Secador

252 37 15
                                    

                           ♡Theo

  
  -Vou sair.-Digo para ela. Seus olhos se encontravam em outro universo. Apenas ando até a margem e pego uma toalha dentro do carro.
  Meu celular vibra novamente.

Marta:Atenda sua namorada, Theodor.✔️✔️ 23:30.
 
   Reviro meus olhos e jogo o celular na grama. Ele vibra novamente e uma mão o levanta. Anastásia olha para a conversa. Seus olhos se voltam para os meus. Uma sombra passa por seus olhos.

  -Melhor falar com sua namorada.Parece que ela está desesperada.-Me estende o telefone. Pego e volta para o lago.

Suspiro e desligo o celular.

-Na verdade, é ex-namorada.-Me sento a seu lado. Sua cabeça se vira instantaneamente. Seus olhos estão arregalados.

-Você terminou com ela?Quando?-

-Hoje, quando o intervalo do teatro começou.-Dou de ombros quando ela murmura um sinto muito.-Ela estava me traindo a meses, estava com ela por causa da minha madrasta, na verdade.- Ela suspira e olha para a lua.Decido contar a verdade para ela. -Na verdade, eu e Karol éramos amigos desde pequenininhos. A sua mãe e minha madrasta queriam por que queriam que ficássemos juntos. Fingimos por algum tempo. Até que ela achou alguém e tivemos que inventar uma grande mentira. Inventei que ela havia me traído e ela disse que eu havia traído ela.- A garota ao meu lado estava com a boca escancarada.-Eu sei que isso é uma idiotice, mas foi o único jeito de não ficarmos juntos.

-Wow, estou sem palavras.- A mesma murmura. Vejo ela tremer. Me repreendo, eu havia esquecido de lhe dar a toalha. Coloca o tecido sobre seus ombros. Vejo seu corpo parar de tremer.

-Obrigada.- Diz.A brisa do vento passa  sobre o lago. Fazendo ondas minúsculas em sua superfície.-Obrigada por mais cedo também.

  A observo de canto. Seus lábios estavam cerrados em uma linha fina.

-Não há de que.- Respondo.

-Eu tenho fobia de multidões. Eu me perdi do meu pai uma vez.- Seus olhos se enchem de lágrimas. - Foi a última vez que o vi.-Lágrimas caiam por suas bochechas. Por impulso me inclino e as limpo. Mais lágrimas caem. - Quando eu não te vi ali...eu pensei...-Ela me encara.- Pensei que tivesse...-A puxo para meus braços.

  Suas mãos se agarram com toda a força em minhas costas. Lágrimas molham meu corpo. Seus gritos vem com uma dor tão profunda que meu coração se aperta.

Algum tempo depois, sinto sua respiração suavizar e seu nariz ficar intupido.

-Anastásia?- Sussurro. Nada, nenhum movimento. A afasto e vejo seus olhos fechados. Olho para o lago e a levanto do chão. Carrego a mesma até o carro, coloco o sinto e vou direto para casa.

   Estaciono na frente da porta. Abro a porta de casa e volta para buscar a garota que está dormindo no carro.
  A tiro do cinto e a pego.

  Quando entro na casa, tudo está silencioso. Coloco Anastásia no sofá.
  Acho um bilhete na mesa de centro.

  Levei seus irmãos e seu pai para minha casa. Sua maldastra está com a "cobrinha". Beijos, durmam bem❤.Sua avó, caso você não saiba.

  Sorrio.

-Só você mesmo,Mirt.- Devolvo a carta e me volto para os resmungos que saem do sofá.
Anastásia estava acordando, a contra gosto. Me apresso e a pego, antes que caia no chão.

  -Ana, você tem que se trocar. Se não vai pegar um resfriado.-Ela resmunga e sobe as escadas. A acompanho. Vejo que já estava mais despertada.-Se você quiser, eu vou ficar na sala assistindo a TV.-Ela me encara.

-Tudo bem.-Espira.-Eu vou descer.-Diz, fechando a porta e espirando atrás da mesma.

Olho para a porta. Balanço a cabeça e vou para meu quarto. Troco de roupas. Pego uma calça de pijama e uma blusa branca, visto e desço para a cozinha. Vejo que Anastásia ainda não chegou e faço um chá de erva cidreira e uma pipoca. A lua me chama a atenção. Aquela hora no lago Anastásia não parava de olha-la. Ela me lembra a lua, de certa forma. Sorrio e fecho meus olhos.

 
- Ela é linda, né?- Ouço a voz da garota atrás de mim. Me viro lentamente e concordo. Ela sorri e desvia o olhar. A mesma estava com os cabelos molhados e um pijama de frio. Seu rosto cora.

-Não vai secar o cabelo?-

-Eu não tenho secador.- Dá de ombros.
 
-Minha irmã tem, vou ligar para ela e perguntar..

-Não precisa.-Ela espira.-Não precisa incomodar ela.-Espira de novo.

Pego o celular e ligo para Lira.

-Oiiiii, Theo.-Ela diz, na chamada de vídeo. Sorrio com minha irmãzinha.
Ela sorri de volta.-Me mostra a Ana.- Ela diz. Passo para ela. Um sorriso enorme cresce no rosto delas.

-Lira, que saudade.-Ana quase abraça o celular.

-Também estamos com saudades.-Ela diz e mostra a família na casa da vovó. Todos cumprimentam e ela volta o celular para ela.-Não era para vocês estarem no teatro.

-Longa história.-Digo, pegando o telefona de Ana.-Lira, posso pegar seu secador para Anastásia secar o cabelo dela?- Ela nem pensa e concorda. Mando um beijo para ela.-Obrigada, até amanhã.-Desligo e carrego Anastásia até o meu quarto. Faço ela se sentar na cama enquanto busco o secador.

  -Pode se sentar.-Indico a cama para a mesma. Ela estende a mão para o secador. Quando coloca na mesma, ela vacila, como se o secador fosse muito pesado. Pego de sua mão é o ligo na tomada.

-Eu seco para você.-Ela começa protestar, mas ligo o secador e não escuto nada. Passo vários minutos secando seu cabelo. Quando termino, percebo que ela estava dormindo sentada. Fico com medo de acorda-la, então deito ela com cuidado em minha cama. Pego uma coberta e coloco sobre ela. Quando estava saindo, sua mão segura a minha. Ana puxa minha mão para debaixo de sua cabeça. Se eu tirar, eu sei que ela vai acordar. Me deito cuidadosamente do seu lado. Ela chega mais perto e me abraça, colocando um perna sobre as minhas. Sorrio e a puxo para um abraço. Ela suspira. E treme. A trago mais perto e ela se enrosca. Pega minha coberta e a cubro. Faço cafuné em seu cabelo e ela para de tremer aos poucos. Meus olhos começam a se fechar. Apago a luz do abajur e acabo dormindo. Com aquela fonte de calor ao meu lado...

VOTEM NESSA HISTÓRIA...
COMENTEM GALERA, VAMOS 🥲

QUEREM VER MAIS CAPÍTULO DO THEO? 🤠

VOCÊS SHIPPAM ELES?🤡

O meu novo emprego.Onde histórias criam vida. Descubra agora