Sete anos após a Batalha que não aconteceu, os Cullen fizeram de Prince Rupert o seu lar. Evitar chamar a atenção dos Volturi era a regra, e Nessie se sente presa entre as imposições de sua família. Até que um convite chega para reunir todos os clãs...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Nessie
Era impressionante como o clima havia mudado desde nossa primeira sessão de treinamento para a batalha: as relações que antes eram mecânicas e desconfortáveis pareciam cada vez mais fluídas e amigáveis.
Lentamente alguns núcleos se formaram e era interessante analisar as semelhanças que se destacavam muito mais do que as diferenças.
Benjamin, Emmett e Giuseppe eram o terror da casa. Todo momento em que não estávamos treinando, o trio estava planejando algo. Quando mais quietos eles estavam, mais preocupada Esme ficava.
Na primeira noite que os três se reuniram para jogar juntos duas novas regras foram instauradas na casa. Número um: sem animais silvestres na sala. E número dois: era proibido apostar partes do corpo. Emmett se queixou de que não podia fazer nada, mas sua tristeza não durou muito contra o otimismo de Giuseppe.
Esme e Sulpicia eram completamente opostas, mas não saíam uma do lado da outra. Ambas pareciam amigas de longa data que podiam finalmente colocar os assuntos em dia. Esme contava de sua vida como humana e de tudo que viveu antes de ser salva por meu avô. Seus olhos brilhavam enquanto ela lembrava dos anos que viveu com seus filhos vampiros e sobre como a família sempre aumentava.
Já Sulpicia descrevia os anos que reinou ao lado de Aro. Sua voz era firme enquanto narrava as batalhas e sentenças que ajudou a executar. Ela também contou um pouco de sua existência humana e de como lutou para sobreviver como uma órfã antes de encontrar Aro e conhecer uma nova vida.
Nassif e Jasper levaram algum tempo para se aproximarem. Por vários dias eles orbitaram, um ao redor do outro, sem realmente darem abertura para se conhecerem. Eu não sei dizer qual foi o gatilho para sua primeira conversa franca, mas a descoberta de que ambos enfrentaram horrores para cuidar de quem amavam, e que ainda carregavam a culpa por terem falhado, permitiu que encontrassem um espaço seguro para desabafar.
A união mais inesperada, porém, foi a que se formou entre minha mãe e Marcus. Apesar de terem vivido vidas completamente diferentes, ambos enfrentaram a dor de perder quem eles amavam. Eu conhecia as histórias de quando meu pai acreditou ser perigoso demais para minha mãe. Jake havia me contado sobre como, por meses, minha mãe enfrentou o término como um luto e lentamente o sofrimento consumiu sua alegria de viver.
Os relatos sobre Marcus eram muito parecidos, mas em seu caso Dydime não voltaria para salvá-lo. Mesmo assim, aqui estava ele redescobrindo a imortalidade e seus prazeres. Seus interesses eram parecidos com os de minha mãe e como ela dizia haver nascido para se tornar vampira, ela o ajudava reencontrar a felicidade.
Apenas os gêmeos se mantinham mais afastados. Mesmo entre os Volturis eles não pareciam encaixar. Talvez os séculos como mestres e súditos tenha engessado suas relações e impedia uma aproximação.
Empoleirada no sofá do jardim, eu estava assistindo Jane e Alec treinando. Desde o embate dela com Rose eles treinavam diariamente e eu sempre inventava uma desculpa para poder observá-los.
