ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 5

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Tʜᴇ Mɪssɪᴏɴ
ᴄᴀᴘ. 5

o "Cassino De LaVerne" localizava-se no sul de Nova York, tão longe que mal parecia fazer parte daquela cidade. Nossos carros foram levados pelos manobristas assim que chegamos ao cassino de estrutura elegante e celestial. As escadarias eram tão amplas, que só de olhar já me davam dores nas pernas.

Dentro, tudo era uma completa linha de jogos da sorte. Máquinas movidas a dinheiro, pessoas da classe alta jogando pôquer e roleta, apenas descartando o dinheiro que nunca fará diferença nas suas vida.

Dois carros de luxos eram leiloados ao fundo do salão.

Como o planejado, Jass, Lincoln e Andrew ficaram numa Van distante na parte de fora do cassino monitorando cada movimento dos seguranças de Vinnie Hacker no salão, os quais não eram poucos.

"Vinnie Hacker está no segundo andar, numa roda de pôquer", Andrew informa brevemente e escuto a sua voz baixa soar pelo pequeno dispositivo pregado em meu ouvido.

- Mia, se dirija ao andar de cima e tente impressionar o nosso alvo com os seus truques de pôquer - digo discretamente, sorrindo como se estivesse em uma conversa normal com a minha amiga.

- Pode deixar, Madame Lindsay. Eu vou deixar ele babando - piscou antes de sair, rebolando a bunda gorda o máximo que pode e claramente chamando a atenção de outros milionários.

Eu sorri, rezando para que aquilo desse certo. Eu confiava na Sarkozy, e tinha certeza de que ela não me decepcionaria. 

- Fala, Jaff - peço ao perceber o olhar do outro agente secreto impregnado em mim.

Ele abre a boca. Aquele sorriso debochado no rosto dele me faz rosnar.

- Sabe o que eu acho engraçado?

- Hum...

- Que até agora você não disse nada sobre matar o Hacker. Apenas defendeu a ideia de que é uma má ideia fazer isso - ele provoca. E eu sorrio falsamente, percebendo que a sua falsa esperteza está começando a me deixar irritada. - Eu acredito, Hülle, que você é quem não quer matar Vinnie Hacker e não vai conseguir, porque seu coração ainda pertence a ele.

Ao escutar aquilo, me viro lentamente para ele, apenas analisando aqueles olhos escuros e espertos reprimindo toda a minha vontade de tirar essa arma dentre as minhas pernas e estourar seus miolos da cabeça.

- me escute bem, Jaffzinho. - cruzo os braços e sorrio levemente. Não é aquele sorriso fofo e tranquilizador mas aquele compelido de fúria e raiva. - Matar Vinnie Hacker é o que mais quero no momento, e perder meu tempo discutindo com você com certeza não vale o preço que vou ganhar ao ter a cabeça dele em minhas mãos.

O respondo com firmeza e observo Jaff engolir seco.

- Você só está com inveja, porque não vai ser o escolhido a ganhar os créditos como eu sempre ganho. - Continuo, fazendo-o se calar pelo resto da noite. - Será você, depois de mim.

Sem falar nada e com um carranca abominável, Jaff se afasta, imagino que para se comunicar melhor com Andrew, e eu continuo a caminhar pelo andar de baixo verificando e localizando os seguranças de Vinnie Hacker.

Eles usam um símbolo de estrela no ombro esquerdo.

"A Sarkozy acaba de entrar no quarto com o alvo V", Jass diz.

Que rápido.

"Não seria mais fácil falar Vinnie Hacker?"

"É que eu queria parecer mais profissional", ouço a sua risada. "E aí, o que achou?"

"Bem profissional", ri também.

"Vocês não estão parecendo nada profissionais conversando desse jeito numa missão tão séria quanto essa", o chato do Anthony interviu. "Mia entrou no quarto, estou aguardando na porta"

Anthony claramente não teve permissão para entrar.

"Então tu tá de vela, Antônio", Jass gozou.

"Oh, idiotas, prestem atenção.", Lincoln repreendeu. "Hülle suba para o segundo andar e se mantenha no salão acima por alguns minutos, depois entre no único corredor à direita. Você tem o cartão de acesso, mostre ao segurança discretamente. O resto, você sabe o que fazer."

É, eu sei o que fazer. Eu sou o melhor soldado do instituto, afinal. Eu nunca falho.

Meus passos são lentos e tranquilos enquanto subo os degraus longos da escada em espiral direcionada ao segundo andar. Addy vem atrás de mim, com os saltos altos fazendo um barulho satisfatório no mármore claro do salão.

O mesmo é feito lá, jogos e jogos da sorte, o que muda são os corredores direcionados a alguns quartos e os leilões aqui em cima são de colares de diamantes.

Após observar e sorrir para algumas pessoas dali, me direciono diretamente para aquele corredor a direita, onde há um segurança brutamonte na entrada.

Mostro o cartão vermelho a ele, ele assente discretamente com a cabeça e abre espaço para nós duas passar.

Logo avisto Anthony parado em frente a uma porta, já que têm outras no local escuro e iluminado por apenas algumas lamparinas nas paredes. Ando até ele, sorrindo levemente confiante. Anthony sorri também, me mostrando a sua arma no blaser.

- Não vai arregar, né? - brinco, parando em frente a porta com a mão na maçaneta, pronta para abri-la.

Jaff entra no corredor logo atrás.

- Pensei que você diria isso.

Nossa ação é rápida. Anthony e Addy apontam suas arma para a porta, Jaff também. Sem dizer nada entramos silenciosamente no local, com a permissão de Andrew em nossos earpieces, informando que não havia nenhum segurança do Hacker por perto.

Estranhei.

Por que o filho de um mafioso não teria seguranças por perto mesmo que estivesse num quarto com uma mulher?

É o que eu entendo em seguida.

O cômodo está escuro mas posso avistar Vinnie e a Sarkozy sentados no sofá, e eles não estão se agarrando como eu pensei que estivessem — eu até me preparei para fechar os olhos e atirar —, porém, estão me encarando, assim como as armas apontadas em minha direção e seus lazeres vermelhos brilhando na escuridão.

Droga...

Jaff, Anthony e Mia são traidores.

𝐀 𝐌𝐈𝐒𝐒𝐀𝐎 | 𝒗𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝒉𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora