Admito que quase nunca vejo onomatopeias dos livros, mas considero um recurso interessante por tê-lo visto em duas obras sensacionais: "Desventuras em Série" e "Guia do Mochileiro das Galáxias".
Com base nesses dois livros e por ter tentado exaustivamente usa-lo em meu primeiro livro, na época que estava começando a escrever, sugiro que seja um recurso a ser evitado em obras sérias. Isso pelo simples fato de que você pode usar palavras com melhor impacto.
Ao invés de usar o "zoom" para indicar que algo passou muito rápido, ou "ploft" para sinalizar que algo caiu, utilize as figuras de linguagem, como metáforas.
"Como o rasante de uma águia, algo passou pelo personagem".
"Um som não-ecoante emergiu ao lado do pé do personagem".
Sua imaginação é o limite e tais descrições melhoram a imersão, coisa que uma onomatopeia não consegue e, as vezes, se torna até bem tosco.
Agora, na comédia, esse "tosco" pode agir a seu favor. Douglas Adams, no Guia do Mochileiro, inventou várias onomatopeias e suas flexões verbais para descrever os movimentos e sons produzidos por uma raça alienígena com formato e utilização de um colchão.
Ele usava o "flop", dizendo que o colchão flopulava, flopulou, flopava, etc...
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Dicas e debates sobre escrita
RandomEsse livro será interativo. Através da experiência que tenho, espero poder ajudar com suas perguntas bem como debater sobre algum tema para agregar os pontos de vista ao repertório de cada escritor.