13° capítulo

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Elena Hilbert.

Aperto o celular em minhas mãos a procura do número  do Victor, mas é em vão, ele não  atende... Mas que porra logo agora, volto a ligar e nada, já perdi as contas de quantas vezes ouvi a voz insuportável daquela mulher '' A chamada esta sendo encaminhada para caixa postal, está  sujeito a cobrança após o sinal...''.

o motorista corre em alta velocidade , me lembro das palavras de Victor e pego meu celular outras vez, mas dessa vez em busca do número  de Lorenzo, no segundo toque ele atende.

- O que foi porra !?

Sua voz soa irritada ,como sempre...

- Lorenzo, estou sendo perseguida, não consigo falar com o Victor. Os seguranças foram mortos.

Tiros são desferidos contra o carro e me encolho mais , mordendo os lábios para não gritar..

- Elena, esta sozinha ou tem  alguém aí com você ?

Tento controlar a respiração, coisa que é quase que impossível.

- Não, estou com o motorista.

Escuto alguns murmúrios de Lorenzo .

- Passe o celular para ele.

Passo o celular para o motorista e escuto um baque forte no carro, Deus nos ajude.

A chuva de tiros não sessa nem por um minuto se quer,  me encolho o tanto que posso no Banco de trás . Vejo quando o  carro é cercado , um homem todo de preto abre a porta do motorista , mordo meus lábios para não soltar nenhum som . vejo quando ele atira na cabeça do motorista , o sangue jorra de sua testa e ele cai por cima do volante já sem vida, outro homem abre a porte de trás do carro e me puxa me tirando do meu Pequeno esconderijo improvisado , o mesmo homem me arrastou para fora do carro e colocou um pano molhado  no meu nariz, me remexo desesperada tentando sair do seu aperto, mas é emvao. Aos poucos sinto minha visão escurecer e tudo se tornar preto.

........

Acordo em um lugar desconhecido, minha cabeça dói e minha boca amarga , olho ao redor estudando o lugar que é muito escuro e tem um coxão no chão , aqui tem ratos andando  de um lado a outro e é  totalmente úmido.
  Respiro pausadamente olho por entre as frestas da janela a luz da lua, fico em posição fetal e começo a rezar.

- Deus como vou sair daqui? preciso pensar em uma forma...

A visão daquele homem lavando um tiro e morrendo não saem da minha cabeça, toda vez que fecho os olhos vejo o seu sangue jorrar como agua para fora do seu corpo. Choro compulsivamente e abraço minhas pernas com mais força tentando me proteger das minhas próprias lembranças.
  Tenho medo não só por mim , mas também de estar gravida, eu estava suspeitando a um tempo, porém  não tive coragem de ir ao medico ou de comprar um exame de farmácia para fazer.

Meu período menstrual esta atrasado , meus fortes e frequentes enjoos e minha fome infinita são fortes sinais de uma gravidez . E tudo faz completamente sentido já que nos últimos dois meses eu andei me descuidando , esquecendo e perdendo a hora de tomar o anticoncepcional. Eu já  sabia do risco que eu estava correndo de engravidar , mas no fundo crescia um desejo imenso de ter em meus braços um filhos, fruto  do nosso amor...

So peço a Deus para que cuide de mim e se eu estiver gravida, do meu pequeno anjo também.
  Nesse lugar imundo o único barulho  que se escuta e som  do meu choro desesperado e angustiado.
  Estava tudo tão  bem, eu estava em um perfeito sonho onde eu era uma rainha e meu mundo de uma hora para a outra vaio ao chão, espero que Lorenzo comunique ao Victor e que ele venha me buscar o mais de presa o possível.
  Saio dos meus  pensamentos com o barulho da porta se destrancando,  me deito no coxão mofado e fecho meus olhos fingindo dormir. Sinto uma presença  ao meu  lado e uma mão afogar meu cabelos.

 Casamento Forçado 1Onde histórias criam vida. Descubra agora