Capítulo quatro

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- Natasha Romanoff -

'tudo que eu sentia era uma dor horrível, luzes vermelhas, minha cabeça girando descontroladamente, e o meu sangue fervendo cada vez mais'


Era uma noite de sábado agradável, eu estava em casa deitada no sofá pensando sobre o que aconteceu ontem, o beijo, eu gostei tanto, mas na minha cabeça parecia errado. Rosa era uma garota incrível, e eu tinha medo de machuca-la com os meus traumas. Quando levantei para ir a cozinha pegar uma bebida, escutei algumas batidas na porta. Deixei a garrafa no balcão para atender e ver quem era.

Fui com a minha arma em mãos, já que eu não confiava em ninguém o suficiente para abrir desprotegida. Quando a porta abriu eu tive uma surpresa um tanto quanto agradável. Era Bucky, com um sorriso galantiador estampado em seu rosto e sem nenhuma expressão de surpresa por ver a arma apontada, o sorriso que me faria pensar coisas obscenas se fosse em alguns anos atrás.

- Que surpresa Bucky, o que veio fazer aqui? - Pergunto.

- Eu estava passando, e achei que seria bom vir aqui para ver como você está. - Ele responde. E eu sabia que era mentira, ele nunca vinha exatamente por isso.

- Bom, entra, eu estáva prestes a abrir uma garrafa de whisky. - Digo e ele entra olhando em volta, parando perto da janela, meu apartamento era luxuoso eu admito, desde a época que eu ainda era uma viúva negra de fato, matar por dinheiro tinha suas vantagens, mas eu não me orgulho de nada disso.

Eu peguei dois copos de chotes e a garrafa, me sentando no extenso sofá junto a bucky. Ele pegou um copo e colocou um pouco de bebida, e eu fiz o mesmo.

- E então, aconteceu alguma coisa de interessante com você desde os velhos tempos? - O soldado pergunta olhando para mim.

- Bom, algumas coisas, tem pessoas novas na S.H.I.E.L.D e estou em uma nova missão. - Expliquei bebendo todo o liquido em meu copo, pensei em contar a ele sobre Rosalia, mas achei arriscado, Bucky na verdade não se importava com nada disso, tudo que rolava entre nós de vez em quando era sexo, coisa de uma noite de prazer, diferente de quando estavamos juntos de fato, onde o relacionamento de alguma forma tinha empatia mútua.

Eu sempre tentei preencher esse vazio dentro de mim com esse tipo de coisa, mas nunca ajuda, sempre disse que o amor era coisa para crianças, mas eu o amei, a muito tempo atrás.

Começamos a conversar sobre coisas das nossas vidas, mas em nenhum momento falamos sobre nós, e enquanto conversavamos a garrafa de bebida já estava no final.

Os próximos atos passaram como um borrão escuro, talvez por culpa da bebida, ou por que estar em cima de bucky o beijando apressadamente me fazia lembrar de coisas que eu não gostaria.

Bucky colocou suas mãos em minha cintura e seu braço de metal apertando a mesma, gemi em sua boca enquanto ele tirava as mãos onde estavam e começa a tirar a minha blusa, nesse momento eu tive um estalo, não estava raciocinando, era tudo efeito da bebida, iria me arrepender profundamente, por que eu sabia que isso não deveria nunca mais acontecer.

Bucky merecia ser feliz, ele passou por muitas coisas ruins, e realmente merecia encontrar sua verdadeira felicidade, não algo como isso. Esse vazio tentando ser preenchido, como eu,

Eu descolei os nossos lábios abaixando a minha camisa e ele fez uma cara confusa, como se não entendesse o que havia acontecido.

- Bucky...nós não podemos fazer isso, não mais. - Falo enquanto saía de cima do mesmo.

- Por que? Nós quase sempre fazemos isso, sem compromisso lembra? - Ele diz levantando.

- Sim eu lembro, mas eu não posso mais, isso está me matando, por favor, você precisa ir. - Digo olhando para seus olhos, eu não quero magoa-lo.

- Se você prefere assim, por mim tanto faz. - Bucky diz saindo andando até a porta e saindo por ela. Naquele momento eu peguei meu celular e mandei uma mensagem para Clint, perguntei se podiamos nos encontrar no Central Park, ele respondeu que sim. Então coloquei algumas roupas de frio e sai, eu precisava conversar com ele, mesmo que fosse a noite, Clint era meu porto seguro, meu melhor amigo, um dos poucos que realmente me entendeu.

Depois de um tempo esperando no local ele chegou. Me perguntou o que havia acontecido, se eu estava bem, se me machucaram, mas não era nada disso, era só a minha fodida cabeça confusa.

- Ninguém fez nada comigo Clint, só sou eu mesma, estou confusa. - Digo olhando para o céu estrelado.

- Você? Confusa? O que houve? - Ele pergunta confuso, eu nunca fui confusa sobre nada, pelo menos não demonstrava.

- Sabe a Rosa? Bom, eu e ela meio que saímos ontem, um encontro de amigas, mas acabou que eu levei ela para ver o pôr do sol e nos beijamos, até ontem o bucky ir lá em casa e a gente quase, enfim... - Termino fazendo uma grande pausa, Clint não disse nada, apenas me abrassou, ele sabia o que eu estáva sentindo.

Após falarmos sobre esse assunto ficamos andando pelo parque, com o Clint me contando sobre os filhos, parecia fascinante, a ideia de construir uma família com alguém, e esperava um dia conseguir ter a minha própria família.

My Little Scret Love - Natasha RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora