Capítulo 10

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Divirtam-se!!!
 
 
Para Kara, ter sido verdadeira com Lena sobre os seus sentimentos foi a melhor coisa que a aconteceu. Pela primeira vez na vida, se sentia bem estando com alguém ao lado. Sentia que não precisava se esconder em suas mentiras, pois a morena merecia ver todas as versões de si, assim como queria ver as dela.
 
Depois de finalmente se acertarem, permaneceram no Havaí por mais uma semana. Nesse tempo, Liam nadou com os golfinhos e Lori teve um dia inteiro de diversão ao lado de Kara — assim como a loira a havia prometido quando ensinou Liam a nadar. E, claro, aproveitaram tudo o que aquele lugar tinha a oferecer.
 
Quem via Kara, Lena e as crianças juntas, dizia que eram uma família muito feliz. Realmente, eles estavam felizes por compartilharem aquele momento, mas as crianças ainda não sabiam que sua mãe e Kara tinham começado um relacionamento.
 
Quando Alex passava um tempo com as crianças — estava gostando cada vez mais da companhia delas — Kara e Lena aproveitavam para conversar sobre sua relação. Em comum acordo, decidiram que não queriam apressar as coisas. Em relação às crianças, Kara imaginou que elas saberem dessa relação muito rápido poderia ser confuso demais. Em um dia ela estava namorando com Diana e eles eram seus falsos filhos, no outro, estava se envolvendo com a mãe deles.
 
Segundo Kara, seria bom as crianças terem um tempo um pouco maior de convivência com ela. De maneira alguma queria se precipitar e estragar as coisas. Eles eram importante para ela, claro que mereciam a verdade, mas também mereciam conhece-la antes de saberem que ela começaria a fazer parte da vida deles de maneira diferente.
 
Foi em conversas que a loira disse essas coisa que Lena teve certeza que ela amava seus filhos. Cada coisa que fazia, Kara deixava evidente que os três Luthor faziam parte da sua vida e os amava. Ela não queria só ter Lena, ela queria ter Lena e tudo mais que viesse com ela.
 
Dois meses se passaram  desde aquela viagem, não era fácil Kara e Lena manterem neutralidade na frente das crianças, mas faziam isso como o combinado.
 
Todos os dias, depois do trabalho, Kara continuou levando Lena para casa e ficava para o jantar. Depois, passava um tempo brincando com Liam e Lori, e os colocava para dormir. Aos fins de semana, levava os três Luthor para almoçarem fora e fazia todos os gostos das crianças. Adorava vê-los sorrir e não se importava com o que tivesse fazer para isso.
 
Era noite de sexta-feira, Kara tinha comprado pizzas e todos estavam na sala da casa dos Luthors vendo filme. Em um sofá, estava Lori com a cabeça deitada no colo de Kara e mexendo em seus cabelos. No outro sofá, Lena fazia a mesma coisa com Liam.
 
Momentos como aqueles estavam se tornando muito comuns e as crianças não se importavam e nem estranharam, elas gostavam de ter atenção de Kara e de Lena. Gostavam ainda mais quando tinham a atenção das duas ao mesmo tempo.
 
O filme — uma animação escolhida por Lori — estava passando, mas Kara não prestava atenção. Desde o começo, seus olhos estavam presos em Lena. Apesar de tê-la visto o dia inteiro no consultório e estar a poucos metros dela, estava sentido a sua falta. Esperava que quando as crianças dormissem pudesse matar essa saudade da forma que queria.
 
O primeiro a cair no sono foi Liam. Pouquíssimos minutos depois, Lori cedeu ao cansaço.
 
— Mais uma sexta onde eles escolhem um filme horrível e não terminam de ver — Lena comentou quando notou que os dois tinham dormido.
 
— O filme não é tão ruim assim.
 
— Você fala isso porque gosta dessas animações.
 
— Se meus filhos gostam, eu gosto também — deu ombros. — Vou levá-los pra cama.
 
Enquanto Kara colocava as crianças na cama, Lena arrumava toda a bagunça da sala. Era incrível Lori, Liam e a loira conseguiam tirar tudo do lugar em tão pouco tempo.
 
Depois de levar as coisas para a cozinha, Lena estava lavando as louças sujas. Distraída, não percebeu Kara se aproximar, por isso se assustou quando ela a abraçou por trás.
 
— Minha coisa linda. Meu amor. Minha vida. Minha gostosa. Minha futura esposa. Mãe dos filhos. A melhor coisa que aconteceu em vida. Eu te amo — a cada frase, Kara dava beijo em Lena, o que fazia a morena rir. — Poderia ter me esperado para te ajudar.
 
— Você foi colocá-los na cama, eu podia fazer isso aqui — sentiu Kara apoiar o queixo em seu ombro. — O que você está pensando? Percebi que hoje você está mais pensativa.
 
— Estou com medo — se afastou soltando um suspiro.
 
— Medo de que?
 
— Bom... nós combinamos que amanhã seria o dia que contaríamos para as crianças sobre nós. Tenho medo deles não me aceitarem desse jeito.  
 
— Não tem como isso acontecer — se aproximou da loira. — E eles tem que entender que isso é uma decisão minha. Amo meus filhos, mas eles não podem interferir em nada disso.
 
Não era primeira vez que Kara falava daquele medo. Ela realmente queria que fosse bem aceita pelas crianças. 
 
Quando tudo ficou em silêncio, Lena pegou na mão de Kara e a levou para a sala. A loira se deitou e Lena se ajuntou a ela deitando sua cabeça sobre seu peito. Aquele era o momento delas, onde ficavam sozinhas e conversavam sobre tudo, ou sobre nada.
 
— Acha mesmo que eles vão gostar disso? Eu sei que eles não podem interferir, mas eles são importantes pra mim.
 
— Eu sei que são, Kara. Todos os dias você me mostra isso e mostra isso para eles.
 
— Mas eles podem não me querer como madrasta — suspirou. — Eu falo sério quando digo que quero vocês como a minha família. Não quero tomar o lugar da Helena, sei que ela não é lá essas coisas, mas é a verdadeira mãe deles. Só quero que eles me aceitem e aceitem se um dia quisermos mais filhos — ficou quieta alguns segundos. — Os dois me disseram que queriam que eu fosse a mãe deles. Só que tenho medo de deixarem de querer.
 
— Não pensa em Helena — sua frase soou como um pedido. — Ela não tem nada a ver com a nossa vida. Você tem sido muito mais mãe deles do que ela vem sendo desde o divórcio. Conheço meus filhos, eles não vão achar que você quer tomar o lugar dela, sendo que ela não tem mais um lugar na vida deles por escolha própria.
 
— Nossos filhos — disse baixinho.
 
— Vai dar tudo certo. Vamos sair com nossos filhos — ouviu Kara rir como sempre fazia quando ela dizia “nossos filhos” — aproveitar o dia, como temos feito desde que voltamos, e conversaremos com eles.
 
Respirando fundo, Kara tentou se desligar daquela preocupação e aproveitar o fato de Lena estar em seus braços. Aquele vinha sendo o melhor momento do seu dia e mal via a hora de poder passar todas as noites ao lado dela.
 
— Eu te amo — disse do fundo do coração. — Você já alegrava meus dias sendo só minha amiga e minha assistente, mas agora tudo se elevou.
 
Levantando a cabeça para olhar Kara, Lena levou a mão até seu rosto deixando uma leve caricia.
 
— Eu também te amo — procurou por seus olhos. — O que sinto por você, eu nunca senti isso por ninguém.
 
— Não? — um sorriso começou a nascer em seu lábios.
 
— Como poderia? Ninguém era você.
 
— Eu acho que vou te beijar.
 
Kara foi rápida em começar a beijar a Lena. O beijo começou calmo e sem pressa, mas logo Lena aprofundou.
 
Se deixando levar pelo momento, Kara começou a subir a mão por dentro da camisa que Lena que usava deixando um aperto em sua cintura. Com seu gesto, sentiu seu lábio inferior ser mordido e o que já estava aceso dentro dela, tomou uma proporção maior.
 
Tentando se virar no estreito sofá para ficar por cima de Lena, as duas acabaram caindo começando a rir da situação.
 
— Você se machucou? — perguntou depois que parou de rir.
 
— Não — balançou a cabeça negando.
 
— Tem certeza? Minha intenção era ficar por cima de você, mas não pra você amortecer minha queda.
 
— Eu tenho certeza.
 
— Me desculpa — começou a distribuir beijos pelo seu rosto a fazendo rir mais. — Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me...
 
— Mãe? Kara?
 
O beijo, a queda e a brincadeira, fizeram as duas não notarem Lori se aproximar.
 
A garotinha estava parada olha para elas sem entender o que era tudo aquilo. Sua expressão não demonstrava tristeza, ou raiva, mas também não demonstrava alegria.
 
Se culpando por aquilo, Kara se levantou e ajudou Lena a ficar de pé. Quando olhou para Lori, seu medo de ser rejeitada veio a tona.
 
Liam demonstrava mais o seu ressentimento em relação a sua outra mãe. Lori era diferente, mas era a que mais se lembrava dos acontecimentos do fracasso do casamento de suas mães por ser mais velha.
 
Durante todo o processo de separação, Kara tinha ficado sabendo que tanto Lori quanto Liam passaram muito tempo frequentando uma psicóloga para não serem tão afetados com toda a situação. Era por saber todas essas coisas que a loira tinha medo da reação das crianças.
 
— Vocês são namoradas? — entortou a cabeça como sempre fazia quando pensava algo.
 
— Vem aqui, meu amor — Lena esticou a mão na direção dela.
 
No primeiro minuto, Lori continuou parada apenas alternando seu olhar entre a mãe e Kara. Um pouco relutante, segurou a mão de Lena que a sentou no sofá.
 
Bastante nervosa, Kara continuou em pé sem saber muito bem o que fazer.
 
— Vocês são namoradas? — voltou a perguntar.
 
— Somos — limpou a garganta. — Nós... — olhou para Kara notando que estava apreensiva — nós iriamos contar pra você e para o seu irmão juntos.
 
— É por isso que deixou a Diana — fitou Kara.
 
— Foi — concordou com a cabeça se aproximando.
 
Tudo ficou em silêncio.
 
— Lori, diz o que você está pensando — Lena pediu a filha.
 
Ainda calada, a pequena se levantou e se encaminhou em direção ao seu quarto.
 
— Lori! — a morena a chamou, mas a menina não ligou. — Lori!
 
— Lena — a segurou a impedindo de ir atrás da filha —, deixa eu ir conversar com ela.
 
— Eu não sei porque ela agiu assim.
 
— Ela está no direito dela de agir assim, mas deixa eu ir falar com ela.
 
— Tem certeza? — viu Kara assentir. — Eu não esperava uma reação dessa.
 
— Na verdade, eu também não. Mas ela foi pega de surpresa, ela é uma criança, não deve ser fácil entender — segurou o rosto de Lena. — Deixa eu ir falar com ela? Vou ter que aprender a lidar com os dois nessa situação, desde que você me permita, claro.
 
— Tudo bem. Vai fazer seu papel de mãe.
 
— Me deseja boa sorte. — deu um beijo na testa de Lena.
 
— Boa sorte, meu amor.
 
Respirando fundo, Kara começou a ir em direção ao quarto de Lori. A cada passo que a loira dava, ela sentia o nervosismo tomar conta de seu corpo. Muitas coisas estavam passando em sua cabeça sobre a reação da garotinha, só esperava conseguir conversar com ela sem maiores problemas.
 
— Lori? — deu três batidas na porta que estava fechada. — Posso entrar? — não teve resposta. — Pequena estrela, fala comigo, por favor.
 
Alguns segundos depois, Lori abriu a porta.
 
— A porta não estava trancada — foi em direção a cama onde se sentou.
 
— Mas eu não invadiria seu quarto — começou a se aproximar. — Posso sentar do seu lado?
 
— Pode.
 
Com cuidado, Kara se sentou ao lado de Lori e a olhou. A pequena parecia pensativa, mas era difícil dizer já que conseguia disfarçar bem suas emoções. Isso era uma coisa que ela tinha aprendido com Lena.
 
A apreensão tomou conta de Kara, estava come medo de falar algo errado, mas falaria tudo o que sentisse em seu coração.
 
— Me desculpa por você ter descoberto tudo assim, não era minha intenção e nem a da sua mãe — suspirou. — Eu quero ficar com sua mãe, Lori. Também quero estar com você e com o Liam. Eu amo vocês três mais do que tudo no mundo. Eu... eu... É importante pra mim a sua opinião e a do seu irmão.
 
— Você vai fazer minha mãe chorar e depois deixar a gente? — a olhou.
 
Naquele olhar, Kara entendeu tudo. O problema não era ela estar com Lena, a reação de Lori foi por medo da mãe e ela serem deixadas de novo.
 
— Eu não pretendo fazer sua mãe chorar. A não ser que seja de alegria — pegou as mãos da pequena dando um leve aperto. — Também não pretendo deixar vocês. Eu já te prometi isso uma vez, lembra?
 
— Mas você deixou a Diana.
 
— Pequena estrela, eu deixei a Diana porque eu amo a sua mãe. Eu amo a sua mãe desde que a conheci e você foi a responsável por isso.
 
— Fui? — franziu a testa.
 
— Claro — sorriu. — Se você não tivesse tanta pressa para vir ao mundo, eu não a teria ajudado a levado para o hospital e não teria virado amiga dela.
 
O esboço de um sorriso apareceu no rosto de Lori, mas logo morreu. Demonstrando estar insegura, olhou para suas mãos que estava sendo quase escondidas pela de Kara.
 
— Não quero ver minha mãe chorando como vi com minha outra mãe — disse baixinho. — E não quero ser deixada de novo. Isso dói. Vai doer se você fizer o mesmo.
 
— Lori, eu não farei isso. Eu quero dormir e acordar ao lado da sua mãe, quero me casar com ela, quero viver uma vida ao lado dela — tirou os cabelos negros da garotinha que estavam caindo sobre seu rosto. — Eu quero todos os dias provar isso. Eu demorei muito tempo pra tomar uma atitude. Agora, eu não faria nada que me fizesse perde-la.
 
— E eu? — a encarou de novo.
 
— Quero que você seja minha filha do coração. Você pode não ter meu sobrenome, ou... ou meu sangue, mas tem todo meu amor. Eu também já fui deixada, Lori — viu a curiosidade nascer nos olhinhos verdes e atentos. — Eu sei como dói. Dói muito. Sabe quando passou essa dor?
 
— Quando?
 
— Uma parte foi quando encontrei sua mãe. Mas só passou de verdade quando comecei a conviver com você e com seu irmão. Vocês mudaram minha vida.
 
— Mesmo. Mesmo?
 
— Mesmo. Mesmo.
 
Lori voltou a ficar calada, estava olhando um ponto fixo atrás de Kara e sua expressão variava. Ela estava conversando com ela mesma em pensamento e tentando compreender toda aquela conversa.
 
— Quer ser minha mãe de coração?
 
O rosto de Kara começou a iluminar com aquelas palavras. Sua boca se abriu, mas nada saía. Quando se deu conta, seus olhos começaram a marejar e uma lágrima solitária desceu do seu olho direito. Era a lágrima mais significativa da sua vida.
 
— Você tá chorando? Não quer ser minha mãe.
 
— Claro que eu quero — conseguiu dizer. — É tudo o que eu mais quero. Ser sua mãe e a do seu irmão.
 
— Ele me disse que iria te perguntar isso amanhã — um sorriso sapeca apareceu. — Mas eu fui a primeira.
 
Qualquer medo de não ser aceita por Lori e Liam havia sumido. Ainda tinha que conversar com seu bolinho, mas, agora mais do que nunca, sabia que ele a aceitaria bem.
 
— Eu te amo, minha pequena estrela — abriu os braços e Lori imediatamente a abraçou. — Eu sou nova nisso de ser mãe, mas prometo dar sempre o meu melhor.
 
— Eu já sou filha, então acho que já sou muito boa nisso.
 
— É a melhor filha que alguém poderia ter.
 
Se afastando do abraço, Lori manteve suas mãos sobre o ombro da loira e respirou fundo.
 
— Te amo, mãe. Mesmo. Mesmo.
 
— Minha filha — voltou a abraçá-la.
 
Enquanto Kara tinha o momento mãe e filha com Lori, Lena estava do lado de fora ouvindo tudo. Não tinha ido até o quarto da garotinha para isso, apenas queria conferir se tudo estava, mas ao ouvir a loira dizendo como elas se conheceram, acabou ficando por ali.
 
— Será que eu posso entrar ou atrapalho o momento?
 
— Mãe! Vem aqui me abraçar também.
 
Lena se aproximou pelo outro lado da cama e subiu nela. Antes mesmo que pudesse se arrumar, Kara a puxou para mais perto a envolvendo naquele abraço. Dando um beijo no rosto de Lori, sentiu um de seus braços rodear seu pescoço.
 
— Te amo, minha princesa.
 
— Também te amo, mamãe. Já que estão aqui, vocês poderiam me por pra dormir, não é?
 
O casal fez o que Lori pediu com o maior prazer. Se estavam felizes por aquele momento com a garotinha, a pequena Luthor estava mais ainda. Quase que ela dormiu sorrindo.
 
Em silêncio, as duas saíram do quarto da pequena estrela voltando para a sala.
 
— Você não para de sorrir.
 
— Não tem como — puxou Lena pela cintura. — Você não tem ideia como eu estou feliz. Tudo por culpa sua.
 
— Eu também estou e a culpa é sua.
 
— Aceita sair comigo? Estou te devendo um jantar em um restaurante chique — seus olhos analisavam minuciosamente o rosto a sua frente. — Aceita ir?
 
— Eu preciso ver com a Nia se ela pode ficar com as crianças. Ou pedir para minha mãe.
 
— Alex fica. São sobrinhos dela mesmo — deu ombros. — Ela vai adorar.
 
Lena fingiu pensar sobre aquele convite, mas não aguentou fingir por muito tempo. Perder tempo estava fora de cogitação quando se tratava de Kara.
 
— Com que roupa devo ir?
 
— Com a que quiser — aproximou a boca de seu ouvido. — No fim da noite vai estar sem ela — sussurrou e logo deixou um beijo em seu pescoço.
 
— Você não presta — começou a rir.
 
— E você me ama desse jeitinho — abraçou com cuidado fechando os olhos. — Preciso ir. Vou ter que me casar urgentemente com você para não precisar te deixar todas as noites.
 
— E aquele papo de não ter pressa? — a olhou com as sobrancelhas arqueadas.
 
— Tenho esperado por você por quase dez anos, acho que podemos agilizar — a deu um selinho demorado. — Até amanhã, meu anjo. Minha coisa linda. Mulher da minha vida. Dona do meu coração. Razão do meu viver — como sempre, a cada frase deixava pequenos beijos espalhados pelo rosto de Lena. — Te amo.
 
— Vai com cuidado. Você poderia ficar, mas é uma decisão sua ir.
 
— É por isso que temos que casar logo, para eu nunca precisar ir — a deu um último beijo. — Sonha comigo essa noite.
 
— Pode deixar doutora McSteamy.
 
Kara revirou os olhos, não gostava do apelido, mas gostava quando o ouvia saindo da boca de Lena.
 
Elas seguiram até a porta. Mais alguns pequenos beijos foram trocados até Kara finalmente ter tido coragem de deixar Lena e seus filhos. Por mais que seu corpo estivesse indo embora, sua mente é seu coração ficavam com a sua família.

 
 
Não sou boa em desenvolver casal depois que eles ficam juntos, mas a pedido de vocês, estou tentando.
 
:)

Esposa de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora