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SEXTO CAPÍTULO
Banho de água fria.

Draco havia se ausentado, deixando Harry sozinho na sala de visitas, com guardas a sua disposição, conforme fora dito, o rei precisava falar com seus prisioneiros, pois no dia seguinte seriam conduzidos até a capital, onde seriam julgados perante a corte.

Mas antes de partir para às masmorras, Draco retirou da sua própria mala roupas pesadas e quentes para Harry, que as vestiu e ficou parecendo um embrulhado branco e dourado, com gorro, luvas e botas de couro negras. O moreno até tentou argumentar que não sentia muito frio, mas o rei fora persistente e, não contente, acabou por enrolar um cachecol vermelho escuro no pescoço do menor, que antes estava até descalço.

Não era aceitável mesmo do que isto, a neve ainda caia violentamente do lado de fora e poderia levá-lo facilmente a uma possível pneumonia. Draco não iria arriscar.

As roupas eram bem maiores que si, porém com ajustes alí e aqui, o ômega conseguiu se movimentar sem desconforto, fazendo o monarca ficar hipnotizado por seu companheiro estar com suas vestimentas.

Tão dele.

Tanto ômega quanto alfa não desejavam se separar, mas Harry ao pensar em ver a família e, principalmente, Tom, se amedrontou e recusou acompanhar o rei e seus pais. O de olhos verdes não queria demostrar fraqueza, mas sua natureza desejava manter-se o mais longe possível daquelas pessoas.

Por mais que seu lobo interior fosse um ser valente e muito ousado, ele — a parte humana — ainda tinha muito o que amadurecer, mesmo inocentemente Harry entendia e sabia que teria de ser mais corajoso, mas o momento não era esse.

E Potter temia nunca ter tamanha força, vendo seu companheiro tão onipotente, fez com que ele visse um terço da sua grandeza e deixou-o um pouco cabisbaixo e inseguro. A fixa lhe caiu e dançou no seu rosto: ele era predestinado do Rei. Preocupante. Depois da adrenalina, veio um momento lúcido e agora Harry estava se corroendo, ainda mais por ter agora um guarda pessoal, um que claramente não era muito amigável e Harry queria ter amigos.

— Olá, você poderia me levar para passear? — Harry perguntou ao guarda responsável por sua segurança.

Fora desconfortante quando Draco anunciou que Ronaldo Weasley seria seu guarda pessoal, além de ser algo novo, a cara amarrada do Ômega deixava Harry inquieto, entretanto, o fato de ter tantos Ômegas e Betas trabalhando em algo perigoso e inadequado para seus gêneros, deixava-o animado. Ronald aparentava ser uma pessoa forte, por mais que irritadiço, Harry sentiu que poderiam ser grandes amigos e por mais que não soubesse explicar, uma forte determinação lhe consumiu.

Ele faria daquele ruivinho seu amigo.

— Desculpe-me, senhor...

— Não precisa me chamar de senhor, não. Pode me chamar de Harry! — Harry fora até o ômega e estendeu sua mão. — É um prazer te conhecer, Ronald.

Soltando um suspiro longo, o ômega ruivo se curvou primeiro antes de aceitar o cumprimento.

— O prazer é meu, mas não pretendo tirar a formalidade. O senhor não mudará isso e, perdoe-me, mas teremos que esperar a majestade para que eu possa te levar a algum lugar. — foi calma sua resposta, recolhendo sua mão da do jovem mestre.

O Verde Mais Intenso - Drarry [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora