"Dizeres."- (final)

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"Ãhn... claro."- ele respondeu.- "Desculpa, eu não..."- pensou um pouco.- "Quer dizer, foi você quem começou e... eu sei lá, achei que..."

"Achei que você não pensasse nisso, tipo..."- falou, envergonhada ao vê-lo sem camisa quando saiu de cima de si.- "Bom, você nunca..."

"Porque achei que você não quisesse."- interrompeu.- "Sei lá, você sempre foi tão... não desse lado."

"Porque achei que você não quisesse."- falou.

Se entreolharam, rindo da confusão.

"Que vergonha..."- ela murmurou, cruzando os braços na frente do corpo.

"Você... sei lá, não quer?"

"Ãhn... você quer?"

Sorriu.

"Se eu quero?"- riu fraco.- "Sempre quis, Kaycee."

Sentiu o coração pulsar forte no peito, ao mesmo tempo que o rosto queimou.

Então ele realmente pensava o mesmo.

"Eu... também."- confessou.

Sean se inclinou novamente, se aproximando devagar para que ela pudesse decidir se o queria mesmo ou não. Passou a ponta do nariz no da garota, deslizando sobre as bochechas rosadas, suas orelhas e a curva do pescoço, sentindo o perfume doce que exalava da pele feminina.
E por último, antes de mais nada, abriu os olhos, encontrando as íris claras brilhando como duas estrelas no céu do entardecer. Amarelas, castanhas, verdes. Da cor que ninguém podia descrever como uma só, porém tão única e bonita. Contrastando com o preto da pupila no centro, dilatada como nunca.

Perfeita.

🔞🦋

A ouviu suspirar assim que a beijou, completamente entregue à ele. Como nas coreografias que dançavam juntos. Era gostoso, as línguas encaixadas perfeitamente numa dança lenta. Os lábios roçando com delicadeza, coordenados.
A mão dele se perdeu em seus cabelos, guiando o beijo ainda mais intenso que o primeiro. As dela, fazendo um carinho em suas bochechas, maxilar e queixo, sentindo a leve aspereza da pele com a ponta dos dedos.

"Calor que aquece o quarto".

O murmúrio rouco lhe saiu da garganta ao sentir a mordida no lábio interior, a fazendo abrir os olhos por meros segundos, porque antes mesmo que pudesse formular algo a língua dele estava em seu pescoço, tirando todo e qualquer raciocínio de sua mente.
Os beijos iam descendo, para o ombro, a clavícula, o colo, e o pequeno espaço que restava entre o tecido do top vermelho e a pele dela. Mas antes de tirá-lo, passou os lábios por sua barriga, até encontrarem o cós da calça de moletom.
Kaycee arfava à cada toque, sentindo molhar quando os dentes dele fizeram contato com a pele de seu quadril. Engoliu em seco, assentindo com a cabeça antes mesmo de ouvir a pergunta, e logo o tecido deslizava por suas pernas até o chão.
Sean lhe beijou os tornozelos, e toda a extensão de seu corpo até se encontrar com o top novamente. Ela mesma o tirou, deixando cair longe de sua vista e voltou a atenção para o melhor amigo.

Ou mais do que isso.

Ele sorriu, a fazendo soltar um gemido baixo quando lhe tocou os seios. Passando a língua por ali, rodeando e chupando os mamilos já enrijecidos.

"Shamu..."- a ouviu sussurrar, e agora, era ainda melhor ouvir esse apelido.

Desceu uma das mãos por sua barriga, encontrando a calcinha e a deslizou para dentro do tecido fino. Sentiu os dedos encharcarem, sorrindo com o poder que obteve no corpo da garota.
A acariciou levemente, fazendo pouca pressão em seu clitóris enquanto a beijava. Kaycee gemeu manhosa, se movimentando em seus dedos ao tentar conseguir maior contato.
Resmungou ao vê-lo parar.

"O... o que?"- perguntou baixo.

"Desculpa, mas se eu continuar daqui, eu não vou conseguir parar."- ele confessou, ofegante.

Abriu os olhos para olhá-lo, e pela primeira vez, enxergou um Sean diferente. Tinha os olhos mais escuros que o normal, os lábios inchados e entreabertos para que pudesse respirar, a bochechas avermelhadas e os cabelos ainda mais bagunçados. Exalava à sexo, transmitia luxúria.

"Eu não quero que você pare."- respondeu.

E diferente de antes, ele a atacou com os lábios, num beijo faminto e quente. Uma explosão de sensações lhe tomando conta do corpo. Ela o abraçou, subindo as mãos por suas costas em arranhões e apertos.
Sean se afastou um pouco, tirando sua calcinha e se inclinou. Beijou a parte interna de suas coxas, parando ao chegar em seu destino. Passou a língua em seu centro quente, iniciando um carinho novo, nunca provado por ela. Kaycee gemia feito louca, tapando a própria boca enquanto tentava se manter posturada.

Mas a verdade era que, sempre perdia a postura quando se tratava de Sean Lew.

A segurou pelos quadris, a mantendo firme em si. As pernas bambeavam, o ventre se contraía com força, os olhos lacrimejavam. A levando para um universo paralelo e delicioso.
Estava em transe, depois de sentir o primeiro orgasmo da vida lhe invadir. O peito subia e descia profundamente, tentando manter a respiração controlada. Ele a esperou se recompor, a observando enquanto deslizava a ponta dos dedos em sua barriga perfeitamente malhada.
Ela abriu os olhos por um momento, apenas para puxa-lo pelas mãos e fazê-lo cair novamente em cima de si. O beijou na boca, dizendo coisas sem nexo enquanto lhe tirava o cinto e desabotoava as calças.

"Linhas que teci, pra te vestir, pra te despir."

Tirou o resto de suas roupas, se posicionando em sua entrada e lhe fez pressão. Kaycee soltou um gemido longo, sendo abafado pela boca dele. Se movimentava devagar, mas com o tempo, aumentou a velocidade.
Estava ofegante, de olhos fechados enquanto sentia o contato da ereção no corpo quente da garota debaixo de si. Era tudo maravilhoso demais. Ela lhe puxava os cabelos, mordia o maxilar, arranhava as costas, apertava os ombros. Tudo tentando se manter viva.

"E-eu... vou..."- a ouviu sussurrar, estava quase lá.

Aumentou as investidas, agora mais fortes que as outras e mais rápidas. Até se derreterem num orgasmo intenso. Sean encostou a testa na sua, de olhos fechados e sem fôlego algum. Os rostos quentes.
Esperaram um tempo, até que se recuperaram e criaram coragem para se encararem.

"Eu também sinto a sua falta."- ele falou primeiro.- "Muito."

"Eu sei."- sussurrou, segurando seu rosto e lhe deu um beijo na bochecha.

"Me chama mais vezes."

"O que?"

"Pra vir te ver, me chama mais vezes."- falou.- "Mesmo que eu esteja ocupado, eu venho."

Ela riu, negando com a cabeça e o empurrou, vestindo suas roupas novamente enquanto ele fazia o mesmo.

"Quer assistir um filme?"- o olhou.

"Não é pedindo pra você ficar, mas se quiser eu nem vou reclamar."

"Claro."- sorriu.

É impossível ser feliz sozinho.

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Acabei!!! O último pra vocês se divertirem nesse fim de domingo e se inspirarem na nova semana que vai começar! Espero muito que gostem e não se esqueçam de favoritar e comentar o que acharam! Beijos de luz e até amanhã com "Freakishly Connected"!✨💕

Ps.: Aiai.... saudades de escrever coisas assim... "Ride or Die" me faz falta.🥺😩

Sim, nós somos apenas melhores amigos.Onde histórias criam vida. Descubra agora