Sexta-feira (08/05)

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Apesar da leve tensão que permeava o ar daquela quase reta final, os brothers restantes se reuniram na beira da piscina e tomavam uma caipirinha fornecida pela produção. Chungha, com toda sua beleza estonteante, se bronzeava em um biquíni fio dental. Por mais inusitado que fosse, Jay estava deitado ao seu lado fazendo o mesmo. Perto dali, Namjoon explicava para Jungkook a importância biológica do besouro que haviam encontrado na grama, e assim o mineiro ficou sabendo que o Brasil possuía a maior biodiversidade do mundo, com mais de 109 mil espécies de insetos em seu território.

A conversa fluía alegremente entre Jimin, Taehyung e Hoseok, no entanto, à medida que a cachaça foi pra mente, a putaria entrou pra jogo. O cearense sugeriu uma partidinha de "Eu nunca” que logo foi aceita, Hoseok hesitou, mas acabou indo na pilha. Era muito simples, quem já tivesse feito o que era proposto, deveria tomar um shot da bebida.

— Eu nunca fiz fisting. — Tae iniciou, perguntando com os olhos desconfiados. Ninguém ali bebeu, indicando que nenhum deles havia praticado o ato.

— Viado, tu não perde tempo, né? — Jimin fez o sinal da cruz com uma expressão enojada. — Largue de ser doido, esse negócio de enfiar o braço onde não deve presta não, fica cheio de hemorroida depois, o cu cai todinho. — Todos ali riram, acabando por chamar a atenção do restante dos confinados, que se ajuntaram na rodinha. Chungha logo quis participar, mas Jay preferiu só observar, devido à sua picuinha com os outros ali. Jungkook iria apenas observar junto de Namjoon, mas após insistência de seus amigos, acabou se juntando, apesar das orelhas já vermelhas de vergonha.

— Eu nunca peguei alguém só pra fazer ciúme no consagrado. — Hoseok foi o próximo, e os únicos que não beberam foram Jungkook e Tae. O último fingiu uma expressão chocada, dando um tapa de leve no namorado. Chungha foi a próxima.

— Eu nunca dei aquela cagadinha leve acidental no pau do boy. — Ela falou sacana, esperando o primeiro se entregar, e explodiram gargalhadas quando Taehyung foi o único que bebeu.

— Que foi minha gente, é natural, acontece, quer comer cu tem que estar ciente das possibilidades. — Se defendeu cruzando os braços, ressentido.

— Aposto que tu mentiu na hora do fisting, deve de tá com o cu largo aí acontece essas coisas. — Taehyung se jogou no chão rindo, até que lágrimas brotassem em seus olhos. Tentou socar Jimin mas não tinha forças devido à crise de riso.

— Que nada, já foi aprovado no test drive, tudo apertadinho — Hoseok defendeu o namorado, mas só fez foi deixar o goiano mais vermelho ainda.

— Próximo, próximo! — Chungha bateu palmas, voltando ao foco da brincadeira, e todos olharam para Jungkook esperando que ele falasse.

— É... Pera, deixa eu pensar — demorou uns 5 minutos tentando pensar em algo legal, mas estava nervoso demais com o jogo pra conseguir, já que não tinha muita experiência. — Eu nunca... fumei um cigarrinho diferenciado.

— Você?! — Jimin indagou chocado quando viu Jungkook beber, os outros também o olharam surpresos. — Nossa, que rebelde, gostei. Mamãe estou apaixonado por um criminoso.

— Foi uma vez só pra provar — Jungkook sorriu adorável com o elogio de Jimin, amava ser elogiado. Hoseok e Taehyung finalmente se lembraram de beber também.

— Vamo lá, minha vez agora. É meio besta, mas eu tô curioso. — Jimin se preparou. — Eu nunca dei o rabo.

Quase todos os copos foram virados, como o esperado, com a exceção de um, surpreendendo a maioria ali. Hoseok riu sem graça e sentiu suas orelhas esquentarem, mas não iria mentir.

— Mentiraaaa, tô passada. — Chungha, já meio bêbada assim como a maioria ali, não disfarçou sua surpresa. — Jurava que você era versátil.

— Ih, que nada, esse aí é viado de taubaté. — Taehyung entregou o carioca, provocando o namorado. — Gay pra lá, gay pra cá, mas tem medinho do pinto cair se der o cuzão.

 — Tu é desses, é? — Jimin arqueou uma sobrancelha, desapontado.

— Uai gente, dá quem quer... — Jungkook partiu em defesa do amigo.

— Galera, bateu uma fome aqui, vou indo lá. — Hoseok se levantou fugiu em direção à casa, não querendo prosseguir no assunto.

— Deixa disso menino, é brincadeira! — Jimin gritou o chamando, mas não surtiu efeito. Um leve climão permeou o ambiente, então o cearense decidiu dar voz ao chamado da natureza que já estava retumbando em seu intestino faziam uns 15 minutos. — Já volto aí meus bons.

Quando já entrava no banheiro, viu Namjoon e Jay saindo do quarto, mas não foi notado pelos mesmos. Riu sozinho se perguntando se tava tão bêbado a ponto de não ter percebido quando os dois saíram do quintal. Quando já abria as portas íntimas, sentado na privada, ouviu um burburinho do outro lado da porta e apurou seus ouvidos para ouvir melhor, já que também era filho de Deus.

— Sei não, malandro. Só sei que se tu ficar nesse chove não molha aí, vai sair é antes de mim. — A voz se fez presente de repente, e claramente era a de Jay. O brother parecia estar escovando os dentes, pela forma que saíam estranhas suas palavras. — Não quero condenar ninguém não, mas tu sabe que eles tão fechados, a gente não pode desistir sem lutar não, brother.

— Ok, e como você sugere que façamos isso? — A voz foi identificada como a de Namjoon, e parecia cansada.

— Ué, não é tu que é o cérebro? Eu sou o Pinky, mandou tá feito. — Ouviu-se uma risada leve que pareceu ser do Namjoon.

— Eu não faço milagre, Jay. O que a gente pode fazer é tentar conseguir o anjo, o líder, dormir debaixo do bigfone... — Um grunhido de desgosto se fez presente, presumidamente do carioca. — E vem cá, como tá você e o Hoseok? Acha que ele ainda te protege?

— Não me fale desse traidor. Gado do caralho, prefere a pica do que o brother que sempre colou junto. — Namjoon gargalhou.

— Qual foi, mano?! Tá me tirando?

— Jamais, eu nunca faria isso. — Seu tom era claramente debochado, e Jimin teve certeza do que já desconfiava, a “amizade” de ambos era somente circunstancial. — Tem certeza que isso aí não é dor de cotovelo? Pensa se você não queria tá no lugar do Taehyung, tô falando pro seu bem.

— Ihhhhh, vai se fuder meu irmão, tá me estranhando, porra?! — Sua voz apesar de ter ficado bem mais alta, foi se afastando, indicando que ele estava deixando o banheiro. — E vê se pensa numa porra aí pra tirar a gente dessa. Tô falando sério.

— Taquei pedra na cruz. — Namjoon falou baixo, também saindo do local.

[...]

— Ih alá, os safados ali. — Hoseok, que havia estado calado, abriu a boca pela primeira vez em algum tempo, apontando para Namjoon e Jay que deitavam no quintal, bem abaixo do bigfone.

— Nossa, será se eles vão passar a noite ali? — Jungkook, já devidamente vestido com seu pijaminha rosa, questionou preocupado. — Vou ver se eles querem uma água, alguma coisa.

— Vai lá. — O carioca incentivou.

— Vocês são bonzinhos demais, cruzes. — Jimin observou, fingindo uma expressão de desgosto que arrancou uma risada de Taehyung, que bebia um copinho de leite morno antes de ir se deitar.

Apesar de Jay e Namjoon terem negado a gentileza, Jungkook foi buscar um copo de água para eles mesmo assim, no entanto, o que não contava, era que iria ouvir o toque do Big Fone bem quando já estava perto de entregar seus copos de água, jogando ambos para o alto no seu ímpeto de tentar atender o chamado poderoso.

No entanto, Namjoon deu um pulo tão grande do chão, por estar logo abaixo dele, que colou no telefone em um segundo, sem chance de perder. O que fez Jungkook ter tomado um banho d’água à toa, quando a mesma aterrissou sobre sua própria cabeça.

— Atenção, preste bastante atenção. — A voz misteriosa ressoou somente para Namjoon. — Você está imunizado, repito, você está imunizado. Isto não é um segredo.

— Ok. — Namjoon desligou e não pôde conter um sorriso, partindo levemente em direção à casa com o carioca em seu encalço.

— PORRA! — Jay comemorou com um grito, assustando os demais que já estavam mais próximos. — Parece que vamo dar um trabalhinho aí a mais pra vocês, hein. — Debochou, antes de marchar em direção à casa todo sorrisos.

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Capítulo curtinho mas amanhã já tem outro 🥰
 

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