Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 13

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⚜️ Catara
🗻 Monte Olimpo

Acordei no quarto de Apollo com uma sensação de felicidade e confusão. Havíamos passado um fim de tarde maravilhoso juntos, mas ao abrir os olhos, percebi que o deus não estava mais ali. Ao meu lado, sobre a cômoda, havia um bilhete:

— Me encontre na sala do relógio assim que acordar!

— De seu grande amor... Apollo.

A mensagem me deixou perplexa. Apollo havia sido tão protetor, nunca permitindo que eu saísse do quarto. Por que agora ele queria que eu fosse até a sala geral dos deuses? Havia algo estranho, uma sensação de desconforto que não conseguia ignorar.

Levantei-me da cama, sentindo uma dor leve, mas suportável. Coloquei minhas vestes e, apesar da estranheza da situação, decidi ir até o quarto onde o diário de Athena estava. Precisava entender melhor as visões e o que Athena queria que eu descobrisse antes que fosse tarde demais.

Enquanto subia as escadas em direção à grande sala do relógio, uma sensação inquietante se apoderou de mim. Era como se estivesse caminhando para um perigo iminente. Meu sexto sentido parecia estar em alerta máximo, gritando para que eu parasse. Algo ruim estava para acontecer.

Cheguei ao corredor adornado com estátuas de deuses e uma pintura majestosa da batalha dos Titãs no teto. A porta da sala do relógio estava entreaberta, e uma sensação de desconforto se intensificou em meu peito.

Entrei cautelosamente, chamando por Apollo, mas a sala estava vazia. A porta atrás de mim se fechou com um estrondo, fazendo um som ensurdecedor. Zeus estava em seu imenso trono, seus olhos azuis me fixavam com uma intensidade inquietante. Havia algo de perturbador em seu olhar.

— Aproximar-se! — ordenou ele, sua voz ecoando com um tom ameaçador.

Senti um frio na espinha. A expressão de Zeus não era a de um deus benevolente e sábio, mas de alguém que estava triunfante por ter me enganado. Aproximando-me com cautela, percebi que a situação estava longe de ser normal. Zeus se levantou e, de repente, segurou meu pulso com força, sussurrando palavras inaudíveis.

Em um piscar de olhos, a verdadeira face de Zeus revelou-se: uma aparência vermelha e aterrorizante. Era Cronos!

Lutei contra ele, mas antes que pudesse reagir, ele transformou-se de volta em Zeus.

— Quem é você? — gritei, enquanto me atirava ao chão.

— Sou o pior pesadelo dos deuses — disse ele, caminhando de volta ao trono com um sorriso sádico. — Sou Cronos, a criatura que os fez e que também os destruirá!

A compreensão do que estava acontecendo me atingiu com força. A profecia era clara: eu estava em uma encruzilhada entre salvar o Olimpo ou ajudar Cronos a destruí-lo. Nunca entendi completamente o que faria apenas com a habilidade de ver sentimentos, mas agora não era o momento para ponderações. Eu estava em perigo iminente.

— Onde estão os deuses? Onde está Zeus? — perguntei, a voz tremendo.

Cronos se aproximou, segurando meu rosto com força.

— Preocupada com aqueles que não se preocupam com você? Os deuses estão em missões, e quando passaram por aquela porta — ele apontou para a grande porta atrás de mim — desmaiaram devido a um feitiço de proteção feito pelas irmãs do destino!

Respirei fundo, tentando processar o que estava acontecendo. Cronos me ergueu pelo braço e me jogou em um canto da sala. As costas bateram contra a parede com força.

— Observe, pequena mortal! — ele ordenou.

Sem aviso, a porta se abriu com violência, e Ares e Apollo entraram. Tentei gritar "não se mexam", mas era tarde demais. Ambos caíram desacordados no chão. O desespero tomou conta de mim, e eu comecei a chorar.

A Jovem AbençoadaOnde histórias criam vida. Descubra agora