quarenta e sete

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- E como eu vou contar isso? - Pergunto enquanto ando ansiosa de um lado para o outro na sala, enquanto as meninas estavam sentadas no sofá.

- Pode fazer um jantar especial. - Monse sugere.

- Mas já tá tarde para jantar. - Keila diz me fazendo olhar no relógio e perceber que já estava tarde mesmo. - Amiga sei que parece ser difícil, mas não importa a maneira que você vai contar, ele vai amar do mesmo jeito. - Keila se levanta e segura meus ombros e eu apenas concordo com a cabeça. - Tá bem, eu vou indo, minha mãe vai deixar a Hope em casa em alguns minutos. - Ela diz caminhando até a porta e pegando sua bolsa.

- Obrigada por hoje. - Sorri gentilmente e ela faz o mesmo.

- Amigas são para essas coisas. - Nós abraçamos. - Tchau.

- Tchau. - Ela sai. - Eu vou na casa dele. - Digo com firmeza, Keila tá certa eu só tenho que contar e ele vai gostar, sempre falamos em ter uma família, sei que não estávamos planejando mas eu estou feliz com a notícia e tenho certeza que ele vai gostar. Entro no meu quarto e pego minha jaqueta, estava fazendo frio lá fora, pego minhas chaves e vou em direção a porta.

- Boa sorte! - Monse grita da cozinha.

- Obrigada. - Fecho a porta, coloco a chave no bolso e começo a andar até a casa dele. Eu não consigo explicar a felicidade dentro de mim com essa notícia, eu estou grávida, vou ter um filho com o homem que eu amo demais. Sei que é cedo mas já quero conhecer ele, escutar seu coração, descobrir o sexo, decorar o quartinho na nossa casinha. Fico sorrindo feito boba sonhando com tudo isso, espero que Oscar tenha um boa reação, eu imagino ele pulando de alegria me pegando no colo e girando no ar, bom vamos saber agorinha. Viro na esquina da casa dele, estranho não ter movimento algum por aqui, chego em frente a casa dele que estava silenciosa, parecia até não ter ninguém em casa mas noto a luz acesa da sala, dava para ver pela janela. Pego minhas chaves e destranco a porta, estou animada para vê-lo, sei que a última noite não foi as mil maravilhas mas essa vai ser boa. Abro a porta devagar para fazer uma surpresa, mas pelo visto o feitiço se virou contra o feiticeiro, Oscar estava sentado no sofá com uma garrafa de tequila na mão a tv estava ligada mas essa não era a surpresa mas sim todo aquele sangue em sua blusa, seu nariz e boca sangrando e um pequeno corte cabeça e braços.
- O que aconteceu? - Estou assustada com todo aquele sangue, era dele ou de outra pessoa? Ele matou alguém? Se ele apenas tiver apanhado, ele vai atrás de quem bateu nele? Saio desse loop de perguntas e percebo o olhar dele assustado em cima de mim.

- Lexi, aí. - Ele ia se levantar mas é impedido pelo o que eu presumo ser um machucado nas costelas, já que foi onde ele colocou a mão quando reclamou da dor. Ele se senta devagar e parecia envergonhado já que mal conseguia me olhar nos olhos. - Não é uma boa hora, a gente....

- A gente o que Oscar? Conversa? - Digo irritada, ele estava aqui todo machucado provavelmente por algo que aconteceu entre sua gangue e outra rival, eu cresci nesse meio sei reconhecer algumas coisas. Respiro fundo pois ficar irritada agora não iria resolver nada, mas estava bastante chateada, talvez não seja o melhor momento para contar. Eu simplesmente desvio meu olhar dele e ando até o corredor.

OSCAR

Lexi parecia irritada comigo, e do total razão afinal não deve ser fácil ter um noivo metido nesse tipo de coisa, e me ver nessa situação depois da nossa discussão passada tenha deixá-la chateada comigo. Eu disse que ia sair e estava pronto para cumprir com minha palavra, já tinha contado meu plano pro Sad Eyes e falei pra ele ver um substituto pro meu lugar, mas aí o moleques da rua 19 apareceram querendo poder sobre as ruas que moravam, eles são um problema e eu não posso deixar os Santos nesse momento até isso está resolvido. E eu achei que estava, no dia em que Lexi e eu brigamos os garotos da rua 19 vieram fazer um ultimato se eu não desse o controle das ruas para eles, eles começariam uma guerra, e isso não é bom pros negócios. Mas não acho que Lexi entenderia, afinal esse pessoal a maior parte da minha vida foi minha família, não posso abandonar eles em momentos como esses.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora