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Gabriela.
- Eu? Me conhecer? Eu, Gabriela? - solto uma risada de desespero, acho que sei porque ele me conhece.
Depois que ele disse isso, o rosto dele me é reconhecível também. E tenho quase 100% de certeza que é por causa do Jp. Deve ter sido no dia que esse puto foi fuder com uma mina aqui do morro da rocinha, que aparentemente era de fechamento do PCC, enquanto a gente namorava.
E o Jv descobriu, e porra foi a maior treta, cv e pcc entraram em conflito, e foi nesse dia que o Jv invadiu o Morro do Vidigal, eu tava lá com o Jp. Por pouco não fiquei sem cabeça, literalmente.
- Não te conheço não, e nem você me conhece, para de meter o louco você porra. - me subiu um ódio. - Tu me sequestra totalmente doida da cabeça, e aparentemente eu que tô metendo o louco pra cima de você? Sério?
Meu deus eu queria ter ficado calada.
A reação dele foi tão rápida, que a única coisa que eu vi foi ele puxando a arma da mesa, me puxando pelo braço forte pra caralho e literalmente me socou na parede, colocando a arma apontada pra minha cintura.A tensão sexual tava ali, por um minuto até me fez querer implorar pra ele me comer ali, mas porra ele tava com uma arma apontada pra minha cintura.
- Na pior das hipóteses pra tu saber agora, eu sou dono dessa porra toda, até do ar que tu respira. Eu sou sou dono do primeiro comando capital. Sacou? E eu tô doido pra estourar sua cabeça agora.
Simplesmente tremi na base quando ele disse que era dono do pcc, caralho eu tô sedenta pra sentar pro dono da rocinha, e pior ainda, dono do primeiro comando capital. Eu tô fudida pra caralho, não sei se vou conseguir sair daqui, não sei se a Aisha já botou polícia atrás de mim, ou PIOR, se o Jp sabe que eu to aqui, com o Joao Vitor.
Deus se você existe me leva agora.
- Desculpa mas isso não é da minha conta e também nao me interessa. - sorrio fraco olhando pra ele, e depois pra arma, dando a entender que tava doendo a pressão que ele tava fazendo com a arma contra minha cintura.
- Não se interessa? - ele diz soltando a arma e me fez dar um suspiro aliviada. - Que bom po. Que pra primeira dama, tu até que é gostosinha pra esse cargo.
Porquê eu tô gostando disso? Cá entre nós ele fica gostoso pra caralho bolado desse jeito, e falando assim? Eu senti lá em baixo......
- Para de viagem Joao Vitor. Tu não vai me comer não, nem do morro eu sou. - a expressão dele mudou. - E se tu puder me liber-
- Não é do morro? - ele me interrompe e me olha, com um puta olhar que se não estivéssemos em tal situação, eu faria horrores, viu.
- N- n..ão. - falo baixo.
- Tu não vai sair desse morro. Vai ficar aqui, até eu ter certeza que você não é fechamento do cv.
Nessa hora eu entrei em completo desespero, não sei se ele sabe que eu já estive do lado do cv, ou sei lá que porra esse maluco sabe sobre mim até agora. Eu tô literalmente cara a cara com a morte, e a única pessoa que pode me ajudar agora, é o Thiago. E do jeito que eu conheço ele, ele não vai fazer favor nenhum de graça.
- Para de graça Jv, eu preciso ir embora. Eu deixei minha amiga lá e ela é de menor, por favor. - falo implorando.
- Não. Fica quieta aí, loirinha. - foi a última coisa que ele disse antes de sair e trancar a porta daquele fim de mundo, me deixando completamente sozinha, sem comida, ou água.
[ quebra de tempo . . . . . ]
19:07pm.Jp.
Tô neurado com esse lance da Gabriela ter colado na rocinha desde ontem, e pra piorar essa filha da puta loira, não me respondeu. Eu curto pra caralho ela mas desde que eu vacilei com ela e fui fuder com a Nessa, deu maior b.o e o Jv conhece a cara da Gabriela, pode ter sido de reflexo, mas ele conhece.
- Coe Jp, tem uma mina ali querendo trocar ideia contigo. Ela tá neurada pra caralho irmão. - Jj fala no radinho, e eu desco da laje, vendo que a mina na verdade era a Aisha.
- Que que tu quer Aisha? - falo a encostando em uma parte do beco mais vazia.
- A Gabriela desapareceu ontem.
- A Gabriela o que? - falo.
- Desapareceu porra, tá surdo é caralho? - puxo ela pra dentro da laje e fecho a porta, olhando pela janela pra conferir se tinha alguém ali.
- E como caralhos isso aconteceu? Foi na rocinha né? Puta que pariu. Já tentou ligar? - falo tirando o fuzil das minhas costas e botando em cima da mesa.
- Eu tava com ela até a gente se desentender e ela ir pro meio do baile, eu perdi ela. A única coisa que eu lembro é que tudo dela tava comigo, celular, bolsa. Ela tava doida pra caralho Jp.
- Eu avisei essa filha da puta ainda, eu avisei caralho. Tu tem que comecar a rezar de joelhos pra que ela esteja viva ainda, se bobiar o Jv já meteu bala na cara dela. - a expressão da menor muda completamente, e ela se levanta.
- Para de ser cuzao porra, uma vez nessa sua vida de merda, tenta não ser idiota e vai buscar a Gabriela naquele morro. Ela tá correndo um puta perigo e tu sabe disso, não diz amar tanto ela? Vai lá provar então. - ela diz me empurrando e eu seguro forte no seu pulso.
- Ela deve estar morta Aisha.
- Te garanto que não, Joao Pedro. Jv tava querendo comer ela pra caralho, não acho que iria matar ela tão cedo assim. - mudo minha expressão.
- O Jv tava querendo fuder a Gabriela? Logo a Gabriela? - grito. - se ele encostar um dedo se quer nela, os dois vão pagar com a vida. - grito e soco a parede do lado da Aisha, fazendo a menor se assustar.
- Então vai atrás dela João Pedro. Cria outro conflito, faz arrastão, se infiltra lá dentro, porra da seus pulos. Tu não é dono comando vermelho? Então faz algo que preste. - ela diz e sai da laje batendo a porta com força, filha da puta.
Não sei o que fazer pra tirar a Gabriela de lá dentro, vou ter que declarar outra guerra contra o Jv, só que dessa vez o único prêmio vai ser a Gabriela voltar com vida de lá dentro. Ela tem sorte de não estar aqui, porque se tivesse, eu ia meter a porrada nela.
Vou descendo o morro até a parte do beco usado pra traficar arma, e bato na parede pra ter a atenção de geral que tava ali trampando.
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vo atualizar o capítulo 5 ainda hj, mais tarde ;)
- khai.
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PCC ' primeiro comando capital. | mosh
Novela Juvenil+ ' tudo 3, não passa nada, e se passar, vai pagar com a vida. Da noite pro dia o que você mais teme vira realidade, dentro do seu próprio morro. Ou tu mata, ou tu morre.