Capítulo 12: Fim

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   Quem diria que da biologia eu iria pra astronomia? Bem, eu diria. As estrelas sempre estiveram lá e mesmo quando não estavam elas me davam esperança porque mesmo que eu não pudesse vê-las sabia que estavam lá. Passei dias esperando qualquer sinal do Jisung mas nada aconteceu, eu decidi não esperar mais, eu só podia deixar a vida seguir em frente e ver onde iria acabar. Já passava das nove da noite, e eu estava no laboratório analisando alguns casos no notebook enquanto rodava de um lado pro outro na cadeira.

   Uma música ecoava em volume médio pelo laboratório e a temperatura estava maravilhosa por conta do ar condicionado. Eu lia palavra por palavra de um artigo científico que ironicamente, falava sobre vida extra terrestre. Enquanto lia ouvi um barulho no corredor, normalmente a maioria já teria ido embora à aquela hora, me levantei da cadeira e fui até a porta abrindo e olhando os dois lados de um corredor vazio. Voltei a fechar a porta e me sentei na cadeira de novo, voltando ao arquivo. Depois de ler mais um parágrafo eu ouvi mais um som e parecia ser na frente do laboratório mas eu não via nenhuma sombra na porta.

   Me levantei de novo e fui até a porta abrindo a mesma e mais uma vez o corredor estava vazio. Peguei meu celular em cima da mesa e desliguei tudo no laboratório, eu não podia estar louca, andei até a sala de segurança e normalmente ela estaria com a porta fechada e um dos seguranças estaria olhando as câmeras espalhadas pelo campus, mas ela estava aberta e vazia. Eu entrei e olhei as câmeras do corredor aonde eu estava mas antes que eu conseguisse acessar as imagens de minutos atrás, ouvi aquela voz.

(Jisung): Sentiu minha falta?

—O que você acha? —Pergunto me virando pra ele.

(Jisung): Não estou mais na sua cabeça, não é? —Diz se aproximando.

—Você nunca saiu dela.

(Jisung): E adiantou alguma coisa?

—Depende do que você queria com isso.

(Jisung): Até parece que não sabe o que eu queria.

—Não adianta... Nunca adiantou, sempre foi só uma atuação. Uma atuação que todo mundo acreditava menos eu, porque eu sabia a verdade. E é, você estava certo. Todos os exemplos que me deu, eram formas de amar... E eu ignorei cada uma delas por medo. O que não fazia nenhum sentido, porque você era a pessoa que mais podia me machucar e não fez isso.

(Jisung): Que bom que te ajudei a ver isso. —Diz parando na minha frente.

—Convencido, não?

(Jisung): Aprendi com a melhor.

—Afrontoso também.

(Jisung): Só isso?

—O simbionte que virou a minha vida de cabeça pra baixo.

(Jisung): Mais algum?

—O ser que eu mais amo no universo.

(Jisung): Eu só precisava dessa.

[Antes de continuar um aviso às cardíacas, O QUE VOCÊ LERÁ A SEGUIR E A SUA REAÇÃO NÃO SÃO MINHA RESPONSABILIDADE JÁ QUE VOCÊ TEM TOTAL LIBERDADE DE PARAR POR AQUI E TER UM FINAL FELIZ QUE VOCÊ MESMX VAI IMAGINAR. SENDO ASSIM AVISO QUE AS DESCRIÇÕES À SEGUIR PODEM SER FORTES E AVISO QUE CASO VOCÊ TENHA PROBLEMAS COM TIROS QUE SE RETIRE. E ESSA AUTORA VAI PASSAR PELO MENOS UM ANO SEM ESCREVER FANFICS COM OS BIAS DELA PRA SE RECUPERAR DISSO, DESDE JÁ AGRADEÇO PELA COMPREENSÃO DE TODOS. BOA LEITURA.]
































   Estávamos tão próximos um do outro que sentia nossas respirações se misturarem, meu coração batia tão forte que se eu não soubesse a razão teria certeza de estar tendo um infarto. Senti suas mãos abraçarem a minha cintura e nos aproximando ainda mais, se é que isso era possível.

(Jisung): Você é o meu primeiro e único amor. Achei que estava louco... Simbiontes não precisam de um amor, mas eu preciso ter você.

   Nos beijamos e foi como se uma carga de energia passasse por todo o meu corpo, eu nem mesmo tinha percebido o quanto eu queria aquilo, até ter. As respirações descompassadas, seus olhos impossivelmente brilhantes, e a forma como me olhava... Eu só podia estar louca e a culpa era inteiramente dele.

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(Jisung): Hora de acordar...

—Preferia quando era meu parasita. Pelo menos assim você não me acordava.

(Jisung): Mas tem um lado bom.

—E qual é? —Digo abrindo um dos meus olhos.

(Jisung): O café da manhã está pronto.

—Ahn...

(Jisung): E o Lee ajudou a Alie a fazer.

—Ok hora de levantar. —Digo me levantando animada.

(Jisung): Calma aí... Parasita?!

   Vida em outros planetas pra mim sempre foi um tema de filmes, livros e até séries de ficção científica, nada além. Mas quem diria que eu acabaria namorando um alienígena simbionte... A minha vida nunca foi como eu queria, mas a maior das loucuras mudou isso, e eu só posso agradecer ao meu parasita. Ops... Meu simbionte Han Jisung.




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