koschei e suas psicopatias em suas matrizes, não com pessoas bondosas e que se importavam com seu sofrimento.

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