Pov. Ludmilla Oliveira
Depois de Brunna decidir levar as duas lingerie, branca e a preta, eu comprei as coisas que precisava para o motel e ela comprou as lingeries decidimos parar em uma cafeteria que havia ali perto.
Eu e meu pai íamos muito naquela cafeteria quando eu era um pouco mais nova e ainda morava com meus pais. Às vezes eu ia com Marcos e Luane quando pegava eles na escola apenas para passar naquela cafeteria. Eu adoro o Capuccino de lá, os docinhos, donuts e até o cheiro de lá me faz bem. O senhor Alfredo, um homem com uma boa idade já, gostava bastante de mim, ele às vezes insistia em não cobrar os donuts, mas eu secretamente pagava mais caro o capuccino, dizendo a moça que ficava no caixa de que havia sido mais caro o Capuccino. (Okay, eu sabia que o senhor Alfredo sempre dizia a ela que não deveria cobrar meus donuts ou os docinhos.)
Senhor Alfredo mesmo sendo bem mais velho do que eu, era um grande amigo, assim como era amigo de meu pai. Eu gostava de conversar com o senhor, ele me dava bons conselhos e contava sobre suas histórinhas de quando era mais jovem.
— Deuses! Que Capuccino maravilhoso, Ludmilla. Como eu não conhecia esse lugar? — Brunma disse animada e eu sorri para a mesma. Estávamos lá a alguns 20 minutos se não me engano. Eu pedi um Capuccino de chocolate e alguns donuts, alguns com morango e outros com chocolate. Como Brunna não conhecia ali, pediu o mesmo Capuccino que eu, mesmo eu dizendo para ela pegar de outro sabor, ela respondeu dizendo que se não gostasse ela me daria o Capuccino.
— Claro que é maravilhoso, Brunma. Você acha que eu levaria você em uma cafeteria ruim? — Brunma era divertida e engraçada, ela me contava piadas ruins e eu ria pois ela tinha algo que parecia que dava graça.
— Ah... sabe, Ludmilla... no outro dia eu pedi para Willian me levar em uma cafeteria e ele disse que tinha uma "ótima" perto de casa. — Ela disse fazendo aspas com os dedos. — Chegando lá eu pedi um café e uns pãezinhos pois ele disse que os pães eram deliciosos. Quando o pedido chegou na mesa, ele disse que precisava sair para atender o celular e eu ouvi de longe a moça que estava na cozinha gritar "ROBERTO, ESSE PÃO TÁ MOFADO!" — Brunma fez uma voz engraçada e uma careta mais engraçada ainda. — Eu fiquei desesperada não sabendo o que fazer e aonde enfiar o pão. Quando eu pensei em jogar fora, Willian apareceu e eu não consegui fazer nada. — Eu ria enquanto ela contava aquela história. Eu aposto que já estava vermelha de tanto rir. — Will disse para eu comer um pão e eu disse que não estava me sentindo bem. Ele colocou um pão na boca e mastigou com vontade como se fosse a lasanha mais gostosa do mundo. E ele ainda disse "Nossa Brunna, você não sabe o que está perdendo, 'tá tão gostoso". Eu estava chocada porque ele estava comendo um pão mofado e ainda achava bom. — Tive que me curvar e encostar a cabeça na mesa, minha barriga doía de tanto rir.
— Socorro! — Exclamei rindo.
— Calma, calma. Ele ainda foi no banheiro depois disso, eu esperava que ele fosse vomitar aquele pão esquisito, quando ele foi eu ouvi a mulher dizer, "LUCAS, VOCÊ DEU PÃO MOFADO PARA OS CLIENTES", eu olhei em volta e o garçom estava me olhando com uma cara de assustado e eu olhei para ele da mesma forma, ele sorriu nervoso e saiu. Resultado, Willian passou o dia no banheiro. Foi horrível... aquele cheiro! Minha nossa, credo. — eu achei que explodiria de tanto rir, já estava chorando e minha bochecha doía, minha barriga pior ainda, eu acho que estava mais vermelha que pimentão.
— Você... deu algum remédio para ele? perguntei me recuperando da crise de risos.
— Eu?! Eu não! Eu disse para ele que iria para a casa de uma amiga, aquele cheiro estava insuportável, você não tem noção. — Brunna fez uma cara de nojo e eu quase caí na gargalhada de novo se não fosse por Alfredo.
— Menina Lud! Ora, que honra você por aqui! — O senhor disse me abraçando. Segundo a recepcionista ele estava fazendo as compras para a cafeteria.
— Senhor Alfredo, que saudades. Está mais bonito a cada vez que lhe vejo. Digo me soltando do abraço do senhor e olho para o mesmo.
— Oh menina, eu sempre estou bonito e me cuidando. Olá moça. — Ele diz olhando para Brunna que aperta sua mão sorrindo.
— Prazer senhor, sou Brunna. — Ela sorri para o mesmo assim que levanta de sua cadeira.
— Tudo bem, querida? Me chamo Alfredo, sou dono da cafeteria. — O senhor diz e acena com a cabeça e oferece um sorriso para nós.
— Oh sim! A Ludmilla me falou do senhor. Senhor Alfredo, está de parabéns. O capuccino é uma delícia e os donuts são os melhores que já comi em toda minha vida! — Ela diz e eu percebo toda sinceridade em sua bela voz.
— Obrigado, Brunna. Acho que foi a Penélope que fez. Ela tem uma ótima mão para doces. — ele diz se referindo a sua filha mais velha que herdara as maravilhosas mãos do pai na cozinha. Eles trabalham juntos, ela faz os doces e ele cuida de todo o resto. Uma boa parceria.
(...)
Eu e Brunna conversamos bastante e ela me contava muitas piadas e falava sobre como era desastrada na fase do colegial. Senhor Alfredo não pode ficar muito com a gente pois o movimento estava até que grande naquele dia, então ele deveria cuidar de sua padaria.
Como estava de carro, levei Brunna até sua casa, estávamos na frente da mesma neste exato minuto.
— Obrigada, Ludmilla. Obrigada por me trazer até aqui, mesmo eu lembrando que não precisava. — Brunna havia me dito que iria andando até seu apartamento depois de sairmos da cafeteria, mas eu insisti em levá-la até seu apartamento que depois de um tempo acabou cedendo.
— Ah, qual é, Brunna? Você passou essa tardezinha comigo, o mínimo que eu poderia fazer seria te trazer até sua casa. — Disse olhando para Brunna retirar o cinto.
— Você pagou os nossos lanches! Isso não é justo. — A garota cruza os braços e faz um biquinho. Deuses, nem parecia a mulher adulta que era, parecia mais um bebê.
— Poxa Bru, mas foi eu que chamei você para a cafeteria, eu não deveria te deixar pagar, oras! Sem contar que ele cobrou a metade do preço. Ainda não entendo porque Alfredo faz isso. — Dou de ombros e vejo Brunna desfazer o bico e descruzar seus braços, abrindo um belo sorriso.
— Vocês se conhecem a muito tempo, né? — Me pergunta referindo-se a Alfredo e eu.
— Sim, meu pai me levava naquela cafeteria desde pequena. Quando ele me buscava da escola. Eu depois, quando Luane e Marcos cresceram, eu os buscava na escola para levá-los até a cafeteria. Ainda busco, porém, com menos frequência por agora eu estar trabalhando mais do que trabalhava ano passado. — Digo lembrando das vezes em que eu e meus irmãos, passamos juntos na cafeteria.
— Lá é um ambiente extremamente agradável. Realmente preparado para um bom café. Os doces e o capuccino de lá são maravilhosos. — Brunna sorri mais largo parecendo se lembrar dos doces que comemos á poucos minutos atrás.
Ela pegaou seu celular no bolso e olhau as horas, logo me olhando.
— Preciso subir, Ludmilla. Logo logo Will chega do trabalho, ele fez hora extra hoje novamente. Eu acho desnecessário ele fazer tanta hora extra, porém, se ele gosta... quem sou eu para impedí-lo. — Brunna deu de ombros e logo arrumou sua pequena bolsa para virar para mim novamente.
— Certo certo, madame. Já está entregue em casa e em perfeita segurança. — Brunna me dá um abraço.
— Obrigada pela carona, Lud. — Sorri e eu sorrio pelo apelido.
— Magina, Bru. Não fiz nada demais. Espero ver-lhe novamente logo logo. — A pequena abre a porta do carro e sai com sua bolsa em mãos. Abaixo mais um pouco o vidro e ela se curva olhando para mim.
— Espero lhe ver logo também, Lud. Hoje foi muito agradável. — Ela acena com mão livre da bolsa. Subo o vidro do carro e logo saio em direção ao motel.
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The Motel (Brumilla)
FanfictionOnde Ludmilla trabalha no motel de luxo de sua família e conhece Brunna Gonçalves e seu marido William Harper... ❗Adaptação autorizada ✍Autora da fic original:. @DaddyYaa ⚠️ Atenção ⚠️ 🔶GATILHO PRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, ABUSO PISCI...