Respeito

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Malik se sentou ao lado de S/N na mesa em completo e absoluto carvalho. A mesa era uma peça vitoriana com dois anjos em estilo maquiavélico e espreções resignadas, uma obra feita por um artista que de fato conseguiu espressar a velha espressão em latim "Non videmus manticae quod in tergo est", traduzida, não podemos ver a carga que carregamos nas costas. Girou sua TT-30, pequeno privilégio recebido depois da luta épica, discutida por toda a máfia mudial, com os russos. Bom, de fato, o dia em que a Young Knives havia sido formada lhe trazia boas lembranças.
     Ao seu lado, neste exato instante, se encontrava a mulher de sua vida, com cuja qual tivera um história de amor um tanto conturbada e repleta de tentativas de assassinato. S/N foi a primeira mulher que com certeza não estava com ele pelo que ele tinha e que não se esforçava para "consertá-lo" como as outras. "Seus defeitos são uma merda, mas eu amo eles. Acontece." foi a coisa mais romântica que ela lhe disse. Agora a mulher estava discutindo sobre vendas e muitos numeros entediantes, mas de fato S/N tentava ser minimamente certa na citada conversa.

 — Pois de fato devemos chegar a um arcordo, companheiros, de que não é permitido no nosso território que se venda qualquer tipo de droga para menores. 

— Mas os lucros sempre vem em primeiro lugar, é o que fazemos de melhor. Nem estamos contando o fato de que um terço das nossas vendas são para jovens de 14 á 16 anos.— Disse Lorenzo, o chefe da mafia mexicana cuja qual estavam tentando fazer uma parceria. 

— Bom, mas devemos levar em consideração o senso comum Sr. Rey-

 — Por favor, Lorenzo. — Claro, Lorenzo.— Sorriu cínica.— Como um senso comum, devemos entender que vender drogas para crianças é errado.

 — Vender drogas no geral é errado, qual a necessidade de polpar um adolescente sem futuro de dar um "tapinha" em uma semana estressante na escola? 

— Pelo fato de ser um adolescente. Se ele não pode nem sequer comprar drogas lícitas, quem dirá as ilícitas. 

— Gostaria de ouvir o que o Sr. Malik tem a dizer. 

— Zayn? 

    Zayn estava vidrado nos lábios de S/N pensando em quando poderia finalmente beijá-los e tirar aquele batom vermelho que cabia perfeitamente com seu tom de pele. Ele nem estava ouvindo a conversa, apenas estava emergindo no mais profundo oceano que S/N sempre foi. Por que um oceano? Não importa o quanto você explore, sempre tem algo novo a descobrir, é um mistério infinito. 

— Zayn?— Chamou sua atenção novamente e desta vez ele ouviu. Se virou em direção a ela.— Prestou atenção em algo do que dissemos? 

— Claro que sim. O que pensa que sou? 

— E concorda com o que Lorenzo disse?— Hesitou por um instante encarando sua expressão séria, talvez algo que ele chamava de "apavorantemente calma". 

— Eu devo? 

— São crianças Zayn. Não se vende drogas para crianças.— Disse num tom chocado tanto quanto decepcionado. 

— Claro que não. A venda de drogas para menores deve ser proibida no nosso território Sr. Rey, é isso que diz a noção humana.

 — Bom, creio que não podemos formar uma aliança sendo que nosso interesses não tem os mesmos fundamentos.— Lorenzo afirmou e se levantou enquanto alinhava o próprio terno que na opinião de S/N parecia-se com o tapete do Aladdin. 

— Claro, já que nós jamais trabalharíamos com um marginal que vende drogas para crianças.— A mulher com batom vermelho disse. 

— Sinto lhe informar cara S/N, mas se havia alguma chance de trabalharmos juntos você as destruiu com sua arrogância.— Disse cínico. 

Mafia Sequence | Smut| +18Onde histórias criam vida. Descubra agora