PRÓLOGO

24 1 0
                                    

Então vamos começar esta história? Por favor façam comentários, tirem dúvidas, votem. Isto é muito importante para meu crescimento. Conto com vocês! 


1063 d

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1063 d.C.

Qual seria o pagamento justo para aqueles que fizeram mal ao seu próprio povo? Que punição seria correta para os que sujaram as mãos com o sangue de seus entes amados?

Este era o pensamento de Radulfr ao caminhar em direção a floresta com seu irmão ao lado. Um destino incerto os aguardava. Não sabiam como seria suas vidas a partir daquele momento, mas sabiam que estavam dispostos a fazer o que fosse preciso. Tinham cometido um erro e seu povo estava pagando por isto. Era a hora de consertar as coisas. Eles aceitariam qualquer punição, pagariam qualquer preço, se sacrificariam por todos. Era o justo e o correto a se fazer.

Muitas vidas já haviam sido perdidas, primeiro pela guerra com o povo vizinho, e disto não tinham culpa nenhuma, depois pela praga que se abateu sobre seu povo, desta vez por culpa inteiramente deles, mas a partir daquela manhã ninguém mais sofreria, as mortes cessariam e os irmão nunca mais seriam vistos.

Caminhavam sabendo que nunca mais voltariam. O coração pesava, as mãos tremiam um pouco, mas as pernas seguiam firmes, corajosas. Eles eram guerreiros, afinal. Um era o chefe do povo e o outro, o chefe da guarda.

Radulfr se lembrou dos acontecimentos que os levaram até ali.

Era inverno e a comida era escassa, mas seu povo era forte e conseguiu garantir um bom suprimento para aguentar as próximas semanas de frio intenso.

O povo estava feliz com o resultado da caça. Fizeram uma grande fogueira, a cerveja foi servida, as mulheres dançavam, todos reunidos na grande casa comum. Apesar de não ser o líder, Radulfr se sentia orgulhoso. Aquele era também seu povo.

Eram três irmãos. Eirikr era o líder, Radulfr, o chefe da guarda e Sten, o mais novo deles, apenas um rapaz aprendendo a lutar.

Radulfr pegou seu sobrinho, filho de Eirikr, e acenou para o irmão, que dançava com sua esposa. Aquele menino de apenas dois anos um dia seria o chefe, assim como o pai. Os cabelos eram dourados como os da mãe e os olhos azuis, quase brancos, como os do pai. O coração de tio se encheu de amor pelo sobrinho. Um dia Radulfr também teria um filho, o ensinaria a caçar, a lutar, a defender o povo como ele. A mãe de seu filho já havia sido escolhida: Ingrid.

Radulfr olhou para ela, que conversava com algumas pessoas perto da porta, e foi presenteado com seu belo sorriso. Ela era linda com seus longos cabelos castanhos e seus olhos quase negros. Estava perdido naqueles olhos quando sentiu a pequena mão do sobrinho tocar seu rosto. Olhou para ele e estalou um beijo em suas bochechas rosadas, foi quando ouviu um grito que gelou sua espinha. O grito vinha de Ingrid, que estava sendo arrastada por um homem para fora da grande casa. Neste mesmo instante outros homens invadiram o lugar e seu povo começou a guerrear.

Olhos Amarelos (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora