Enemies with Benefits

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Anahi POV

Era uma noite de domingo e o passatempo mais correto parecia ser me encontrar com minhas duas melhores amigas no meu apartamento. Nós abrimos uma garrafa de vinho e preparamos fondue de queijo. Elas começaram a falar sobre seus relacionamentos e eu fiquei apenas ouvindo por um tempo, querendo distrair a minha mente.

— Eu conversei bastante com o Christopher essa semana. — Dulce disse.

— Pelo amor de Deus, Dul. — May rolou os olhos. — Já tivemos essa conversa e já sabe a minha opinião.

— Você é tão do contra! — Dulce reclamou. — É só sexo. Quando a Anahi resolveu ter encontros casuais com o Poncho você a apoiou.

— Porque a Anahi não estava se envolvendo com mais ninguém.

— O que? O Charles? — a ruiva riu. — Não é sério para mim e nem para ele.

— Mas ele gosta de você.

— Isso é um problema dele. Eu não prometi nada.

— Dulce, esse seu jeitinho doido costumava ser fofo, mas agora eu só quero bater em você.

— É só uma noite com o Christopher, eu não vou querer casar com ele. Anahi, fala pra May que não tem nada demais.

As duas olharam para mim ao mesmo tempo. Eu estava com a taça de vinho nos lábios, ainda terminando o gole. Coloquei a taça sobre o balcão, pigarreei ao limpar a garganta e intercalei o olhar entre elas. Ambas estavam esperando que eu as agradasse com minhas palavras, pois me viam como alguém que tinha a cabeça no lugar. Ah, se elas soubessem...

— Eu acho que não tem problema você querer passar uma noite com o Christopher. — falei, arrancando um sorriso satisfeito de Dulce e uma cara carrancuda de Maite. — Mas precisa dispensar o Charles antes.

— É, isso é menos pior do que uma traição indireta. — May comentou.

— Mas o Charles é tipo... Tipo... — Dulce olhou para cima como quem procurava a palavra certa.

— Um fixo? — May arqueou a sobrancelha.

— Eu não gosto dessa palavra.

— Mas é isso. Caramba, você e o Christopher têm muito o que conversar. — a morena riu com desdém. — Não acha, Anahi?

— Uh? — franzi o cenho. Sem perceber, eu havia parado de prestar atenção nelas.

— Está tudo bem? — Dulce perguntou. — Você está bem mais calada que o comum.

— É que... — suspirei. — Certo. — passei minha língua entre os lábios, os umedecendo. — Eu estou em uma situação que não deveria estar.

— E a gente pode ajudar você? — Maite sugeriu.

— Talvez. Bom, as coisas estão diferentes em relação ao Alfonso.

— Ah, céus, você finalmente admitiu que está apaixonada? — Dulce arregalou os olhos.

— Apaixonada!? — Maite se alarmou. — Diga que Dulce está ficando louca!

— A Dulce não está louca. — baixei o tom de voz, olhando para a taça em minha mão ao invés de ter coragem de encarar os olhos da minha prima.

— Puta merda... — ela resmungou.

— Ok, sem pânico. — Dulce pousou sua mão em meu ombro. — Eu já sei a resposta dessa pergunta, mas mesmo assim vou fazê-la. Você acha que ele também está apaixonado por você?