dezoito

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- Veio continuar a gritar comigo? - Digo já abrindo a janela sem dar espaço para ele entrar.

- Não, podemos conversar? - Tinha um tom de tristeza em sua voz então do espaço e ele entra, me sento na cama enquanto ele se encosta em minha mesinha. - Me desculpa por hoje eu realmente não esperava encontrar Ray lá, e coloquei você e Monse no meio de uma briga, eu sinto muito se depois joguei a culpa em você. - Escuto tudo com os braços cruzados na frente do peito e balanço a cabeça devagar. - Eu sinto muito mesmo.

- Está bem... - Respondo de uma forma um pouco fria.
- Eu não devia ter gritado com você, eu estava bravo e acabei descontando em você. - Ele se senta na minha frente.

- Eu sempre fui mais que um irmão para o César, eu fui praticamente o pai dele quando o Ray foi embora, eu larguei os estudos depois que terminei o ensino médio não podia deixar o César sozinho. Eu já estava na gangue Santos se tornaram a minha família me ajudaram quando precisei, cuidaram do César quando fui preso, eu sempre vou proteger quem eu amo. Eu não sou o monstro que dizem que sou. - Ele fica cabisbaixo.

- Eu sei... - Ele levanta o rosto devagar e seus olhos se encontram com os meus. - Por que não explica para o César toda essa história? Ele iria entender, ele é um rapaz esperto e com um bom coração. E quanto ao Ray... acho que devia dar uma segunda chance para ele.

- Não. - Ele se levanta e passa a mão em seu rosto.

- Oscar ele estava preso, e pelo o que ele nos contou ele sentia a falta de vocês, ele sentia a sua falta. - Ele me olha novamente. - Você tem que se livrar desta raiva que criou para não demonstrar fraqueza, ele é seu pai e está tentando e o César tem direito de conhecer o pai, não importa o que ele fez. - Me aproximo dele.
- Ele é seu pai e não finja que não sentiu a falta dele pois posso ver nos seus olhos o quanto ele ir embora te machucou, mas seu pai está aqui vivo e ele sente sua falta. - Toco em seus braços subindo até seus ombros, ele não diz mais nada mas posso ver em seus olhos que o que eu disse pode ter feito algum efeito nele.

(...)

Chego em casa depois de um plantão de 10 horas, só queria minha cama mesmo sendo 7 horas da manhã, eu vim o caminho todo só sonhando com a minha cama, as últimas horas no hospital foram tensas teve alguns ferimentos de balas, um acidente de moto dia cheio.

- Oi bom dia. - Monse sorria em frente ao fogão fazendo omelete.

- Bom dia. - Minha voz parecia de uma morta viva por caso do cansaço.

- Você quer tomar café?

- Não só quero tomar um banho e cair na cama, que horas vai para Brentwood ?

- Daqui a uma hora. - Ela termina sua omelete e coloca num prato.

- Bom se por acaso eu estiver dormindo quando você sair um ótimo fim de semana e te vejo quando voltar. Eu te amo gatinha. - A abraço e beijo sua testa.

- Também te amo gostosa. - Ela se senta para comer e eu sigo para meu banho.

Acordo olhando para janela vendo que a noite já caiu e eu passei o dia todo dormindo, pego meu celular vendo mensagem da Monse avisando que já chegou me levanto e resolvo preparar meu jantar. Começo a revirar os armários percebendo que esqueci de fazer compras então não tinha quase nada.
- Aí merda. - Reclamo sozinha olhando para geladeira que só tinha um tomate, leite e um suco de laranja, e também água, pego minhas chaves saindo para comprar algo para fazer.

Ando alguns quarteirões até chegar em um mercadinho entro já pegando uma cesta e vou escolhendo algumas coisas e depois vou até o caixa pagando tudo e logo depois saindo.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Onde histórias criam vida. Descubra agora