ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 2

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Tʜᴇ Mɪssɪᴏɴ
ᴄᴀᴘ. 2

— Um: entrar no cassino. Dois: seduzir Vinnie Hacker. Três... Você sabe o que fazer com o três, Sarkozy — dito o plano A da missão para Mia, que me olha atentamente do assento a minha frente. Acho o plano nada convincente. A instituição fez um trabalho péssimo mandando esse plano. É inútil. Tenho vontade de modifica-lo por inteiro. Mas não posso. — Ouviu, Mia? Você é boa de papo, assim será molesa conquistar aquele gângster. Nós estaremos nos fundos caso algo aconteça.

Ela me olha preocupada e roe a unha voltando o olhar para a pequena bascula do avião.

— Por que você não vai? — Pergunta, perdida em pensamentos.

Minhas mãos suam.

— Quê?

— Por que não você? Ele te conhecia bem quando pequeno, mais que nós. Ele nem deve se lembrar de mim. — Ela lamenta, olhando as nuvens lá fora. — Além do mais, você é um dos melhores soldados do instituto. — me encara. — Será mais fácil se...

— Não, Mia, não posso... — nego com a cabeça, me inclinado e pegando sua mão entre as minhas. — Eu até queria, mas escolheram você — porque, além de nos mandarem para essa missão de merda, ainda nos obrigaram a seguir seus planos falíveis, eu queria dizer. — Posso ser boa em lutas e com armas, mas não sou tão boa em men... — escolho bem as palavras. — interpretar outro papel. Eu seria pega com facilidade.

Mia não diz nada, só me olha, mas posso ver a ansiedade indo embora aos poucos. Seus olhos brilham levemente com a possibilidade dela ser melhor que eu em alguma coisa.

Me sinto mal. Não gosto que as pessoas se achem assim em relação a mim.

Insuficientes.

— Você consegue — oferesso um de meus melhores sorrisos a ela. Mia sorri fraco em resposta.

— Você não deveria ter falado daquele jeito — Addy para ao meu lado. Retiro minhas luvas da mão e me sento num banco da sala de treinamento. A olho com uma sobrancelha erguida, pensando em quando falei alguma merda. — Ontem, na reunião.

— Por que não? — Pego uma toalha do banco e enchugo o rosto, sem me importar muito.

Há outras coisas para me importar.

Coisas piores.

— Todos perceberam que você não quer matar o Vinnie. — dispara, abaixando o tom de voz. Ela olha em volta para ver se há alguém por perto, mas todos estão muito ocupados treinando ou chutando algo.

Chegamos em Nova York as dez, almoçamos às 11:00 no restaurante magnifico do prédio onde nos hospedamos, e por volta das três desci para a academia que havia ali em um dos pátios.

— Idaí?

— Idaí que perderam a confiança em você. — Eu nunca pedi para confiarem em mim. — Vinnie é outra pessoa agora, Say. Ele não é mais o nosso garoto. Não pode defende-lo assim. Se escolheram ele, é porque está nos prejudicando.

— Só tava tentando poupar a vida de todos vocês — Desvio o olhar para as pessoas no tatame. — E avisando-os do pior. — suspiro — Só querem testar nossa lealdade, ou acham por que nos mandariam matar logo nosso amigo de infância?

𝐀 𝐌𝐈𝐒𝐒𝐀𝐎 | 𝒗𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝒉𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora