Capítulo 4

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Divirtam-se!!!

 
No dia seguinte pela manhã, Kara ficou pensando em como diria a Lena que envolveu seus filhos naquela mentira. Tudo o que pensava, chegava à conclusão que, de um jeito ou de outro, a sua assistente a iria matar no fim. Talvez estivesse na hora de ligar para a sua advogada e pedir para arrumar seu testamento.
 
Lena era, na maior parte das vezes, uma pessoa doce e bastante compreensível. Kara adorava o jeito como ela conseguia resolver as coisas sem muitas complicações. Às vezes, até achava que não havia um problema que ela não fosse capaz de resolver. Só que morria de medo dela, principalmente quando ela arqueava as sobrancelhas e fechava a cara. Já estava sofrendo por antecipação só por saber que seria olhada daquela forma.
 
Não deveria ter esse medo ou se sentir intimidada por ela sendo que a conhecia há muitos anos e muito bem, só que era inevitável. Estar sob a mira daqueles olhos verdes podia ser muito bom. Podia te fazer se sentir único. Mas, tinha certeza que não era esse olhar que receberia.
 
Sabendo que precisava fazer alguma sobre o assunto que martelava em sua cabeça desde a noite anterior, Kara pegou seu carro e foi em direção a casa de Lena. Muito provavelmente iria sair de lá direto para o cemitério, mas precisava da ajuda dela — mais uma vez.
 
Estacionando em frente a casa de sua assistente minutos depois, respirou fundo algumas vezes e então decidiu sair do carro. Ao chegar na porta, tocou a campainha apenas uma vez, pois não queria estressar Lena logo de primeira.
 
— Kara?
 
— Senhora Luthor — sorriu um pouco sem jeito. — Há quanto tempo.
 
— Muito tempo mesmo — a abraçou sem ela esperar. — Venha. Entre. E, por favor, só me chame se Lilian.
 
Apenas uma vez que Kara e Lilian e se encontraram. A loira nem lembrava bem como tinha acontecido, mas gostou daquela senhora.
 
— A Lena está? — se sentou no sofá e Lilian na poltrona a sua frente.
 
— Ela saiu faz pouco tempo. Disse que ia almoçar com alguém e me pediu para ficar com as crianças.
 
— Almoçar com alguém? — perguntou com curiosidade o suficiente para Lilian notar.
 
— Algum problema por ela ter saído? — arqueou as sobrancelhas do mesmo jeito que Lena fazia.
 
— Não — sua voz saiu aguda. — Não há problema, não.
 
— Sua cara diz outra coisa.
 
— É que... eu ia convidar ela para dar uma volta com as crianças.
 
— Chegou um pouquinho tarde.
 
Deu um sorriso que Kara não entendeu o significado.
 
Kara assentiu lentamente se perguntando com quem Lena poderia ter ido almoçar. Era domingo e domingo era o dia em que ela dizia que gostava de ficar com os filhos. Aparentemente, também gostava de sair sem eles.
 
Ao notar seus pensamentos, Kara se policiou. Não deveria se incomodar com isso. Lena tinha todo direito de sair com quem quisesse e sair sem filhos. Era ela mãe, uma ótima mãe por sinal, mas acima disso tudo ela era uma mulher.
 
Fácil, sua cabeça já tinha entendido isso, mas porque ainda estava incomodada?
 
— Eu posso levar as crianças dá pra uma volta? Se não for atrapalhar alguma coisa, claro.
 
— Se elas quiserem, não vejo problema algum.
 
Entre os segundos que se incomodou por Lena ter ido almoçar com alguém e a pergunta que fez a Lilian, Kara havia tido uma ideia.
 
Para que Diana acreditasse nela, teria que dar um jeito de convencer Lena. Quem sabe, se começasse fazendo um acordo com as crianças  a assistente não a diria não. Dizem que se conquista a mãe pelos filhos, então iria tentar.
 
Sabia que podia ser muito arriscado fazer o que ia fazer sem Lena saber, mas tinha resolver isso de uma vez.
 
Depois que Lilian mandou as crianças se arrumarem, Kara decidiu que os levaria até uma pizzaria que ela gostava muito. Como já era hora do almoço, não dava para deixá-las sem comer nada.
 
Se surpreendendo, Liam e Lori pareciam estar animados. No caminho até a pizzaria, os três começaram a contar a plenos pulmões várias músicas da Taylor Swift.
 
— Mamãe sabe que você está com a gente? — Lori perguntou logo após Kara fazer os pedidos.
 
— Não. Ela ainda não sabe.
 
— Isso é sequestro sabia?
 
— Como poderia ser sequestro se sua avó deixou eu trazer vocês? — observou Lori pendendo a cabeça para o lado direito como se repensasse no que disse. — Além disso, eu não sou estranha pra vocês, conheço você desde que faltava pouquíssimos minutos pra você nascer.
 
— E eu, você conhece há quanto tempo? — Liam quis saber após se interessar na conversa.
 
— Te conheci alguns meses depois que você nasceu.
 
— Porque?
 
— Sua outra mãe não gostava muito de mim — deu ombros. — Como você nasceu dela, não pude te conhecer antes de você nascer.
 
O garçom atrapalhou a conversa quando colocou uma pizza grande e copos de refrigerante na mesa.
 
— Porque trouxe a gente aqui? — Liam perguntou enquanto era servido pelo garçom.
 
O pequeno Luthor era uma criança perguntadora.
 
— Eu quero fazer um acordo com vocês. Digamos que... — coçou a sobrancelha pensando se realmente deveria fazer aquilo — eu preciso de filhos de mentirinha por um dia e gostaria de saber se vocês querem ser esses filhos.
 
— Tudo isso para enganar aquela menina? Porque não conta a verdade pra ela?
 
— Você sabe? Co-como você sabe?
 
— A mamãe contou pra gente, menina da aliança — deu um sorrisinho idêntico o da sua mãe.
 
Não sabia se considerava algo bom ou ruim o fato de Lena falar sobre ela para os filhos. Pelo menos, já não teria que explicar muita coisa, apenas precisaria focar em convence-los a serem seus filhos por um dia.
 
— É o seguinte, dizer a verdade está fora de questão e eu preciso mostrar os filhos que não tenho rapidamente — viu a pequena arquear uma única sobrancelha como a mãe. Malditas sobrancelhas dos Luthors que a intimidava. — Você não quer ser atriz? É uma ótima chance de você treinar pra isso fazendo o papel da minha falsa filha.
 
— Se é pra fazer um papel a gente quer ganhar.
 
— Você vai ganhar experiência.
 
Revirando os olhos, Lori começou a sacudir a cabeça negando.
 
— Eu quero dinheiro de verdade — arrumou a postura como se fosse uma mini mulher de negócios.
 
— Quanto você quer?
 
— Seiscentos dólares por dia, fora a hora extra se eu trabalhar mais de oito horas. Cabelo e maquiagem por minha conta — pensou um pouco. — E seis semanas de curso intensivo de teatro que minha mãe não pode pagar.
 
Até parecia que Lori tinha esperado a vida inteira por uma oportunidade só para dizer aquilo tudo.
 
— Cinquenta dólares por dia e duas semanas de aulas de teatro.
 
— Quinhentos dólares e quatro semanas de aula de teatro.
 
— Trezentos dólares e três semanas de aula de teatro.
 
— Aceito — estendeu a mãos para fechar o acordo.
 
— Eu teria aceitado os Seiscentos dólares — disse assim que apertou a mão de Lori.
 
— E eu teria feito pela experiência — sorriu convencida.
 
Trinta e cinco anos de vida e tinha acabado de ter deixado uma criança de nove anos passar a perna nela. A vida era mesmo muito injusta.
 
— E você Liam? — olhou para o garotinho que estava se deliciando com seu pedaço de pizza.
 
— Eu quero que você me leve ao Havaí pra nadar com os golfinhos.
 
— Você cismou com isso, ein? Já disse que não vou te levar ao Havaí. Escolhe outra coisa.
 
— Eu quero um pônei voador.
 
— Eu também quero um pônei voador, mas eles não existem — se arrumou na cadeira.
 
— Então eu quero um pônei normal e quero que ele se chame Nelson.
 
Era admirável a imaginação daquela criança e o que queriam para ser seus filhos por um dia.
 
— Que tal um PS5 e a gente batiza ele de Nelson?
 
— E mais o que? — semicerrou os olhos.
 
— Mais quatro jogos.
 
— Seis jogos com passe livre em tudo. Não quero game over e nem miséria. E também quero que o encontro com a morena seja no McFanigans.
 
Realmente Lena tinha contado tudo, Liam até sabia que Diana era morena.
 
— Que tal o encontro ser numa lanchonete perto de casa?
 
— Se insistir nessa merda — apontou para a loira — eu vou embora.
 
— Tudo bem. Então estamos de acordo?
 
— Fechou — de um sorriso inocente.
 
— Agora comam tudo ou eu cancelo o acordo.
 
— Eu posso ter sotaque? — Lori perguntou.
 
— Não. Agora coma.
 
Aquelas crianças sabiam muito bem como negociar alguma coisa. Kara se sentia extremamente extorquida por eles.
 
Liam e Lori só tinham mesmo a cara de anjinhos, mas na verdade eram duas pestinhas. Duas pestinhas que, apesar da extorsão, Kara havia gostado de passar a tarde com eles.
 
Após comerem, Kara os levou para dar uma volta no parque e comprou sorvetes. No caminho de volta, os três fizeram a mesma bagunça que a ida.
 
Quando desceu do carro, Kara já tinha até se esquecido das suas preocupações de mais cedo. Lori e Liam a fizeram se distrair o suficiente para achar que tudo estava resolvido. No entanto, assim que Lena abriu a porta de casa com a expressão séria e o maxilar cerrado, a loira quase desfaleceu.
 
— Entra. Você me deve algumas explicações.
 
Estava escrito no olhar de Lena que ela não havia gostado nada dela ter saído com seus. Kara tinha quase certeza que a morena sabia o que ela havia feito e isso só a causou um pouco mais de pânico.
 
Como se não bastasse os olhares tortos que Lena a lança a cada cinco minutos, Kara teve que esperar até o fim do jantar. Até tentou inventar uma desculpa para ir embora, mas foi impedida. Principalmente depois das crianças contarem sobre o acordo.
 
Enquanto as crianças e Lilian estavam por perto, se sentiu mais tranquila. Mas Lilian acabou indo embora e as crianças foram para seus quartos dormir.
 
Kara e sua falsa esposa estavam ainda na cozinha arrumando tudo. A cada barulho de talher batendo um outro, a loira tremia imaginando que sua morte estava cada vez mais perto.
 
Lena estava de costas para Kara lavando os pratos. A loira estava apenas alguns passos atrás encostada na bancada enquanto a observava.
 
— Olha, eu já entendi que você está brava, mas se for acabar com a minha raça, faz isso agora.
 
— Eu não acredito que você enfiou meus filhos nessa sua mentira — se virou para ela visivelmente irritada.
 
— Nossos filhos — tentou ser engraçada, mas Lena não riu. Lena sempre ria de suas piadas. — Foi você que atendeu o celular na frente da Diana. O que esperava que eu fizesse?
 
— Não acredito que você está fazendo tudo isso pra transar.
 
A boca de Kara se abriu com um certo espanto.
 
— Não tô fazendo isso pra transar. Eu já transei. Só quero continuar com ela — sua voz novamente estava aguda. — Você viu que as crianças estão felizes e aceitaram. Eu até fiz a Lori comer sem reclamar e fiz isso duas vezes hoje. Se não quiser entrar nessa mentira por mim, faça pela felicidade delas.
 
Aquilo fisgou Lena. Realmente Lori tinha comido tudo sem reclamar enquanto Kara ficava a fazendo rir sem parar.
 
— Como fez ela comer? — perguntou menos irritada do que a dois segundos.
 
— Você mal come, ela vê isso e acha comum — foi até Lena e parou ao seu lado. — Ela tenta te copiar e está fazendo isso dessa vez. Você é o espelho dela. Viu, eu resolvi um problema da nossa filha.
 
Mesmo sem querer, Lena revirou os olhos com humor e logo riu do comentário.
 
— É, pode ser isso.
 
Estando próxima de Lena, Kara começou a sentir um cheiro muito bom vindo dela. Um cheiro que ela nunca havia sentido. Querendo aproveitar aquilo mais de perto, aproximou seu rosto do pescoço da morena que estava totalmente livre por ela está com os cabelos presos.
 
— Você está usando um perfume diferente? — seu nariz tocou a pele pálida do pescoço de Lena.
 
— Talvez — se afastou quando sentiu seu corpo arrepiar.
 
— Tudo isso foi por causa do seu almoço de mais cedo? — foi inevitável não perguntar aquilo, pois queria muito saber onde Lena tinha ido. — Você saiu pra namorar?
 
— Não saí pra namorar. Só fui almoçar — voltou a dar atenção aos pratos.
 
— Com quem?
 
Deu mais um passo para o lado para ficar novamente próxima de Lena. Queria continuar sentindo o cheiro de seu perfume.
 
— Com o gerente do consultório do doutor Edge. Já que perguntou, o nome dele é Jack.
 
— O cara da barbicha esvoaçante? — começou a rir. — Depois do almoço, foi salvar alguns esquilos com ele?
 
— Deixa de ser idiota — a deu uma cotovelada de leve.
 
O olhar de Kara novamente pousou sobre Lena. Ela parecia pensativa e... bonita. Embora a tenha achado absurdamente bonita na noite anterior com aquele vestido, de saltos e batom vermelho. Era a sua beleza natural que a capturava.
 
Sua mente estava anuviada. Não sabia se era pelo que via ou o perfume que havia entranhado em suas narinas. Pode ser que tenha sido a junção dos dois que a estava deixando tão atordoada. Atordoada o suficiente para estar a olhando mais tempo do realmente deveria.
 
— Vai continuar me ajudando? — perguntou quando se lembrou como falava.
 
— Onde vai ser o encontro?
 
— Por decisão do Liam, vai ser no McFanigans.
 
— No último ano, o ouvi pedindo a Helena para o levar lá. Achei que tinha tirado isso da cabeça — soltou uma risada anasalada, mas que não tinha nada de felicidade. — Uma das últimas vezes que ela ligou ele já não disse mais nada.
 
— E porque você nunca o levou? Te dou tanto trabalho que não pode ir lá?
 
— Você me dá mais trabalho que meus filhos — começou a entregar os pratos para serem secados. — Ele queria que ela o levasse, mas ela sempre dá as mesmas desculpas.
 
— Se quiser, eu posso bater nela. Ou melhor, eu peço a Alex para fazer isso — escutou Lena rir de verdade e riu também.
 
Todas as vezes que Lena ria de alguma coisa que falava, Kara se sentia bem consigo mesma. Há dez anos, ouviu Lucy dizer que suas piadas eram sem graça, mas sua esposa de mentira parecia gostar.
 
— Que bom que vou poder realizar o do desejo do meu filho — escutou Lena rir de novo. — Então eu posso marcar o encontro? Marco para o fim de semana.
 
— Acho que não dá mais pra eu escapar disso, não é? — a olhou.
 
Agora seu olhar não era de quem iria a matar, era o que a fazia se sentir única e não amedrontada.
 
Como agradecimento, Kara a deu um beijo rápido no rosto e sentiu mais uma vez uma cotovelada de leve.
 
— Prometo que serei uma boa mãe para as duas pestinhas que você chama de filhos. Mesmo que seja por um dia.
 
*******
 
Chegando em seu apartamento, a cirurgiã a encontrou Alex sentada no sofá comendo pizza enquanto via TV.
 
— A chave de emergência que eu te dei, era pra quando houvesse uma emergência.
 
— Trouxe cerveja — apontou para o engradado de cerveja na mesa.
 
Sorrindo, Kara pegou uma garrafa e sentou ao lado da irmã.
 
— Quer pizza?
 
— Não. Eu já jantei — deu um gole na sua bebi. — Você ainda não me disse o porque está aqui?
 
— Tentei falar com você a tarde inteira, mas você não me atendeu. Cheguei na porta, a mesma coisa. Não ia voltar pra casa. Só entrei — deu ombros.
 
— Eu, nem olhei meu celular hoje.
 
— Então o dia foi bom ao lado da Diana — deu um sorriso malicioso.
 
— Não estava com ela. Não falo com ela desde ontem. Eu estava com a Lena. Quer dizer, primeiro com as pestinhas dela e depois com ela.
 
— E posso saber o porque passou o domingo com a sua assistente e não com... — fez uma pausa franzindo cenho. — Não sei o que a Diana é sua.
 
— Como se já não bastasse a Diana querer ter conhecido minha ex-mulher, agora também quer conhecer meus filhos.
 
— Filhos?
 
Detalhadamente, Kara explicou tudo o que tinha acontecido no jantar do dia anterior e o motivo de ter passado o dia com os Luthors. Alex escutou a tudo em silêncio tentando formular uma opinião sobre tudo aquilo que a irmã estava fazendo.
 
Já viu Kara contar muitas mentiras para muitas mulheres sobre um casamento que ela nunca teve. Mas, ela deixava claro que nunca iria levar aquilo adiante. O estranho agora era ela continuar a contar mentiras para alguém que dizia estar gostando.
 
— Você não acha que está indo longe demais?
 
— Eu estou fazendo de tudo para conquistar a Diana.
 
— Não — negou com a cabeça. — Você está fazendo tudo para mentir para ela. Mentir nunca é um bom caminho para uma boa relação.
 
— Faço tudo isso para que ela fique comigo — disse como se fosse óbvio.
 
— Eu acho que conquistar alguém deveria ser fácil. Sei que tem gente que demora mais para pra ceder, mas geralmente tem um bom motivo por trás.
 
— Como assim? — franziu o cenho.
 
— Uma pessoa que passa por um relacionamento ruim, por exemplo, tem mais dificuldade de se deixar envolver, mas não significa que não queira. Só demora mais para se entregar ou até mesmo reparar o que sente por alguém — suspirou por se lembrar que esse era o seu caso e da sua irmã. — Mas, ainda assim, não deveria ser difícil conquistar alguém e nem inventar tantas histórias esfarrapadas. Quem ama não mente, simplesmente assim. Hoje você faz tudo isso e amanhã vai estar enjoada da Diana.
 
As palavras de Alex podiam ser tão ásperas quanto as de Lena às vezes.  
 
O que ela disse a fez se perguntar se Lena, após seu relacionamento fracassado com Helena, estava sendo conquistada por Jack. Pois ela havia aceitado ir almoçar com ele em pleno domingo. Para estar com alguém em um domingo, no mínimo tinha que gostar muito.
 
— É só mais essa história dos filhos e não mentirei mais pra ela.
 
— Uma mentira é quase um efeito dominó. Nunca é a última mentira, é só a pontinha do fio para puxar mais uma. Não haveria nenhuma pontinha de fio se você gostasse dela de verdade.
 
Sem dizer mais nada, Kara apenas tomou mais um gole de sua cerveja.
 
A mentira já estava contada, agora não daria para voltar atrás.
 

 
A família que não é família ainda.
 
:)

Esposa de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora