Capítulo 11: Seguir

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—Alie... Precisamos conversar. —Digo abrindo a porta.

(Alice): Tudo bem, agora? Ah, quem é esse?

—Jisung, Alice pode chamar de Alie. Alie... Jisung pode chamar de Ji.

(Alice): Ah, achei que ia esperar um milênio.

(Jisung): Ela não tava falando sério.

—Hm... —Dou uma cotovelada leve no garoto o fazendo lembrar de que na cabeça dela, pelo menos por enquanto, ele não estava lá naquela hora.

(Alice): Prazer Ji.

(Jisung): O mesmo. —Diz sorrindo.

—Ok, vamos conversar. —Digo puxando o garoto pra dentro da casa fechando a porta e trancando logo em seguida.

(Alice): Tudo bem.

   Nos sentamos no sofá e eu comecei.

(S/N): Só me ouve primeiro e depois eu provo que é verdade e que está tudo bem ok?

(Alice): Parece até que matou alguém.

(Jisung): Ela não deixou... —Diz baixo cruzando os braços.

—Ok, eu estava com um simbionte. O estágio era pra estudarmos sobre eles, e por acidente ele fugiu e eu virei hospedeira dele. Era com isso que o Hyun estava me ajudando, eu sabia só o básico sobre eles e como ele entendia melhor ele me ajudou a entender um pouco mais. Passei um tempo com esse simbionte e era perigoso ir pro campus por isso eu não estava indo, mas não era perigoso por causa do simbionte, era perigoso por causa do meu professor que é um traficante de seres assim... Então o Hyun tem um amigo que é médico legista e ele arrumou um outro corpo pra ser hospedeiro do simbionte e agora ele vai morar com a gente.

(Alice): Quer mesmo que eu acredite em você?

—Ji...

   Assim que ele saiu do corpo ela me olhou concordando positivamente.

(Alice): Que loucura. —Diz colocando a mão na cabeça.

—Eu sei...

(Alice): Você namora um simbionte?

—O que?! Não...

(Jisung): Ela não acredita no amor.

—Você não sabia o que era amor até ontem garoto.

(Alice): Eu vou pro meu quarto tentar digerir tudo, isso. —Diz saindo da sala.

(Jisung): Por que não acredita que alguém possa te amar? Sua melhor amiga faria tudo por você, assim que a vida não sai como planejaram as pessoas simplesmente vão embora, por experiência própria. E ela não foi.

—Não é tão simples. E eu sei que eles vão embora.

(Jisung): Queria estar aí agora pra entender você.

—Não ia querer ficar... Está tudo um caos.

(Jisung): Não estou falando por mal... Mas ela também estava assim quando eu cheguei. Eu soube lidar com o seu caos, e não fui embora. Isso não é uma prova? A Alie não é uma prova? O Hwang não é uma prova? Caralho ele sabia que era algo totalmente novo e não meteu o pé. E quanto à você mesma? Não é uma prova? Você podia muito bem ter acabado com isso na primeira oportunidade dizendo tudo pro seu professor e mesmo assim não fez. Isso não é amor?

—Parece que você sabe muito mais sobre ele do que eu.

(Jisung): Então a resposta é sim.

—Tanto faz.

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