cinquenta dois

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Maratona final 2/5...

Passei a noite me revirando na cama de ansiedade, assim que eu vejo o céu ficar um pouco iluminando da luz do sol me levanto da cama e vou tomar um banho quente, hoje iria fazer o ultrassom do bebê e se dermos sorte poderei ouvir o coraçãozinho dele, a ansiedade para esse dia era tanto que eu mal conseguia dormir. Ontem a noite comemorei junto com Monse, meu tio e Oscar, Monse ter passado na faculdade, mais tarde um pouco César, Jamal, Ruby e Jasmine chegaram também para comemorar, foi ficando tarde e o Oscar foi pra casa, eu preferi curtir mais um pouco com o pessoal e depois fui pra cama tentar dormir. Termino meu banho, passo a mão no espelho limpando pois estava embaçado do vapor quente, olho minha barriga pelo espelho que apesar de não está crescendo tanto, posso notar uma pena mudança, me pego passando a mão por cima das minhas cicatrizes, ja fazia muito tempo em que eu não olhava para eles tanto quanto antigamente, cheguei nessa cidade com medo e fugindo do meu passado, minha primeira cicatriz foi do dia em que perdir meu primeiro filho, eu era uma garota boba e ingênua, que acreditava que vivia um conto de fadas ao lado do seu mais belo príncipe encantado, mas esse príncipe com o tempo demonstrou ser pior do que o vilão mais cruel. Mas hoje é diferente, me apaixonei por uma pessoa que nos contos de fadas poderia ser o vilão mas não importa pois sei que tinha algo bom por baixo daquela marra toda.

Me enrolo na toalha saindo do banheiro e voltando para meu quarto, demoro um tempo escolhendo o que usar, sei que é apenas uma consulta mas quero me sentir linda nesse dia especial. No fim escolhi uma calça jeans preta justa com uma camiseta branca lisa, e por cima uma jaqueta preta também, hoje faria um pouco de frio, coloco no pé meu coturno e pego alguns acessórios, coloco o colar que tinha com a foto dos meus pais, queria eles comigo nesse dia. O sol lá fora já apareceu de vez então termino de me arrumar fazendo uma maquiagem leve e arrumando meu cabelo, pego meus documentos e tudo que iria precisar e coloco dentro da bolsa, passo meu perfume favorito e saio com minha bolsa para cozinha.

- Bom dia! - Digo vendo meu tio tentando virar uma panqueca com a frigideira.

- Ah bom dia querida, dormiu bem? - Ele olha para mim e depois volta a prestar atenção no que estava fazendo.

- Na verdade nem consegui pregar o olho essa noite. - Digo colocando minha bolsa em cima da mesa.

- Ansiedade pela consulta né? Eu entendo. - Ele diz virando de costas para mim. - Aí. - Reclama balançando a mão e depois levando o dedo até a boca, pelo visto se queimou.

- Quer que eu faça isso? - Coloco as mãos na cintura observando o mesmo parecendo uma criança com o dedo na boca.

- Não, não, só estou um pouco enferrujado. - Ele sorri. - Oscar vem te buscar?

- Sim daqui a pouco, vou tomar café primeiro. - Falo olhando ele tentando virar a panqueca de maneira errada. - Deixa eu te ajudar rapidinho. - Digo entrando no meio e tirando a frigideira de suas mãos, viro a panqueca. - Prontinho.

- Obrigado. - Ele sorri de novo voltando a pegar a frigideira. - Queria fazer um café da manhã especial pra Monse. - Ele desliga o fogo e coloca a panqueca em cima de uma pilha de panquecas.

- Ela vai adorar. - Passo por ele indo até o armário pegando os pratos para colocar na mesa.

- Não acredito que ela vai embora. - Ele diz apoiando suas mãos no balcão e olhando em direção a sala. - Você, ela estão indo embora. - Ele parece ficar um pouco triste, deixo os pratos ao lado de suas mãos e o abraço.

- Tudo bem tio, não tem com que se preocupar, Stanford não é muito longe daqui e onde quer que eu vá morar você pode me visitar. - Ele me olha.

- Oscar ainda não te contou onde vão morar? - Nego com a cabeça me soltando dele.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora