⚜️ Catara
🏛️ Cidade de AthenaJá havia elaborado um plano convincente para explicar aos meus pais o motivo da minha saída. As palavras estavam prontas e ensaiadas. Espero que tudo corra conforme o planejado.
Faltando dois dias para o meu aniversário, eu caminhava em direção à casa de Helena, ansiosa para compartilhar as novidades. A casa parecia estar tranquila, já que seu irmão e pai haviam saído para uma viagem, deixando apenas Helena e a senhora Angelina em casa.
A empregada da frente me deixou entrar, e lá estava a senhora Angelina, como de costume, ocupada com seu bordado. Helena também estava na sala, tentando bordar, embora seu trabalho estivesse bastante abaixo dos padrões esperados.
— Bom dia! — chamei, e ambas voltaram-se para mim, sorrindo. Helena parecia particularmente aliviada por ter uma pausa do bordado.
— Catara! Pensei que não viria hoje.
— Claro que não perderia a oportunidade de te ajudar a escapar desse bordado, minha melhor amiga.
Helena lançou-me um olhar irritado, mas sua mãe riu alto, quebrando a tensão.
— Sente-se, querida Catara — disse a senhora Angelina, com seu sorriso caloroso. Ela ainda era jovem, casada aos 16 anos, e hoje tinha apenas 32.
— Alguma novidade, Catara? — Helena perguntou, sentando-se ao meu lado.
— Só sobre o assunto de antes. Vou te contar mais depois.
— Você acha que não sei do que as meninas falam? — Angelina interrompeu, largando seu bordado e observando meu bracelete. — Este seria um bracelete dos deuses?
Eu me lembrei imediatamente de que estava usando o bracelete e de que Helena mencionara que sua mãe tinha um igual.
— Não fique nervosa. Já fui jovem e tenho um parecido, só que com o brasão de Poseidón, enquanto o seu é de...
— Apollo! — interrompi, e Angelina sorriu com um brilho genuíno nos olhos.
— O deus Apollo! Poseidón sempre dizia que ele era um mulherengo, mas pelo visto, parece ter mudado.
— Como assim? — perguntei.
— Um deus só dá um bracelete dos deuses para sua amada.
A revelação fez meu coração acelerar. Apollo me amava?
— O que foi, Helena?
Angelina voltou sua atenção para a filha.
— Então o coração do deus dos mares era seu? E a senhora o destruiu ao se casar com papai?
Angelina parecia abatida.
— Infelizmente, aceitei me casar com seu pai. Poseidón e eu planejávamos fugir para seu castelo em Atlantia, mas Zeus criou a lei que proíbe relacionamentos duradouros entre deuses e mortais na mesma semana.
— Então vocês se separaram? — perguntei, a tristeza evidente em minha voz.
— Poseidón nunca se despediu. Ele deixou apenas um bracelete e uma carta.
Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de Angelina.
— Venham — disse ela, subindo as escadas. Helena e eu a seguimos até seu quarto, onde Angelina entrou no closet e voltou com uma caixa azul adornada com o emblema de um tritão.
— Vejam com seus próprios olhos — ela disse, passando-me a caixa. Ao abri-la, encontrei um bracelete idêntico ao meu, mas com um pingente de tritão em vez do sol.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Jovem Abençoada
Fantasy- 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝟎𝟏 - Você acha que deuses grandiosos do Olimpo podem amar mortais frágeis da terra? Uma humana nasce com dons que podem determinar o futuro do Olimpo. Os deuses a procura mais apenas um tem sorte: Apollo. O qual vai fazer de tudo para...