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[ recapitulando, 3:45am. ]

Jv

- Jv, a mina não quer subir pro camarote não. - th fala no radinho.

- Que que ela te disse? - ajeito o fuzil nas minhas costas.

- Que não queria po. E ainda meteu que você nao vai encostar nenhum dedo nela. - jogo o radinho com força na mesa e passo a mão no rosto.

Quando ele disse isso me subiu um puta ódio, acho que ela não deve me conhecer pra meter o louco desse jeito falando essas coisas, metendo mo marra.

Ela vai se arrepender de ter falado isso, anota aí po.

Viro um puta copo de red label, sentindo descer tudo rasgando. O fato de eu não conseguir ter aquela mina de mais cedo na mais mãos com pouca atitude, tava me deixando bolado pra caralho, sem caô nenhum.

Eu tenho qualquer mina na minha mão sem esforço algum, e essa porra tava me deixando neurado, papo reto. Sem contar que eu conheço ela de algum lugar, mas ela não parece me conhecer.

[ quebra a tempo . . . . . ]
4:35am

- Coe Th, manda o papo pra Nessa fazer o corre dela e buscar a loirinha lá. - falo no radinho.

- E tu sabe onde ela tá? Sem caô jv, para de meter o louco, deixa a mina lá. - ele responde.

- Cala a boca porra, eu mando nesse morro e em você, esqueceu? - suspiro. - Ela ta do lado daquela barraca ali de bebida, anda logo porra.

- Desculpa ai po, tô indo mandar o papo já.

Th.

Desde que a Gabriela pisou o pé nesse morro eu to de vigia pra cima dela, tem uns mano aqui também que conhecem ela por causa do Jp e tão na escuta e de maldade pra cima dela. Eu ainda tô tentando avisar pra ela, pra sair daqui antes que ela só saia com permissão do Jv, e ela não vai curtir muito não.

Gabriela mete o louco pra caralho, ela não liga pra porra nenhuma. Só quando a bomba estoura. Quando o Jv descobrir que ela é, ou era a de fé do inimigo dele, porra. Tenho dó dela. Papo reto. Não tem tesão que faça ele mudar de ideia em meter bala nela.

Vejo de longe a Vanessa moscando no meio do baile, e puxo ela pelo braço a jogando de costas na parede com força.

- Ta doido porra? Isso doeu pra cacete. - a maior fala passando a mão no braço dela que tinha batido.

- Jv mandou eu te mandar o papo. - pego o copo da mão dela e jogo no chão, e ela me olha.

- Então fala, né. - ela grita.

- Vai lá ajudar aquela loirinha ali. - aponto pra gabriela, que tava muito doida no meio da quadra. e sozinha.

- Ta po, eu vou lá. Mas tu vai me pagar outra bebida seu cuzao, isso aqui custa grana porra! - ela grita e eu corto ela com o olhar.

- Deixa ela com o Vt, lá naquele beco proibido no final da quadra.

[ • • • • • • ]

Nessa.

Tava de boa curtindo meu baile quando o puto do Th me puxou pro canto na maior grosseria, papo que bati meu braço fortao na parede. Mas se pa que esse corre que o Jv mandou eu ir fazer, pode me aproximar dele, né. Já que eu sou meio que marmita de corre pra ele, já que ninguém me conhece. Se ninguém sabe, ninguém estraga, né nao po?

Vou caminhando até a maior de cabelos longos e loiros, linda pra caralho, juro. Vejo que ela tá totalmente alterada e sem consciência alguma.

Porra já saquei o que o Jv quer, essa porra vai dar b.o, avisa aí, tô até vendo. A mina tá completamente drogada, bêbada e doida, e ele ainda quer levar ela pra laje, puta que pariu.

- Garota, ce ta bem? - tento me aproximar.

- To.. to..? - ela diz e parece estar confusa.

Nego com a cabeça e passo seu braço pelo meu ombro, caminhando com ela até o final da quadra, em um beco que só quem é do comando tem acesso, confia em mim, se essa mina tá entrando ali porque o Jv mandou, talvez ela nem saia de lá.

- Segura a mina aqui carai, ela é pesada. - falo gritando o Vt.

- Me dá ela ali. - ele fala pegando a garota no colo, e fazendo um sinal pra eu vazar dali.

Boa sorte aí, loirinha.

[ quebra de tempo . . . . . ]
16:34pm

Gabriela.

Acordo com minha cabeça girando pra caralho, e com uma puta dor de garganta. Olho ao meu redor, e..... Puta que me pariu.

Ontem a noite eu usei algumas coisas e bebi pra caralho, mas não sabia que ia chegar nesse ponto, de ter que ser carregada por uma estranha no meio do baile, e pra piorar a situação, eu não faço a menor ideia de onde eu tô, só sei que tô em uma casa, e até que é arrumadinha, mas todas as janelas tão trancadas, e as luzes apagadas.

Olho ao meu redor e pelo silêncio e breu dentro dessa casa, eu aparento estar sozinha aqui. Levanto do colchão no meio da sala e eu mal comecei a andar quando abriram a porta atrás de mim, e porra deu mo iluminação, consegui até enxergar que na minha perna tinha alguns hematomas roxos.

- Fica quietinha aí e sem escândalo, moro? - um garoto alto de pele morena e com uma glock na cintura gritou.

- Ta..... - confirmei com a cabeça, coçando a cabeça tentando entender aquilo tudo.

Suspiro fundo e puta que pariu. Minha vontade agora era de me auto meter a porrada, como que eu consegui ser tão burra assim? To em morro inimigo, bebo pra caralho, uso balinha, dou fora em algum traficante que aparentemente não gostou, perco a consciência, e por coincidência, acordo em uma casa isolada com um traficante gritando comigo.

Bom dia, né.
Ou boa tarde? Não sei.

O mesmo traficante de agorinha, adentra o local e atrás dele, veio o Th, e o......... O loiro de ontem a noite. Coço meus olhos rapidao, pra ver se eu não tava sonhando mesmo, e vou dando passos pra trás cada vez que eles se aproximavam mais.

- Calma aí po. Não vou encostar nenhum dedo em você. - ele diz irônico, aparentemente fazendo referência ao que eu disse pro Th ontem.

Filho da puta.

- É melhor mesmo. - digo entre os dentes e baixinho, e o loiro muda sua expressão, levantando a blusa "discretamente" fazendo com que eu visse o porte dele na cintura.

- O que é que ce quer de mim? - tomo toda a coragem que ainda me restava.

Ele faz algum tipo de sinal com a mão pra que os outros dois saíssem da sala, deixando nós dois a sós. Agora fudeu.

- Tu tem muito o que me dizer loirinha. Senta aí. - ele fala se aproximando de mim, me dando uma cadeira meio fudida mas até que dava pra acentar.

Acento na cadeira e porra eu tava tremendo mais que vara verde, maluco, não passa nem vento. Nessa hora eu comecei a rezar uns terços que nem existem se pa.

- Eu tenho? Eu nem te conheço. - ele passa a mão no rosto rindo fraco, tirando a glock da cintura e botando em cima da mesa ao nosso lado.

- Eu te conheço de algum lugar. Teu rosto não me é estranho. - eu congelo. -  Tu meteu o louco pra cima de mim ontem, e tu sabe quem eu sou pra ter metido marra desse jeito?

[ • • • • • ]

escrevi na aula de biologia mds

- khai.

PCC ' primeiro comando capital. | mosh Onde histórias criam vida. Descubra agora