Capítulo 25

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De volta para dentro, finalmente tenho a chance de conversar com Analú.

(Eu me pergunto o quanto ela ainda se lembra.)

- Ei, maninha. Como você está se sentindo?

- Está tudo muito confuso para saber o que estou sentindo, porque eu não tenho ideia do que está acontecendo.

- Eu entendo, vá em frente e comece do começo então. O que aconteceu? Você apenas... desapareceu.

Ela esfrega a ponta do nariz e se senta com força em uma das mesas.

- Então... eu estava indo para casa depois do meu turno, e havia essa... coisa atrás das lixeiras no beco. Foi assustador, mas eu não sei dizer o que era. Fui dar uma olhada mais de perto, e eu simplesmente... desmaiei. A próxima coisa que eu sei, um cara velho e assustador estava me prendendo em uma roda gigante quebrada.

A próxima respiração que ela solta é estremecida e instável, e me sento ao lado dela.

- Ei, está tudo bem agora, você está segura Analú.

Ela olha para mim e eu posso ver o medo em seus olhos, o cansaço nas linhas sob eles.

- O que diabos está acontecendo, Joana? JD tinha... asas? E chifres e fogo? E aquela outra garota estava voando! Ela me pegou no ar! 

Os outros trocam olhares, antes de JD se sentar do outro lado da mesa e dizer:

- Isso é muito para digerir, então não se preocupe se isso não faz sentido imediatamente, mas... alguns de nós não são... completamente humanos.

Analú dá uma risada fraca.

- Oh, isso é tudo? Só um pouquinho não humano? Isso não pode ser real.

JD esfrega a parte de trás do pescoço, depois levanta um dedo, ele pega fogo.

- Provavelmente vai demorar um pouco para entender e aceitar. Isso é muito normal.

- Oh.

Ela puxa o fôlego e depois se inclina para o meu lado. 

- Você deve estar morrendo de fome, né?

- Eu realmente não penso muito nisso, mas... sim. Parece que não como há uma semana.

- Sim, isso resolve. Nós vamos para casa, todo mundo.

- Se importa se eu for com você? Tivemos surpresas desagradáveis suficiente por um dia.

Eu dou a Analú um olhar questionador, e ela concorda.

- Por mim, tudo bem.

Nós nos dirigimos para a porta, mas essa ansiedade ainda está me incomodando. Eu paro no meio do passo e pego a mão dela.

- Você tem certeza de que está bem? Eu só... Deus, eu estava tão assutada! Eu pensei que eu perdi você, maninha.

Analú se vira e vejo um lampejo de dor no rosto dela.

(Nós duas perdemos pessoas antes, mesmo o pensamento de passar por isso novamente... Dói mais do que eu posso colocar em palavras.)

- Eu estou bem.

Ela se aproxima, me segurando perto.

- Você não me perdeu também, mana.

- Te amo.

- Também te amo.

Deixei o toque demorar mais alguns segundos, depois me afastei para esfregar meus olhos. 

A diaba de Forks (GirlxGirl)Onde histórias criam vida. Descubra agora