Capítulo 8 - And we rode motorcycles blackjack, classic vinyl

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Acordo sozinha na minha cama e por alguns segundos me pergunto se a noite anterior foi um sonho, mas percebo que não quando em umas das minhas armas tem um cordão pequeno demais para ser um colar e grande demais para ser uma pulseira, era dourado e tinha pequenas luas e sois ao redor de sua composição, porém um dos pingentes era uma arma.

Respiro fundo e desço para correr e treinar no porão, quando chego em cassa três horas depois me troco colocando uma calça jeans, uma camiseta preta simples, uma jaqueta de couro, meu salto e depois de arrumar meu cabelo e maquiagem pego o cordão e prendo em meu tornozelo, coube perfeitamente. Sigo para o café e em seguida pego minha moto e sigo para penitenciária estadual, sou a rainha atual ,mas o rei não foi deposto só temporariamente afastado e sua opinião importa para mim e o conselho.

Chego e encaro aquele prédio cimentado e cheio de grade, respiro fundo e cruzo os portões, entrego meu documento na entrada, passo pelo detector de metais e em seguida encontro papai na sala para conversar, não estranho ao perceber que o guarda sai da sala e como é confortável o local em que me encontro agora.

- Tesoro! - Papai vem me abraçar. - Você está tão linda mi amore.

- Papai! Que saudades. 

- Perdão pela revista lá fora, é preciso manter as aparências.

- Eu entendo papai que isso.

- Vamos nos sentar? - Ele aponta para o sofá no canto da mesa de centro. - E então querida novo disco?

- Sim papai, nossa loja de discos de sempre está com novos discos, mas eu estava pensando... Eu vi um anúncio sobre novas sedes abrindo da cidade, não tão perto de casa mas aqui na cidade, uptown e downtown da mesma forma.

- Mas se a loja que que frequentamos tem os discos que queremos e se o valor é bom por quê procurar outras?! Não é melhor continuar com a que confiamos?

- Eu sei que a gente tem uma boa relação com o dono e foi lá que eu pedi pra pararmos quando chegamos de viagem, e os discos são bons, eu sei disso! Mas acredito que os valores possam ser melhores nessas novas sedes, e os valores talvez fossem melhores.

- Você disse que viu um anúncio sobre?

- Um amigo, ele é o dono e comentou que eu deveria dar uma passada!

- Ah! Um amigo... Você tem certeza querida? Eu confio em você para comprar nossos vinis, mas eu gosto de sempre irmos na mesma loja de discos, é tradição.

- Eu sei papai, eu não vou discutir se o senhor diz continuaremos na nossa loja de sempre.

- Tesoro, você é cabeça da família agora, confio em você. Se você acha que consegue encontrar os clássicos por um bom preço nessas novas sedes, sem que vicie a vitrola, sabe que ela é herança de família, eu confio em você.

- Então posso comprar seu presente de aniversário lá?

- Vou passar meu aniversário aqui querida mas claro que pode, mas sim pode comprar meu presente lá, se for o que você acha melhor.

- Obrigada por confiar em mim com os nossos vinis papai. - Digo encerrando o assunto. -  Agora como assim vai passar o aniversário aqui? Quero que a Vicentina faça aquele bolo com geleia de morango e creme pra você de novo!

Conversamos por mais um tempo e então volto para casa, entro em meu escritório e mando uma mensagem para Camilo para que ele acione o conselho para uma reunião hoje a tarde, enquanto eles não chegam releio o e-mail explicativo do Guilherme de novo e trabalho o resto do tempo. 

A proposta é boa e vale a pena, vou conversar para ter a aprovação do conselho e se tiver o idiota vai ser meu sócio, só espero que valha mesmo a pena, é minha primeira decisão no comando, e parte de mim não ainda não acredita que um pedaço dessa decisão é feito de hormônios.

Horas depois todos chegam e consigo ver a cara de desprezo de Tio Victor quando me sento na cadeira de papai, ignoro e começo a falar

Daddy's LessonOnde histórias criam vida. Descubra agora