Criei Ariel há seis meses, quando terminei meu relacionamento de cinco anos. No começo, Ariel era apenas um personagem de um enredo qualquer, que surgiu na minha cabeça sem muito propósito, até que passamos a conversar... Ele era divertido, inteligente e bem humorado. As coisas estavam bem até o dia em que eu o vi, sentado ao meu lado no banco de um ônibus, e acredite, eu quase infartei. Como se não bastasse, na mesma semana, Ariel me abraçou, como quem buscava refúgio em alguém, e eu o senti. Senti seu corpo no meu, o coração pulsando, o calor das suas mãos, o perfume, como isso era possível? Havia uma comprovação científica? Eu não sabia. Eu havia dado asas a minha imaginação, para criar algo de fato real.
Foi o ápice dos meus delírios! No entanto, eu estava destroçada com o término... E com todo o desgaste psicológico, o fato dele estar ao meu lado, foi em parte, essencial para cada cicatrização.
Eu me contentava com o clipe caótico do Luan Santana, Te Esperando, em que o eu lírico assistia uma garotinha específica crescer, e no desenrolar, parecia que ele era predestinado a ela.
No entanto, não foi exatamente isso que me encorajou a assumir e admitir esse confuso detalhe em público.
O filme Ilha da Imaginação, deu o gás de incentivo quando eu mais precisava. O curioso enredo é voltado para uma garotinha chamada Nim, que em um determinado momento precisa da ajuda de seu aventureiro favorito, Alex Rover. Que na verdade é um herói imaginário, personagem de um livro escrito por Alexsandra Rover. E ao receber a carta destinada ao personagem criado, ela decide ir auxiliar a menina. Porém, Alex Rover, começa a aparecer para Alexsandra, levando-a a viver algumas aventuras, ela o sente, conversa com ele... Então, de certa forma, dialogar com Ariel, não era tão insano.
Nossa comida chegou há uns dez minutos, o prato dele está intacto, mas a minha mente projetava as garfadas, junto com suas supostas expressões faciais e cada detalhe minucioso que transbordam de si.
Os burburinhos e os olhares persistiram. Era claro, não dava para me enganar. Eles não entendiam, e nem de longe as pessoas estavam nos admirando, provavelmente se perguntando o que uma mulher feito eu, estaria fazendo sentada à mesa, rindo e conversando abertamente para uma cadeira vazia...
Mas não era uma cadeira vazia, eu o via.
E era completamente apaixonada por ele.
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NOTAS: oi amoras! Tudo bem com vocês? Espero que vocês tenham gostado. Até logo! Adoro vocês ❤️
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Até o fim
RomancePara Ane sua vida era apenas baseada em duas coisas: livros e café. Viver o emprego dos sonhos e compartilhar longas horas de trabalho ao lado de sua cúmplice da vida, a cafeteira, em sua cabeça não precisava mais de nada. Até o trágico momento do f...