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Alfonso POV

Hart Portilla conseguiu ser uma figura insuportável naquela noite. Ele esbarrava propositalmente em mim toda vez que passávamos pelo mesmo caminho, derrubou bebida em meus pés duas vezes e sempre pedia desculpas com um semblante cínico e um sorriso irônico. Em outros tempos, eu já teria perdido a minha paciência e mandado ele ir se foder, mas agora que eu tinha a Anahi, deveria manter a calma e não agir por impulso.

Eu estava sentado em uma mesa com Charles e Christopher. Conversávamos sobre o campeonato de beisebol enquanto esperávamos Anahi e Dulce retornarem do banheiro. De repente, eu avistei Hart vindo na nossa direção e soube que ele não estava com boas intenções.

— E aí, rapazes? — ele sorriu e sentou na cadeira em minha frente. — Qual é o assunto?

Charles e Christopher se entreolharam com estranheza, o que não era de menos, já que um cara completamente aleatório havia acabado de sentar na mesma mesa que a gente nos cumprimentando como se fôssemos amigos.

— E quem é você? — Charles perguntou.

— Espera, você parece familiar. — Christopher disse.

— Eu sou o Hart, primo da Anahi. Mas não foi assim que você me conheceu, Christopher. Fala pra eles, Poncho.

— Vocês devem lembrar de quando eu quebrei o nariz de um bêbado idiota em um strip club. — falei olhando seriamente para ele.

— Foi o primo da Anahi? — Charles arqueou as sobrancelhas, surpreso.

— Agora eu me lembro! — Christopher riu. — Aquele dia foi maravilhoso.

— Bom, eu não achei tão maravilhoso assim. — Hart ficou sério.

— Se você só tivesse ido procurar outra prostituta ninguém teria quebrado o seu nariz. — Christopher continuou sorrindo como se estivesse se divertindo.

— Iniciar uma briga não garante que você vai vencê-la. — Charles completou, dando risada.

Estava sendo divertido ver a cara irritada de Hart e o melhor era que eu não precisei dizer sequer uma palavra.

— Uau. Seus amigos são tão babacas quanto você. — ele disse olhando para mim.

— Ah, não se diminua, você é muito mais babaca do que nós. — debochei.

— Aí, galera! — avistamos Christian se aproximar com um prato cheio de canapés. — Sem brincadeira, a Maite arrasou na comi... — ele parou de falar quando olhou para Hart. — Ei, você não é o cara que apanhou do Poncho?

— Eu não apanhei! Nós estávamos igualados na briga! — Hart falou com raiva.

— Igualados? O Poncho não teve um arranhão e você saiu com o nariz sangrando. — Christian franziu o cenho.

Hart respirou fundo e bufou, o que foi motivo suficiente para eu e meus amigos começarmos a rir alto, sem dar chance para que ele retrucasse. Fomos parando de rir ao vermos Dulce e Anahi retornando.

— O que é engraçado? — Anahi perguntou ao sorrir para nós.

— O seu namorado e os amigos idiotas dele me humilhando. É isso que eles acham engraçado. — Hart cruzou os braços como uma criança birrenta dedurando alguém para a mãe.

— Charles! — Dulce olhou para ele com repreensão.

— Foi ele quem sentou aqui sem ser chamado com a maior pose de provocação. — Charles se defendeu.

— É, Anahi, o cara encheu o saco do Poncho a noite toda, então releva. — Christopher disse.

— Hart, por que você não volta para a sua mesa? — Anahi pediu com um semblante sério.

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