seis

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- Que porra você não sabe bater. - Ele se vira me medindo. - O que tá fazendo aqui? - Assim que termino escuto a polícia passando na rua avisando para ninguém sair de casa até segunda ordem.

- Por isso. - Ele aponta pra fora.

- Tá fugindo da polícia? - Cruzo os braços na frente do corpo.

- Não, já cumpri minha pena, mas ainda sou líder de uma gangue.

- Seus amigos não tem casa?

- Tem, mas... eu já tava por perto e me sinto seguro aqui.

- Porque ?

- Não sei.

- Tá que seja, pode ficar vou fazer o jantar. - Caminho até a cozinha, mando mensagem para Monse para saber se ela estava bem.

- Posso te ajudar? - Ele me segue esfregando a mão uma na outra.

- Você cozinha? - Ergo a sombrancelha.

- Digamos que sei me virar. - Ele sorri de lado.

- Tá bem, vou fazer lasanha pode me ajudar com o molho. - Entrego uns ingredientes para ele que pega.

Ele me ajuda a fazer o jantar, me sentei no balcão observando ele mexer o molho, e meu Deus esse homem cozinhando é delicioso demais, terminamos de montar a lasanha colocando no forno, coloco mais vinho na taça e me sento novamente em cima do balcão cruzo as pernas e ele me mede enquanto seca as mãos com pano de prato.

- Lexi. - Bebi meu vinho e ele me olha. - Meu nome... é Lexi.

- É um nome bonito, combina com você. - Ele se aproxima de mim e brinca com um cacho meu. - Oscar.

- Igual aquela premiação. - Brinco e rimos. Ele me olha nos olhos e porra que olhos lindos ele tem. - Sempre faz isso ? - Ele me olha confuso.

- Isso o que ?

- Essa sua cantada, faz com quantas? Olhar nos olhos, mexer no cabelo e essas palavras bonitinhas, funciona com quantas? - Ele pensa um pouco antes de responder.

- Não faço isso com ninguém, quando eu quero alguém elas já me corresponde. - Do risada dessa situação.

- Tá bem acredito. - Desço do balcão e ele vem até mim e me preciona contra a bancada.

- Eu nunca conheci ninguém como você, como consegue ser tão chata e tão gostosa. - Ele toca no meu rosto se aproximando um pouco.

- Do mesmo que você consegue ser grosso e...
- Gostoso? - Ele me interrompe.

- Convencido, se você tem tanta mulher te querendo. Porque tá aqui comigo? - Me aproximo um pouco mais.

- Por que eu amo um desafio. - Escuto o barulho do forno a lasanha estava pronta.

- O jantar tá pronto, Oscar. - Falo devagar o nome dele, ele sorri e se afasta.

Coloco a lasanha na mesa com dois pratos minha taça com vinho e uma cerveja pro trombadinha, nós sentamos para comer e minha nossa estava uma delicia, ele é bom na cozinha.

- Nossa isso tá maravilhoso. - Sorrio comendo mais um pouco. - Minha mãe fazia uma parecida. - Sorrio com a lembrança da minha mãe na cozinha.

- Onde ela tá? - Ele bebe um pouco da cerveja.

- Ela morreu, já faz 8 anos.

- Sinto muito, foda né? - Ele se ajeita no banco.

- Sim. - Sorrio fraco.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora