Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 09

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⚜️ Catara

🏛️ Cidade de Athena

Há minutos estávamos os três, imóveis, encarando a situação que se desenrolava diante de nós. Athena havia desaparecido de volta para seu esconderijo, e a chegada de Apollo era iminente. Sua expressão era carregada e seu humor, notoriamente sombrio. Quando seus olhos encontraram Helena, seu semblante não mudou, ficando neutro.

Nenhum de nós falou. Esperávamos que Apollo se pronunciasse. Uma sensação desconfortável pairava no ar, como se estivéssemos sendo observados por olhos invisíveis. Apollo parecia particularmente irritado ao observar Helena.

— Quem é ela e por que está aqui? — a voz de Apollo cortou o silêncio. Helena suspirou profundamente, enquanto ele me lançou um olhar questionador.

— Meu nome é Helena. Vou acompanhar minha amiga, seja lá onde você a esconder — Helena respondeu com firmeza, um sorriso desafiador no rosto.

Eu sorri para Helena. Sua ousadia era admirável, mas às vezes, em situações como essas, era melhor permanecer calada, especialmente diante de um deus.

— Eu falei com Catara, mortal estúpida! — Apollo retrucou, sua voz grave carregada de desdém.

— Helena não é estúpida! Ela é minha amiga e vai comigo. Ou eu não vou! — Declarei, firme. Apollo me olhou com descrença, enquanto Helena, com um sorriso debochado, cruzava os braços.

Por sorte, Apollo não pareceu perceber o olhar desafiador de Helena.

— Dê-me um motivo para não deixar as duas aqui e simplesmente lavar minhas mãos — Apollo desafiou, testando-me.

— Posso te dar dois. Primeiro, os deuses precisam de mim. Se eu rezar para qualquer um, eles virão até mim. E podem até me matar, ou não... Mas a sua consciência certamente ficaria atormentada — respondi, tentando manter a calma. Apollo me encarava com uma expressão irritada. — Segundo, Helena não é uma mortal qualquer! Ela é filha de um de vocês.

Apollo soltou uma gargalhada, aproximando-se de Helena e pegando seu pulso com força.

— Filha de um de nós? De quem? — Ele olhou para o bracelete de Helena. — Poseidón?

Helena confirmou com um aceno breve, e Apollo a soltou, ainda visivelmente irritado. Aproximou-se de mim, tão perto que achei que fosse me beijar, mas ele apenas inclinou-se para sussurrar em meu ouvido:

— Você é minha responsabilidade... Se algo acontecer com sua amiga, o problema será dela.

Concordei com um gesto, e Apollo se afastou. Com um movimento rápido, ele abriu um portal.

— Você, loirinha! Entre — ordenou, sem olhar para trás.

— Meu nome é Helena, ogro! — Ela protestou, mas seguiu em direção ao portal.

Apollo deu uma risada sarcástica e eu segui Helena, entrando no portal. Apollo veio logo atrás e o portal se fechou.

Quando olhei ao redor, fiquei sem palavras. Era tudo simplesmente deslumbrante!

Apollo passou à nossa frente, e nós o seguimos a uma certa distância. Helena, ao meu lado, murmurou:

— Esse é o grande deus Apollo?

— Sim — concordei, olhando ao redor maravilhada. — Ele é um ogro!

Apollo lançou um olhar fugaz para nós e começou a subir longas escadas que levavam ao castelo do Olimpo. Eu mal podia acreditar que estava realmente no Monte Olimpo!

A Jovem AbençoadaOnde histórias criam vida. Descubra agora