capítulo dois

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O vento gélido se debatia contra ambos os jovens na moto, pensamentos inebriantes pairavam por suas mentes e naquele momento nada os importava.

— Desculpa te arrastar para essa confusão toda, é que minha família é muito complicada. — [Nome] riu ao fim da frase.

— Família?. — Takemichi perguntou sem entender.

— Sim, ué... estou falando da Toman. — a garota explicou. — Eles são minha família e por mais que as vezes eu odeie admitir, amo todos.

— Eles podem ser um pouco cabeças duras, disso eu sei. — o garoto riu, mas rapidamente mudou sua expressão. — Como eu não sabia sobre você?.

— Eu sou um tipo de membro das sombras, sabe? Ninguém além dos capitães sabiam sobre mim, afinal eu sou a única mulher na gangue e isso poderia gerar alguns conflitos internos. — a garota disse parando a moto enfrente a casa. — Enfim, chegamos.

— Ah.. é, chegamos. — Takemichi deixou que suas mãos soltassem levemente a cintura da garota para que o mesmo conseguisse descer da moto. — Eu já vou abrir a porta, só um minuto.

— Antes disso, posso te fazer uma pergunta?. - a garota perguntou.

— Sim, claro.

— Pelo o que eu sei o Kazutora foi deixado amarrado na sala de estar, não é? Tem algo de quebrar lá?. — [Nome] perguntou preocupada.

— Só o cálice que minha mãe comprou quando foi pra... puta que pariu. — o garoto gritou ao fim da frase se apressando ainda mais para abrir a porta.

E assim que a porta foi aberta a visão obtida não era uma das melhores, Kazutora estava para jogar o tal cálice de vidro no chão, por sorte [Nome] correu e conseguiu pegar o artefato antes que tivesse seu baque no chão.

— Kazutora, você precisa parar com esses seus surtos, é sério. — a garota gritou sem que percebesse, fazendo com que o amigo ficasse estático no mesmo lugar assim como Takemichi.

Kazutora se recuperou do grito da amiga e revidou sem medo. — Você não sabe de nada, [Nome]!

— Eu sei que você sente a dor, a culpa e o remorso pela morte do Shinichiro, ok? Eu também sinto mas não é por isso que eu quero matar meus amigos, você também tirou alguém de mim e mesmo assim eu te perdoei, o Baji te perdoou e até mesmo o Mikey. — a garota suspirou fundo e abaixou seu tom de voz. — Você tem noção do quão difícil foi para ele ver tudo o que aconteceu naquele dia? Você não fez por que quis, você fez porque queria presentear um amigo que sempre o ajudou e tudo certo, agora me deixa te consolar pelo o menos uma vez na vida. — depois de tudo o que disse a garota simplesmente abraçou Kazutora, talvez fosse aquilo que ele estivesse precisando a algum tempo.

[ É surpreendente como ela consegue ser explosiva quando pode e também tranquilamente calma quando quer, conseguiu sossegar até mesmo Kazutora. Essa garota é incrível, realmente incrível... - Hanagaki pensou surpreso com a atitude e palavras de [Nome], a garota estava o deixando curioso. ]

— Eu sinto muito. — Kazutora gritava em lágrimas enquanto abraçava fortemente [Nome]. — Eu não queria matar o Shinichiro, eu não queria mesmo... eu só queria agradecer o Mikey por me ajudar quando aqueles idiotas faziam bulliyng comigo, ele sempre me defendia deles.

A garota retribuía o abraço do amigo tentando o consolar em seu momento frágil, sabia que nada do que dissesse iria o ajudar então deixou apenas que seus ouvidos o ouvissem, era o melhor jeito para de recuperar.

— Desculpa interromper esse momento, eu sei que isso é muito importante mas... tem algumas pessoas aqui querendo participar da conversa. — Takemichi disse abrindo espaço para que Draken, Mikey e Mitsuya entrassem na casa.

Kazutora rapidamente se levantou do sofá sendo acompanhado por [Nome], Mikey se aproximou devagar com um olhar sereno e em um movimento rápido o garoto abraçou Kazutora.

— Tudo bem, eu entendo o que você queria fazer... então fica tranquilo, está perdoado. — Mikey disse em um tom considerável.

Kazutora arregalou seus olhos em meio ao abraço e deixou que mais lágrimas caíssem, era gratificante finalmente escutar aquelas palavras.

[ No fim, parece que tudo ficou bem, então quer dizer que minha missão foi concluída?. - Takemichi se perguntou. ]

— Baji vai ficar tão feliz quando descobrir. — [Nome] sorriu contente se juntando ao abraço dos amigos.

\time break... ⏰

— Está mesmo me dizendo que eles finalmente fizeram as pazes?. — Baji se quer escondeu sua felicidade. — Impressionante é ver como você resolveu tudo na base da conversa.

— E você achando que morrer era a opção mais plausível para reconciliação deles, sinceramente... — [Nome] brincou. — Nunca mais me assusta assim, viu?. Não posso perder você.

— Ultimamente ela anda tão sentimental que eu estou começando a achar que algo aconteceu. — Mitsuya disse entre risos ao lado de Baji, recebendo logo em seguida um olhar nada bom sobre si. – Estou brincando, relaxa.

— Mas, o que faremos com o Kazu? A mãe dele não o considera mais seu filho e bem... ele não tem mais lugar para morar. — [Nome] indagou séria.

— A gente mora em um distrito de luz vermelha então não rola dele ficar lá. — Draken coçou a nuca enquanto falava, queria muito ajudar o amigo, mas querer não é poder.

— Ele pode ficar na minha casa, não vejo problema nisso. — Chifuyu argumentou.

— Certeza? Você não tem obrigação nenhuma de aceitar ele na sua casa. — [Nome] colocou a mão sobre o ombro do colega.

— Tudo bem, ele só precisa me ajudar e ajudar minha mãe nas tarefas de casa. — Chifuyu sorriu para a garota.

— Tudo certo então, aliás... eu vou afastá-lo da gangue por um tempo e você também Kei. — a garota se manteve na postura séria. — Eu conheço o temperamento de vocês dois muito bem e sei que não estão mentalmente instável agora, um momento longe da Toman vai ser bom. Aproveitando toda essa situação eu tomei liberdade e marquei psicólogo para o Kazu e para você, não aceito um "não" como resposta. — [Nome] deixou um selar na cabeça do garoto e saiu da sala hospitalar.

— Como pode uma adolescente de dezesseis anos ser mais responsável que todos nós juntos?. — Keisuke indagou surpreso.

— Diga isso por você porque eu sou bem responsável. — Draken o respondeu de forma confiante.

— Não é mesmo. — Mitsuya brincou sendo acompanhado por Chifuyu que não continha a moderação em sua risada.

\outside the room...

— É sempre bom ver eles sorrirem desse jeito, não?. — um garoto disse ajeitando seus óculos enquanto se levantava da cadeira de visitas.

— Sim. — [Nome] respondeu de forma espontânea, até virar e se deparar com o novo comandante da terceira divisão da Tokyo Manji, Kisaki Tetta. — Tetta, bom te conhecer. — a garota o respondeu de forma educada, mas mesmo sendo a primeira vez que interagiam entre si a garota conseguiu sentir a falsidade e a maldade que habitavam no garoto.

— Bom te conhecer também, vice-presidente. — Kisaki deixou um selar em sua mão. — Não sabia que a havia mulheres na Toman, surpreendente.

[Nome] sorriu. — Eu sou uma exceção, afinal eu quem ajudei a criar a Toman. — pensando o mais rápido que podia a garota arrumou a desculpa perfeita para fugir daquela conversa que estava se tornando um pouco incômoda. — Desculpa, mas agora eu tenho que ir até a casa do Takemichi, nos vemos depois.

— Sim, é claro. — Kisaki acenou vendo a garota sumir de sua visão. — Tudo se resume ao Takemichi para elas? O idiota namora e mesmo assim tem outra garota ao seu alcance.

\there will be continuity.

𝗖𝗢𝗡𝗧𝗥𝗔 𝗢 𝗧𝗘𝗠𝗣𝗢, t. hanagaki Onde histórias criam vida. Descubra agora