11 CAPÍTULO

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Às vezes, o tempo passava tão rápido que a gente nem percebe. É estranho pensar que nosso maior inimigo pode não ser uma pessoa, e sim o tempo. Após dois meses, chegava o mês de junho, e eles todos iam para São Paulo. Eles todos estavam um pouco perdidos, por nunca terem vindo ao Brasil, menos Steh, que já conhecia um pouco por ter estudado na escola. De todo modo, eles estavam ansiosos para conhecer mais do Brasil, um país muito bem falado por uns, odiado por outros. Sam estava muito ansiosa para essa viagem. Ela sempre amou a vibe que o Brasil passava. Um país quente, caloroso, com pessoas de bem com a vida que sempre estavam dispostas a ser felizes, não importava o que estava acontecendo.

— Meu Deus, que aeroporto lindo esse, né? Só o nome que é estranho, né? Aeroporto de guarudos. Desse ser o nome de uma tribo aqui do Brasil. — Courteney dizia, descendo na escada rolante e olhando para os lados. 

— Não é guarudos, dona Courteney, é guarulhos! E tira da sua cabeça essa história de tribo. Claro que existem tribos indígenas aqui, mas não é o Brasil todo. Mas sim, aqui é muito lindo! Sam, pela última vez, você precisa de ajuda com essas malas? — Steh olhava para Sam. 

— Não, eu até que estou me saindo muito bem. Sou uma mulher independente agora, eu posso me virar sozinha... Ah, meu Deus do céu. Sai da frente, pessoal! — As malas escorregavam da mão de Sam e caíam na escada rolante, e ela gritava para o pessoal na escada. 

— Sam, a gente nem chegou no Brasil direito e você já está fazendo a gente passar vergonha? Meu Deus! Desculpa aí, pessoal. Não somos daqui, então relevem. E se alguém se machucou, mandem a conta para a Sam. — Steh olhava para Sam e olhava para o pessoal em volta. 

— Ah, querida, esse lugar aqui me lembra muito Berlim, na Alemanha, onde a gente passou nossa lua de mel. É tão lindo e me traz tantas lembranças do passado. Eu e você soubemos aproveitar bem a nossa vida na juventude. — Chad falava, enquanto saía do aeroporto com Courteney. 

— Você tem razão, essa vista lembra um pouco a vista da pousada onde a gente ficou. Meu Deus, eu até esqueci de falar, a Raven disse que vai chegar mais tarde, ela está chegando com o namorado novo dela. Mas enfim, agora que a gente chegou aqui, eu tenho que falar que eu não estou vendo os altos prédios de São Paulo, e nem a avenida Paulista. Onde está tudo isso que aquele panfleto me prometeu? — Courteney olhava para Steh. 

— Mas a gente não está na cidade de São Paulo, nós estamos em Guarulhos. Guarulhos é um dos trinta e nove municípios que compõem a Grande São Paulo. Mas estamos no estado de São Paulo. É diferente. Agora sim, vamos para a cidade, e lá a senhora olha tudo isso que o panfleto está prometendo. — Steh olhava para ela e Sam. 

— Não tem problema, nós vamos agora para São Paulo. O papai não alugou um carro aqui? É só a gente pagar alguém para levar a gente nesse carro. Problema resolvido. Vamos logo, eu estou com muito sono, preciso dormir. — Sam olhava para eles. 

Eles procuravam até acharem o carro, mas Chad não quis pagar alguém para levá-los até São Paulo, cidade, e eles foram se guiando pela intuição de Chad, que não era nada confiável, já que ele nunca esteve em São Paulo. A vista de todo aquele lugar era muito linda. Era uma vista bem diferente da que eles tinham em Los Angeles. Estava um pouco quente, mas eles já estavam acostumados com o calor. A primeira vez que visitamos um país novo é muito bela, e era o que estava sendo para eles essa viagem. 

— Só eu que acho que estamos perdidos? Sei lá, é uma intuição que está ficando cada vez mais forte. E sei lá, acho que não vai ser legal ficar perdida em um país que a gente nem conhece. Pai, o senhor sabe para onde está indo? — Sam olhava para Steh. 

— Calma, filha, eu tenho certeza de que estamos na estrada certa. Confia na minha intuição. Eu tenho um instinto que ninguém mais tem. Uma intuição tão boa que todos invejam. Esse é o meu forte. — Chad falava e continuava dirigindo. 

Vida de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora