10| Perto de mim

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#KimNamorador

Boa leitura! ;)


🐻🌈

Foram pouquíssimas as vezes em que me senti como uma pessoa que exalasse poder. Por mais que eu tenha uma boa autoestima e esteja sempre convencido de que sou muito bonito, carismático e atraente, também tenho noção de que muitas vezes já fui motivo de chacota para muitos.

A primeira vez que eu senti vergonha por ser eu foi no primário, quando um garotinho maldoso da minha turma apontou para mim e me chamou de calvo. Na época eu apenas dei risada, eu ao menos sabia o significado da palavra na época, e até hoje não sei como uma criança de cinco anos poderia saber.

Já na outra vez, eu estava na primeira fase do fundamental, e zombavam muito das minhas espinhas que já começavam a nascer. No colegial, a principal razão foi minha sexualidade e, agora, eu jamais imaginaria que seria feito de chacota por engasgar com um cubo enorme de gelo e fazer minha estreia no jornal local por isso.

É extremamente vergonhoso e humilhante. Existiam tantas outras maneiras de ser uma pessoa reconhecida e eu fiz isso da pior forma.

Parece que na minha vida, o azar assassinou a sorte e está me abraçando apertado há muito tempo, porque não pode ser possível alguém enfrentar tanto perrengue e tanta vergonha assim.

Misericórdia de mim Ariana Grande, convoque Dua Lipa, Queen B e principalmente Lady Gaga para ela fazer chover bençãos na minha vida de pobre gay azarado.

Rain on me bençãos. Não deixe que minhas frustrações derrubem algo que eu lutei tanto para alcançar; a minha sagrada autoestima.

De todo modo, só me resta ignorar toda essa situação maluca por agora. Aliás, como não ignorar? Visto que, aparentemente, estou dentro de um carro com bancos de couro que brilham e gritam riqueza.

Me desfaço do cinto assim que percebo o veículo estacionar, indicando que cheguei ao meu destino, este que eu mesmo não faço ideia de qual seja. A única certeza que tenho no momento é a de que estou excepcionalmente gostoso; usando um estilo de terno moderno vermelho, com uma camiseta branca comum por baixo do blazer e sapatos sociais (minha nossa, quando foi que eu me tornei o tio rico dos meus sobrinhos inexistentes?).

Meus fios estão escovados e perfeitamente alinhados, posso notar pelo retrovisor. Minha mãe ficaria orgulhosa dessas mudanças drásticas, seu sorriso se assemelharia muito ao do gato da Alice por ver seu filho com uma aparência ordenada, e não como um cosplay falho de Edward Mãos de Tesoura.

Quando a porta é aberta, eu me surpreendo por dar de cara com um loiro aparentemente muito alegre e também bem vestido. Park Jimin estende a mão com sutileza para que eu me retire do automóvel, e eu a seguro com um toque frouxo, ainda com uma interrogação na cabeça. Onde eu iria com ele, afinal?

Enquanto procuro respostas para este questionamento, outros surgem quando Jungkook se aproxima de mim e me entrega um enorme buquê de rosas vermelhas. E como se isso não bastasse, vejo Hoseok caminhando até mim e os dois loiros com um copo de café em mãos, ele estende, com um sorriso mais largo que a bunda de Wooshik.

E falando no meu melhor amigo, onde será que ele deve estar para não estar aqui me socorrendo? Porque, no momento, eu não sei o que fazer, nem mesmo há uma reação quando Seokjin também se aproxima e me empurra uma caixa de bombom. Mas, meu cenho franze ainda mais quando quase sou cego por um flash extremamente forte, que noto ser o da câmera de Namjoon, assim que ele tira o objeto da frente do rosto.

Os Seis Namorados de Kim Taehyung Onde histórias criam vida. Descubra agora