- Então o que você faz com aqui sozinha hoje? Levou um bolo do namorado?
- Claro porquê uma mulher não pode simplesmente querer sair sozinha ela precisa ter sido abandonada.
- Perdão, mas é mesmo burrice acreditar que alguém seria idiota o suficiente para te abandonar.
- Você nem me conhece, e por favor só para, você está dando em cima de mim desde o momento um, só ser gato não faz com que eu me jogue aos seus pés.
-Então você me acha gato? - Não aguento e dou risada. - Tá com fome?
- Sim por quê?
- Conheço uma pizzaria perfeita aqui perto, a gente podia ir.
- Não como qualquer pizza, o pessoal daqui coloca tanta coisa que estraga.
- É de tradição italiana, não sou um bárbaro, vem você vai gostar.
Acabo por ser convencida e subo em sua motocicleta, vamos até esse pequeno e adorável restaurante onde eu como uma das melhores pizzas que eu já provei, e a coca que a acompanha por mais que não tão tradicional combina como se tivesse sido criada para isso.
- É ou não a melhor pizza que já provou?
- Que meus chefes e clientes não me escutem, mas sim com certeza é!
- Rhá, sabia, espera até provar o tiramissu daqui você vai amar.
- Quero só ver. Então Guilherme Donnati, seu nome não meu é estranho.
- Minha família trabalhou com a sua uns anos atrás, deve ser daí que conhece meu sobrenome, eu ainda era muito novo.
- Claro! Os Donnati's, agora eu me lembro. Faz sentido o mirante ser seu agora.
- Bom mas chega de passado, você tirou aquela faca como uma profissional eu fiquei assustado juro. - Ele diz rindo e eu rio de sua cara de pau.
- Não ficou nada, você tava sorrindo!
- Eu estava sorrindo porquê estava tentando chamar sua atenção, não quer dizer que não estava com medo.
- Bom saber que estava com medo, - damos risada - mas por que quer chamar minha atenção?
- Você não deve ter me notado, mas já nos encontramos duas vezes alguns dias, só de vista. Mas quando te vi no meu mirante quase não acreditei, você estava lá depois de eu ter me xingado por perder a chance de falar com você.
- Entendi então você não é um stalker bizarro só um cara com sorte.
- Exatamente.
- E você quer que eu acredite nisso? - Ele ri e assente com a cabeça, continuamos conversando e nos provocando até a pizza acabar.
- Quer pedir o tiramissu pra viagem? A gente pode comer no mirante.
- Claro, porque não.
Quando chegamos no mirante a visão completamente noturna e ao mesmo tempo iluminada é estonteante, no sentamos para comer a sobremesa, tão boa quanto a pizza e ficamos lá conversando até o sol nascer, deitados um do lado do outro falando sobre motos, carros, facas, armas, música, livros, filmes que eu mão vi ou que ele não teve cultura o suficiente então nunca assistiu e por aí vai.
- Nossa o sol já vai nascer tenho que ir! - Digo chocada com o horário e me levantando com pressa para pegar meu casaco que está no chão.
- Não espera, - ele diz se sentando e segurando minha mão, - o nascer do sol aqui é melhor que a noite, é de mozzafiato, tirar o fôlego. - Considero minhas opções, minha mãe deve achar que ou eu morri ou fui presa, mas a melhor das hipóteses é que ela nem notou ou se importou, então decido ficar, sorrio e me sento ao lado dele que me envolve com seu braço de novo, então como fiz quando estávamos deitados encosto minha cabeça em seu ombro e assisto o sol nascer.
Depois de um espetáculo natural ele me leva para casa, trocamos olhares ridículos antes de eu me virar para entrar, dou risada e destranco a porta, ele me encara até eu entrar e depois vai embora. Estou me sentindo uma idiota ap... Uma completa idiota.
Subo e me jogo na cama dormindo mais do que já dormi em toda minha vida, acordo na hora do almoço, me levanto faço minha rotina matinal e me visto já para trabalhar, não tenho tempo para treinar hoje.
- Bom dia mamãe, Vicentina.
- Dormiu até agora Ange? Que milagre é esse? - Vicentina ri.
- Dormi, cheguei meio tarde.
- Cedo você quer dizer, né mocinha!
- É, depende do ponto de vista. - Comemos e antes da sobremesa, Gabriel entra na sala de jantar:
- Srta. Centunni.
- Sim Gabe.
- Tem um homem querendo falar com a senhorita lá fora, quer que eu dê um jeito nele ou mande entrar? O nome dele é Guilherme Donnati. - Pulo da cadeira, e respiro fundo.
- Diz pra ele me esperar no escritório, eu vou me trocar e já vou encontrar ele, mas não diz isso diz que vou terminar de resolver uns assuntos e já vou! - Minha mãe e minha irmã me olham como se eu fosse doida com as sobrancelhas erguidas.
Subo e me troco colocando uma roupa mais adequada para o momento, uma saia de couro preta com uma pequena fenda, um body manga longa preto com um decote em V e meu prada. Me encaro no espelho, jogo meu cabelo para o lado e passo um batom vinho, mortale, e nem sei por quê me arrumei tanto.
Desço e minha mãe e irmã me olham de cima a baixo:
- Uau! - Minha irmã diz enquanto minha mãe só me dá um meio sorriso, entro no escritório e ele está vendo os discos do papai.
- Não mexe aí ficcanaso, enxerido! - Ele ainda não se virou para mim.
- Perdão mas sua coleção é incrível. - Ele finalmente se vira para mim. - Uau! E eu achando que a visão do mirante que era de tirar o fôlego.
- Idiota, - rio e me sento na cadeira do papai - e os discos são do meu pai. O que você quer Gui?
- Gui? - Ele levanta uma sobrancelha e eu fico sem graça.
- Seu nome é muito grande ué.
- Aham sei, mas pode me chamar de Gui princesinha eu gosto no dá intimidade. - Ele diz se aproximando e me deixando totalmente sem ar, me levanto de uma vez.
- O que você quer, Guilherme? - Ele se aproxima e eu fico encurralada nas estantes de livro.
- Eu quero tanta coisa agora... - Ele coloca uma mão na estante e a outra na minha cintura, nunca vi alguém com tanta pegada, ele analisa minha boca e depois encara meus olhos sorrindo, estou ofegante e nada nem aconteceu ainda. - Mas eu vim aqui para falar de negócios. - Ele diz sorrindo e se afastando.
- Idiota. - Digo com um sorriso e um pouco de raiva.
- Se você quiser me beijar você vai ter que pedir.
- Metido você né?!
- Acredite em mim, você vai pedir pincesinha, eu vou fazer você não aguentar até a vontade te consumir e você pedir. - Ele diz presunçoso, sentando na mesa de braços cruzados e me analisando de cima a baixo.
- Estou atrapalhando? - Camilo diz entrando no escritório de cara fechada.
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Daddy's Lesson
Teen Fiction"Came into this world Daddy's little girl And daddy made a soldier out of me Daddy made me dance And daddy held my hand And daddy liked his whisky with his tea..."