🧡Capítulo: 5🧡

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Sentei ali, mesmo, na cafeteria, pois eu estava indignado com a minha atitude. Minha reação foi simplesmente ridícula! Eu não tinha ar para respirar. Estava sufocado. Pedi mais uma água bem gelada e outro café, para poder me recompor e ir não sei para onde. Depois de muito refletir e respirar bem fundo, resolvi chamar o Joe para me levar embora dali. Graças a Deus ele chegou logo! Eu não queria ir para casa. Pedi a ele que me deixasse em um barzinho qualquer, para eu tomar umas, e assim, relaxar.

Entrei no bar e sentei num canto meio escondido, pois eu queria ficar sozinho e reviver estes últimos acontecimentos. O que eu fiz hoje não tinha perdão! Eu mesmo não me perdoava. Fiquei bebendo e ruminando várias ideias. Fui para casa já meio tonto e caí na cama do jeito que eu estava. Digamos, podre!

Acordei sem forças nenhuma. Não sabia nem como entrar na sala de trabalho e olhar para ela. Que vergonha! Uma moça tão delicada, gentil, e eu um bruto. Mesmo assim, fui trabalhar, pois eu teria que enfrentar o que eu fiz. Pedir desculpas, sei lá, fazer alguma coisa.

Quando entrei, ela já estava lá, sentada no seu lugar. Olhou para mim e abaixou a cabeça sem nada dizer. Estava corada, como eu. O sangue ferveu nas minhas veias. Como eu queria esta mulher! Só que eu teria que lutar por isso, pois esta, não seria tão fácil como as outras. Apesar de ter se entregado a mim, mantinha seus pés no chão. Isso foi o que mais me deixou atraído por ela.

Eu me aproximei e levei a planta do Shopping para que ela desse uma olhada, e juntos, planejarmos, pois Louise tinha ótimas ideias, até melhores que as minhas. Se fosse aprovada, receberíamos uma grana excelente! Ela se resumiu a falar somente o necessário. Eu fiz o mesmo. Não senti que fosse um momento propício para pedir desculpas, não naquele momento.

A manhã voou, mas a tarde se estendeu demais. Eu não aguentava ficar ali, perto dela, e não poder fazer nada, só olhando plantas de casas, edifícios e a do Shopping, pois pegamos várias coisas ao mesmo tempo e agora estava complicado para terminar tudo, mas com ela junto a mim, as coisas iam fluir mais rapidamente.

Louise era bem competente. Seria uma ótima engenheira, e eu a queria para mim. Estava louco para conversar com ela. A noite chegou e era hora de colocar as cartas na mesa. Eu não sabia por onde começar, mas resolvi falar, meio sem jeito, mas tinha que acontecer.

- Louise, preciso conversar com você, pode ser? -- Falei bem educadamente.

Ela me olhou com aqueles olhos convidativos, que me fez gelar, na hora.

- Seria sobre o quê, Thomaz? Seria sobre a sua reação de ontem, como se fosse um animal? Eu nem pude sair com a minha amiga, não tive clima, fiquei horrorizada com tudo. Tomei um calmante e dormi.

Nossa, fiquei sem ação! Ela me viu dessa maneira tão grotesca, assim? Poxa, será que machuquei o braço dela? Foi só eu pensar nisso, ela disse:

- Veja o meu braço, está todo roxo! Tinha necessidade de tudo isso? Você não sabe conversar e respeitar as atitudes alheias? Acha que só você é quem manda? Está enganado, pegou a pessoa errada! Gosto de você, mas deste jeito eu não quero, mesmo!

Eu abaixei a cabeça e apertei minhas mãos, deixando meus dedos brancos, de tanta força que eu fiz.

- Podemos ir a algum lugar, somente conversar?

- Thomaz, hoje não posso, tenho um compromisso com a minha amiga, pois não fui ontem por sua causa! Minha melhor amiga!

- E eu, não represento nada para você?

- Sim, representa, e muito, mas hoje não dá e não quero! E nem sei se quero mais! Ela também é muito importante para mim. Quem sabe outro dia, se eu esquecer o ocorrido. Caso contrário, vai ter que esperar. Agora somos apenas colegas de trabalho.

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