capítulo 11

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Priscila narrando...

Estávamos a nos dar bem pela primeira vez desde que nos conhecemos, e sinceramente ele não é tão imbecil como eu pensei que fosse. Na verdade, a convivência com ele pode começar a ficar bem mais tranquila se ele continuar assim. Desde aquilo que aconteceu comigo, eu me fechei. Não sabia o que era sorrir e rir realmente com alguém. Mas em tão pouco tempo, desde que nos conhecemos, ele já me fez rir tanto!

Até me esqueci dos meus problemas.

Henrique: então ela é só tua afilhada, é isso?

Concordo com a cabeça enquanto bebo um copo de vinho tinto, o jantar é cotolleta alla millanese.  Estamos a falar sobre nós. Já que vamos nos casar, pelo menos é justo que saibamos uma ou outra coisa sobre o outro. Me sinto muito bem conversando com ele.

Henrique: isso mostra que tu não és nada a mulher insensível que muitos acreditam que sejas. - sorrio de leve. - fico feliz por estar a conhecer esse seu lado.

Priscila: pois, é. Mas não te enganes, consigo ser perigosa quando necessário. - ele sorri e dá um gole no seu vinho tinto.

Henrique: eu gosto do perigo, senhorita Bradford. - ele sorri presunçosamente.

Priscila: mas e você? Me fale de si.

Henrique: bom, eu nunca tive tudo o que tenho hoje. - ele começa. - os meus pais são dois senhores que fizeram de tudo para que eu e a minha irmã tivéssemos o melhor. Sempre fui um ótimo estudante de informática e eletrônica. O que fez com que a minha carreira desse esse sobressalto. Fui escolhido no meio de homens mais velhos experientes, para estagiar na Microsoft e ali eu só subi e subi até onde estou. Já tive muitas namoradas, aliás tenho actualmente uma ficante, a Michele. Mas nunca me apaixonei de verdade. - ele falou a última parte me olhando no fundo dos olhos.

Priscila: Michele, é? É bom que até amanhã tu e essa fulana terminem qualquer coisa que tenham, pois eu vou querer ter um namorado, noivo e marido fiel. - falo séria.

Henrique: não te preocupes. Farei isso, amanhã mesmo.

Priscila: amanhã com certeza estaremos na capa de mais uma revista de fofoca. Por isso, que tal amanhã mesmo te apresentar a minha família como o meu namorado? - sugiro

Henrique: que honra! - sorrimos. - diz a hora e lá estarei. A propósito, o que tens tu com o Evaristo Sandoval?

Priscila: nada. Esse homem anda atrás de mim, porque quer me ter na cama dele. Mas sempre deixei claro que não queria nada com ele. Tem idade de ser meu pai.

Henrique:  mas não é. - ele suspira. - enquanto eu for o teu namorado, eu vou cuidar de ti. - ele segura a minha mão e por um instante me vejo imaginando ele como meu namorado de verdade.

Priscila: não confunda as coisas, Watterson. Isso é só uma farsa. - retiro a minha mão discretamente.

Ele ficou meio sem graça. Comemos a sobremesa, que era um tiramisu e decidimos ir em seguida.

Henrique: essa noite foi mais do que esperei. - diz ele de pé a frente do portão da mansão.

Priscila: hummm e isso é bom? Porque sinceramente, eu até gostei de passar tempo contigo. Achei que seria aborrecido, mas você se superou. - brinco e ele ri de leve.

Henrique: foi maravilhoso, na verdade. - vejo sinceridade nos seus olhos, o que me faz ficar corada. - vemo-nos amanhã. Fica bem, morena . - ele se aproxima para se despedir, fica tão próximo que sinto o cheiro do seu perfume masculino. Então sela os nossos lábios em um beijo cheio de desejo.

Uma Mulher ImplacávelOnde histórias criam vida. Descubra agora