Uma Mulher Implacável

capítulo 24

Priscila narrando...

Feliz! Eu estava feliz, é isso. A palavra que por muitos anos estava longe dos meus lábios. Eu já estava até acostumada a ser infeliz, a viver só para a Ava e para o resto da minha família.

Eu estava nos braços do Henrique, e sentia um conforto e um sossego absurdo. Todos os problemas simplesmente não existiam, éramos só eu e ele.

Henrique: já acordou, minha morena?

Acabamos de fazer amor, e eu o olhava enquanto dormia. Imaginei tanto que esse momento chegaria ao lado do William, mas nada deu certo. A vida decidiu tirá-lo de mim e aqui estou eu. Tentando seguir o conselho do meu pai, e da minha irmã, Ariana. Sê feliz! E eu estou imensamente feliz.

Priscila: sim, e estou a pensar no quão feliz eu estou por ter-te aqui. - sorrimos e nos beijamos.

Henrique: eu ainda não acredito! O ódio que tanto sentias, afinal não era ódio. E sim, o sentimento que estamos prestes a descobrir.

Sorriu e me sento melhor na cama.

Priscila: não era ódio. Tu é que não facilitavas a nossa convivência com esse seu jeito brincalhão de ser. Para mim era impossível que tivesses um dia, algum pingo que fosse de responsabilidade.

Henrique: hei! Assim me ofendes! - colocou a mão no peito nu e fingiu estar ofendido.

Gargalhei.

Henrique: esse se tornou o meu som favorito. - sorrio tímida e ele ri. - Priscila Bradford, tímida? - ele sorri e fala divertido.

Priscila: eu ainda acabo contigo. Corto o seu amiguinho aí embaixo e dou para os cães de guarda da mansão. - ameaço séria e me levanto para ir tomar um banho.

Henrique: só que assim não teria como te satisfazer.- diz ao pé do meu ouvido, próximo da casa de banho e eu me arrepio. - segundo round?

Ele pergunta e me leva até a casa de banho no estilo noiva.

(...)

Priscila: isso é ainda mais lindo de noite. - digo enquanto aprecio o mar e as ondas.

Fecho os olhos para aproveitar a sensação, e sinto o Henrique envolver os seus braços na minha cintura e dar um beijo rápido no meu pescoço. O que me fez sorrir.

Henrique: eu sempre quis vir aqui. Então achei a nossa lua de mel uma oportunidade ideal para o fazer. - falou ainda abraçado a mim, e dessa vez beijou o meu ombro.

Priscila: eu amei. De todos os lugares, nunca imaginei que fosses escolher um capaz de me fazer sentir tamanha paz já que tu me odiavas, provavelmente. - digo brincando.

Henrique: não sou tão mau assim, né? Olha, vou pedir ao Dominique para nos tirar algumas fotos. Quero relembrar desse dia sempre. - viro- me para ele e nos beijamos.

Priscila: obrigada por tornar esse passeio perfeito. - o beijei novamente.

Henrique: você é uma mulher tão boa, tão doce. Totalmente diferente do que muitos te vêem. - ele tem um brilho orgulhoso no olhar, e eu sorrio e caminho para dentro do iate.

Ele me segue e senta ao meu lado.

O meu semblante está meio sério, pois eu não sei se seria boa altura para falarmos sobre o meu passado.

Henrique: está tudo bem, amor?

Amor. É tão lindo ouvir dos lábios dele me chamar de amor.