Best Part/ Twice {Concluída}

(4)

        Na manhã seguinte, exatamente onze horas, Momo encarava Minatozaki tomando o café da manhã na maior calma possível. Era óbvio que as japonesas estavam com sono pois inventaram de maratonar o divertido dorama, mas o estado de Sana era crítico: digno de pena.

- Você nunca me contou como começou o seu namoro com a Tzuyu.

- A gente se conhecemos há três anos. —Bocejou, deixando a xícara vazia em cima da mesa. — Mas foi no ano passado que nosso sentimento começou....como posso dizer? A florescer? Ficamos mais tempo juntas, e demonstramos mais afeto. Até que em uma noite, ela me chamou para sair, e eu aceitei, a gente fomos na praia e ela me beijou de repete.

- Oh! Pensei que você iria ter atitude.

- Ela tem mais atitude do que eu. Continuando: depois do beijo ela começou a falar que estava apaixonada por mim. Ah, Momo. —Suspirou. — Foi tudo muito lindo. Eu estava com medo de não ser correspondida, sabe? Mas ela sentia o mesmo que eu.

- Adorável. Ela pediu você em namoro, então?

- Sim, mas isso foi depois. Primeiro a gente decidimos ir com calma já que éramos melhores amigas, e mesmo nos amando tínhamos medo de estragar nossa amizade se por acaso tudo o que a gente estivesse sentindo fosse desejo do momento, entende? Mas não, estávamos mesmo apaixonadas.

- Isso é fofo. Mas por quê vocês nunca assumiram o namoro para seus pais?

- Ela não quer ainda, apesar dos meus pais já desconfiarem.

-Acho que tenho um pouquinho de vontade de amar alguém.

- Sério? Olha, não é querendo te assustar, mas amar uma pessoa precisa ter responsabilidade, viu.

- Como assim?

- Amar te faz abrir as mãos de certas coisas, Momo. Por exemplo: me apaixonar pela Tzuyu me fez parar de ter certas brincadeirinhas com outras pessoas, de agir sem pensar. Eu mesmo era um pouquinho imprudente, mas agora tenho alguém que precisa de mim bem e sendo fiel.

- Compreendo.

        As japonesas estranharam ao escutar batidas na porta e precisaram fazer 'jokenpô' para ver quem iria atender, e por azar foi Momo que perdeu. A mesma caminhou até a porta e abriu após destrancar.

- Oh, garotas! Pensei que iria vir só mais tarde.

- Decidimos almoçar com vocês.

- Decidimos nada! Você que nos obrigou a vir logo. —A Park morena diz.

- Ah, silêncio. —A loira revirou os olhos, sem soltar a mão da ex.

- Entrem. A Sana está terminando de tomar o café da manhã.

- Eba! Estou com fome!

- Misericórdia. —Jihyo murmura, entrando na casa com a irmã e a ex-cunhada. — Qualquer coisa eu permito amarrarem a Rosé, viu? Ela não vai acabar com a comida de ninguém.

- Diacho pra perturbar meu juízo. —A loira tinha um olhar nada agradável para a irmã.

     Momo sorriu timidamente, ela realmente não acostumou muito com o jeito das novas amigas, já Jisoo olhava aquela cena com tédio. Hirai acompanhou as amigas até a cozinha e Rosé foi a única que aceitou comer algo. As garotas ficaram um bom tempo conversando enquanto esperava as outras colegas chegarem: o que demorou um tempinho, mas a partir das treze horas as garotas começaram a chegar, tempo suficiente para Sana conseguir dormir.

- Você veio. —Hirai sorriu sem desviar o olhar da melhor amiga.

- Não poderia faltar, certo? —Dahyun sorriu.